quarta-feira, 29 de julho de 2009


Numa escola de ensino fundamental, uma menina de 7 anos fez um desenho de uma paisagem com tintas coloridas.
Era a tarefa do dia na aula.
Pintar um lugar onde eles gostariam de estar.
A menina se esmerou com a palheta de cores, e produziu, empolgada, sua obra de arte.
Ansiosa, levantou-se da cadeira e foi mostrar à professora.
Ao ver a pintura, a educadora notou algo estranho já de súbito.
Disse baixinho um “muito bem”, para incentivar a criança, fez um carinho e pegou o desenho em mãos.
Os trabalhinhos seriam expostos no outro dia no mural da escola.
No intervalo para o lanche, a professora não se conteve, pegou o desenho e foi mostrar às outras que se encontravam na secretaria da escola.
Ela queria uma opinião sobre aquilo.
Algumas delas eram mais entendidas em psicologia infantil, e quem sabe poderiam ajudá-la a decifrar o que estava pintado ali.
“O que será que ela quis dizer com isso?
Isso deve estar mostrando algum sentimento, algo que ela tem guardado.
O que será?”
As amigas de profissão não souberam dizer.
Algumas disseram que não era nada, que não deveria se preocupar.
Mas ela estava “encafifada”, se poderia dizer.
Voltou à sala de aula, e resolveu que, ao final do período, iria conversar com a menina e perguntar a ela o que significava.
Chamou-a então, com discrição, à sua mesa e perguntou, com a pintura na mão:
Querida, você pode explicar algo para a tia?”
– A criança acenou com a cabeça.
“Se o céu é azul, por que você desenhou um céu cor-de-rosa?”
“Mas o céu não é azul, tia!” – Respondeu ela, com educação.
“Quem diz que o céu é azul é analfabeto de céu!
Ontem, no final da tarde, o céu atrás de minha casa estava assim, rosa.
Esses dias vi um céu laranja! À noite ele é sempre preto, ou azul escuro, mas de dia ele pode ser cinza claro, cinza escuro, vermelho...
“Sabe... Uma vez vi uma tempestade tão grande no céu, que ela chegou a pintar o céu de verde!
Não é todo mundo que acredita, mas eu vi, era verde.”
A menina fez um verdadeiro discurso sobre as cores do céu, deixando boquiaberta a professora desatenta.
Ela nunca havia parado para pensar nisso.
Aceitou tão facilmente a verdade, o clichê de que o céu é azul, que acabou esquecendo a variedade de cores possíveis no zimbório terreno.
Percebeu então como as crianças têm uma sensibilidade admirável, e que muito tinha a aprender com elas.
Com certeza, na próxima vez, antes de achar que possa existir algum problema numa criança, iria se analisar, para perceber se não era sua sensibilidade que precisava de escola.

(AD)

O SOL E A LUA
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Quando o SOL e a LUA se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor.

Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então o toque final .... o brilho!

Ficou decidido também que o SOL iluminaria o dia e que a LUA iluminaria a noite, sendo assim, seriam obrigados a viverem separados.

Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam.

A LUA foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado, ela foi se tornado solitária.

O SOL por sua vez havia ganhado um título de nobreza "ASTRO REI", mas isso também não o fez feliz.

Deus então chamou-os e explicou-lhes:

— Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio.

Você LUA, iluminará as noites frias e quentes, encantará os enamorados e será diversas vezes motivo de poesias.

— Quanto a você SOL , sustentará esse título porque será o mais importante dos astros, iluminará a terra durante o dia, fornecerá calor para o ser humano e a sua simples presença fará as pessoas mais felizes.

A LUA entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio....já o SOL ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus.

No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a ELE:

— Senhor, ajude LUA por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão

....e Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela.

LUA sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo para consolá-la, mas quase sempre não conseguem.

Hoje eles vivem assim.... separados, o SOL finge que é feliz, a LUA não consegue esconder que é triste.

O SOL ainda esquenta de paixão pela LUA e ela ainda vive na escuridão da saudade.

Dizem que a ordem de Deus era que a LUA deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso....porque ela é mulher, e uma mulher tem fases. Quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é minguante e quando minguante nem sequer é possível ver o seu brilho.

LUA e SOL seguem seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca.

Humanos tentam a todo instante conquistá-la, como se isso fosse possível. Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam sempre sozinhos, nenhum deles jamais conseguiu trazê-la até a terra, nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim.

Acontece que Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria de todo impossível, nem mesmo o da LUA e o do SOL... e foi aí então que ele criou o eclipse.

Hoje SOL e LUA vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer.

Quando você olhar para o céu a partir de agora e vir que o SOL encobriu a LUA é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar e é ao ato desse amor que se deu o nome de eclipse.

Importante lembrar que o brilho do êxtase deles é tão grande que aconselha-se não olhar para o céu nesse momento, seus olhos podem cegar de ver tanto amor.

Bem, mas na terra também existe sol e lua... e portanto existe eclipse.... mas essa era a única parte da história que você já sabia, não era?

**Silvana Duboc**

segunda-feira, 27 de julho de 2009


MIRAGEM
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Andei por quase todos os jardins...
Colhendo flores que tenham o perfume teu.
Foi uma busca inútil.
Pois, em nenhuma flor!
Encontrei a fragrância que exala deste corpo teu.
Tu!
Feito miragem do deserto.
Parecendo vir do universo...
De uma longínqua estrela em erupção.
Em busca de abrigo!
Apareceu em meu sonho flutuando como uma brisa.
Irradiando um sorriso divino.
Exalando um perfume de uma fragrância misteriosa.
Acariciando-me suavemente, beijando-me!
Secando minhas lagrimas.
Calando minha boca num beijo tão apaixonado!
Que, fez queimar meus lábios.
Fazendo ecoar pelos quatro cantos...
Sussurros em frases indefinidas.
Libertando meus segredos.
É um mistério!
Mas só preciso fechar os meus olhos, para sentir tua presença física...
E, não uma miragem!
Próxima a mim.
Vejo tua imagem tão real ao meu lado que, sinto o pulsar do teu coração.
O calor do teu corpo, a fragrância do teu perfume e, o aroma do teu hálito.
Depois que te conheci!
Há momentos que esqueço de mim.
As vezes fico absorto, inebriante e, me pego imaginando você.
Agora!
A tua vontade e não a minha, navega em meu coração.

**Irismar Andrade Santiago

domingo, 26 de julho de 2009

Vovô e Vovó!

Eternas figuras humanas
que hoje queremos homenagear,
contemplando com carinho os cabelos brancos,
o profundo olhar, as rugas na fronte e na face,
sinais da experiência e memória de tantos anos vividos.

Que bom poder formar uma roda
para ouvir com atenção
os sábios conselhos,
as palavras fartas,
indicadoras de novos horizontes em nossa vida.
Queremos tocar e sentir
a energia que suas abençoadas mãos transmitem,
e hoje, embora trêmulas,
ainda semeiam os frutos da experiência de vida.

Permita-nos, neste momento especial,
acompanhar com ternura seus passos lentos,
algumas vezes trôpegos,
mas cheios da sabedoria que a vida lhes ensinou.

Queremos abraçá-los e também aplaudi-los,
com muita emoção e ternura,
pedindo a Deus que os abençoe e lhes conserve a saúde.
A esperança nos leva a crer que
outros dias lindos acontecerão,
pois vocês são frutos da mais bela obra
que Deus colocou na nossa história.
Feliz dia das Avós!!

PS:Comemora-se o Dia dos Avós em 26 de julho, e esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo

sexta-feira, 24 de julho de 2009


Felicidade é discreta, silenciosa e frágil,
como a bolha de sabão. Vai-se muito
rápido, mas sempre se podem assoprar
outras.

Quem é rico em sonhos não envelhece nunca.
Pode até ser que morra de repente.
Mas morrerá em pleno vôo.
O que é muito bonito.

Eternidade é o tempo quando o longe fica perto.
Não quero nem subir para os céus, nem progredir
para frente.
Quero mesmo é voltar para os lugares e os tempos
que amei e perdi.
A alma é o lugar da saudade.
Velhice é quando o rio se prepara para converter-se
em mar.

Para tudo há um tempo.
Mas Deus colocou o coração do homem para além
do tempo, na eternidade.

Seremos sábios quando nos tornamos crianças:
essa é a essência da sabedoria bíblica.

Deus é alegria.
Uma criança é alegria.
Deus e uma criança têm isso em comum:
ambos sabem que o universo é uma caixa de
brinquedos.
Deus vê o mundo com olhos de criança.
Está sempre à procura de companheiros
para brincar.

Eu poderia ter sido jardineiro...
Como não fui, tento fazer jardinagem
como educador, ensinando às crianças,
minhas amigas, o encanto pela natureza.
O jardim é a face divina da nostalgia que
mora em nós.
Jardins bonitos há muitos, mas só traz alegria
o jardim que nascer dentro da gente.

Otimismo é quando, sendo primavera do lado de
fora , nasce a primavera do lado de dentro.

Esperança é quando, sendo inverno do lado de fora,
a despeito dele brilha o Sol de verão no lado de dentro.

Já tive medo da morte.
Hoje não tenho mais. O que sinto é
uma enorme tristeza. A vida é tão boa!
Não quero ir embora ... A vida, para ser bela,
deve ser cercada de verdade , de bondade, de
liberdade.
Essas são as coisas pelas quais vale a pena morrer.


(Rubem Alves).



Eu deixarei que morrer em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.


(Vinícius de Moraes)

"...Cinco minutos...



O tempo de uma canção, talvez de uma música de dança, de uma reminiscência, de uma esperança, de um anelo, de um sonho.



Todos nós precisamos muito de cinco minutos e, por isso, não devemos negar quando alguém precisa dos nossos cinco minutos de tolerância para certos atrasos remediáveis ou de um tempo que pudesse ser vivido inteiramente.



Às vezes, contar até dez pode impedir um fracasso ou gestos precipitados e isso dura menos de cinco minutos. Com muito mais razão, este curto lapso de tempo pode ser suficiente para uma decisão ser sabiamente reformada, principalmente alterada ou mantida, serenamente confirmada.



Cinco minutos podem levar a reconciliação ou a ruptura total;

pode trazer tanto a paz quanto a guerra.

Pausa na atividade de um dia, o mergulho no mundo da fantasia. O tempo de uma crônica, tempo que nos pode fazer heróis ou cometer um erro para o qual não haverá remissão.



Cinco minutos passam como se fossem um sopro do vento... e podem ter conseqüências para a eternidade.

Os minutos que perdemos não conseguiremos recuperar, não há tempo

de prorrogação no existir.



Volto a perguntar:

Você tem cinco minutos?

Precisa de cinco minutos?

O que faz com cinco minutos?

Já sentiu a falta deles?



Eles estão aí!...

São apenas cinco minutos e podem ser aquilo que você tem sonhado há muito

mais do que cinco minutos."



Mauricio Ponsancini

Quem transforma as mulheres em galinhas... São os próprios homens. Tudo bem. Queremos meninas legais, sexy’s, taradas, bonitas, inteligentes e boazinhas... Lógico que possuem um defeito, aqui, outro ali, um errinho aqui e outro lá, mas enfim, ótimas... Muito fácil falar, pois quando aparece uma assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é: Oba me dei bem!. Ficamos com elas uma vez, duas. Começamos a pensar que essa é a mulher que as nossas mães gostariam de ter como noras. Se sair um namoro, vai ser uma relação estável e saudável. Você vai buscá-la na faculdade, comerão no estacionamento do Mc'Donalds, vocês vão ao cinema, num barzinho, vai ter sexo toda a Semana... Tudo básico, até virar uma rotina sem graça... Você vai olhar os caras bem vestidos e bem humorados, conversando em seus celulares com os seus sem número de amigos que estão indo para a noite arrasar com a mulherada e vai morrer de inveja. Vai sentir falta daqueles perfumes deliciosos que parece que as nossas namoradas nunca usam, vai sentir falta do decote daquelas loiras peitudas que passam logo abaixo do seu nariz, vai sentir falta de dar aquelas cantadas infalíveis na noite, falta de dar umas olhadas pra uma gata, ou de dar aquela dançadinha mais provocativa na pista... Você pensa: Acho que não estou pronto pra isso, pra me enclausurar pro resto da vida nesse namoro. E a boa menina se transforma numa mala, e aos poucos vai surgindo um nojo dela, uma aversão. Quando tu vê o nome dela no celular, não dá vontade de atender...JÁ ERA. Daí aquela promessa de vida estável e saudável vai por água a baixo, se a menina não se dá conta, a gente começa a ser agressivo, mal humorado, sem educação e grosso, muito grosso. E a pobre menina pensa: O que eu fiz? Coitada, ela não fez nada, a culpa é nossa mesmo... Aí, voltamos pra nossa vidinha, que a gente odiava meses atrás. Não vemos a hora de sair e arrasar na noite... Lembra dos decotes? Grande ilusão. Você chega em casa depois da balada, bêbado, fedendo a cigarro, o ouvido está zunindo,você está sozinho e fica tentando descobrir porque você não está satisfeito. De repente foi porque a menina da night, linda, gostosa, misteriosa, que ficou contigo no começo pareceu quente, você passou a mão e tudo, mas aí ela nem sequer pediu o número do teu telefone, disse que ia ao banheiro e não voltou mais, trocou seu nome três vezes e ficou conversando com aquele amigo dela um tempão. Ela não está nem aí por você! Daí, por mais que você não queira, você pensa na sua menina boazinha que você deixou pra trás...
Enquanto isso, a boa menina, chateada, lesada, custa a entender o que ela fez pra ter te afastado dela... Daí essa dúvida vira angústia, que vira raiva. . "O que é que eu tenho de errado?", ela pergunta para si enquanto desafoga as mágoas chorando de frente ao espelho. Aí a menina manda tudo a puta que pariu... Não quer mais saber de nada, só de sair beijando muito cara. Resolve não se envolver mais, pra não sair lesada, chutada ou chateada...
Muito bem, acabamos de criar uma monstra... Uma terrorista, uma mulher-bomba que fará você implorar por sua simples vidinha. Um predador! Um demônio usurpador de pobres almas machistas que acreditam ser espertos....
O tempo passa e a gente continua na mesma. Volta a reclamar da vida e das mulheres. Elas só querem as coisas com homens cachorros e não estão nem aí pra nós... , sai cada pérola da boca de um homem sozinho e com dor de cotovelo. Mas se os comentários têm um fundo de verdade (e realmente tem para boa parte das mulheres) eles são assim por culpa nossa. A mulher vulcão da night de hoje, era a boa menina de outro homem ontem... Provavelmente, essa nossa ex-boa menina, deve estar enlouquecendo a cabeça de outro homem por aí... E eu a perdi para sempre, ela virou uma mulher enlouquecedora e eu a encontrei na balada outro dia, e ela estava com um super decote, um perfume delicioso, sorrindo e arrasando com vários caras e ela nem olhou para mim.
(AD)

quarta-feira, 22 de julho de 2009


Busco um amigo que me diga sempre a verdade... que não camufle os meus defeitos e que não despreze minhas lágrimas!
Um amigo cuja presença traga alegria, cujo silêncio transmita paz, cuja escuta inspire confiança, cujo sorriso dê esperança, cuja lembrança infunda coragem.
Um amigo ao qual eu possa pedir desculpas, uma, duas, três vezes que não me seja mestre, nem discípulo, mas companheiro com o qual eu possa caminhar rumo ao infinito em qualquer estação,em qualquer circunstância, em qualquer momento.
Um amigo que conserve a sua intimidade sem esconder o seu pranto; que ao amanhecer não me diga " Bom Dia " mas me abra o seu coração com um amável sorriso!
Um amigo que creia na amizade e viva como uma audaz conquista da liberdade, cuja amizade seja como óleo doce, suave e perfumado, extraído do fruto amargo de uma árvore espinhosa.
Um amigo que não se preocupe em dar ou receber, mas que seja capaz de compartilhar uma pessoa simples, sincera, natural capaz de chorar, mas sobre tudo de sorrir.
Um amigo que seja uma centelha da bondade de DEUS !

Tenho um vício....
Meu vício tem cheiro de luar;
E, por isso, não tem preço;
A sensação vem devagar;
Não tem fim nem começo;
Meu vício embriaga a alma;
E tonteia o ego;
Com ele ando com calma;
Pra todo lugar o carrego;
Meu vício não tem cura;
E nem contra indicação;
Me leva a loucura;
E ainda me dá mais razão;
Meu vício é uma viagem do mais puro prazer;
Entro nessa com coragem pois meu vício é...
VOCÊ

BASTA SER AMOR
===========


©Jorge Luiz Vargas

Um amor realmente faz falta.
Não precisa ser o grande amor, mas que seja sublime o repartir as alegrias e forte o dividir as tristezas.
Um amor que faça companhia e seja companheiro. Um amor que nem precisa estar junto todo dia, mas que seja sempre motivo de paz, harmonia e alegria.
Não precisa ser o ideal, mas que seja real. Não precisa ser encantado, mas que seja capaz de encantar. Não precisa ser para toda hora, mas que seja para aquela hora...Que a presença se faz importante e assim se transforme para a vida inteira. Um amor que não precisa ser uma obra de arte, mas que a quatro mãos possam juntos pintar uma só obra de arte com o pincel dos sonhos, das fantasias e as tintas do coração.
Todos querem um amor, ternura, cumplicidade, carinho, fidelidade, respeito e afeto... Assim... Simples e direto. Apenas um amor.
Não importa o tamanho e a intensidade, basta que ele seja de verdade.
Não importa a embalagem que o envolve. O amor tem que ter conteúdo, mesmo que, às vezes, lhe pareça até miúdo, mas nós é que fazemos crescer, como uma flor, cujo botão, cujo carinho se transforma na mais bela das rosas, com doce perfume e intensa cor. É assim,quando queremos um amor.
Eu vivi, tive e cuidei. Em algum momento errei, e a flor que cultivei, mesmo se tornando a mais linda das rosas, se foi... Mesmo assim guardo comigo o orgulho de ter vivido um grande amor... Sem fim.

domingo, 19 de julho de 2009


Quem é você?
Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei.
Eu conheço o teu beijo
Mas não vejo o teu rosto

Quem será que eu amo
E ainda não encontrei
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo
Que disfarce será que usa
Pro resto do mundo
Onde será que você mora
Em que língua me chama
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar

Que saudade é essa
Do amor que eu não tive
Por que é que te sinto se nunca te vi?
Será que são lembranças
De um tempo esquecido,
Ou serão previsões
De te ver por aqui... Então vem.

Me desvenda esse amor
Que me faz renascer
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver
Diz se fiz com os céus algum trato
Esclarece esse fato
E me faz compreender

Esse beijo, esse abraço na imaginação
E descobre o que guardo para ti
No meu coração.
Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver
Vem e me diz quem é você...

(Isolda e Eduardo Dusek)
Amar em Silêncio



Os dias vão passando lentamente,
e um belo dia você acorda e as flores da primavera

estão cobertas de neve
e percebe que todas as palavras em que você acreditou
foram esquecidas no tempo.

Um dia você acorda e o rastro de purpurina

que as fadas produzem não está mais lá

e as borboletas se foram buscando campos de flores amarelas.

Um dia você acorda e vê que seus sonhos mais belos
foram escritos com areia fina em dia de ventania
mas que a vida continua doce e linda, como tem que ser.

Em um dia você acorda e vê o sol entrando no seu quarto
em finas tiras douradas como se fossem os dedos de Deus
te acordando com uma carícia.

Em outro dia você acorda e a chuva que cai lá fora
acontece também dentro do teu coração
e nada mais parece valer a pena.

Um dia você acorda e as palavras saem dos seus esconderijos
e brincam de roda diante de seus olhos

te fazendo sorrir um sorriso sem culpa
e você não pede desculpa de nada que você fez.

No outro dia você acorda e linhas e entrelinhas se confundem
e se fundem em uma massa disforme

recheada de lembranças vazias de fotos amareladas

que não existem, de promessas que não se cumpriram.

Mas um dia você acorda e percebe que viver é muito bom
e que amar vale muito a pena mesmo que seja assim
incondicionalmente e em silêncio.



Não foram poucas vezes em que pensei em dizer adeus,
mas meu coração insistia em permanecer nesse estado confuso

entre a esperança e o conformismo,

procurando abrigo em pequenos fragmentos do seu amor,
que poderia ter se tornado uma vida.


Quem sabe algum dia isso se torne realidade,

mas os tempos agora são outros.
Tempo de nascimento. Renascimento.
Sorrisos deixados no ar

enquanto caminhamos pela trilha de nossas vidas,
deixando um rastro de amor no ar.
E se o amor existiu, que seja celebrado em sua plenitude,
porque dessa vida não se leva nada mais

do que sensações e sentimentos.

E agora que tens o amor e a magia da vida, te deixo.
Vou embora feliz, pois sei que tua felicidade está completa.
Vou sem mágoas porque sei que teu sorriso brota mais fácil,
e que essa tua felicidade será pra vida toda.
Me fizeste renascer,

e agora tua magia se transforma em vida novamente.

Se algum dia me perguntarem o que eu levei desse amor,

digo que levei sorrisos fáceis,
daqueles que nascem sem que se perceba.
Esse mesmo sorriso que algum dia

ainda quero ver brotar no seu rosto,
quando você me chamar de amigo.

Adeus.



(Giovanni Leandro)

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Cecília Meireles
"Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permita que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio, e a dor é de origem divina.
Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo"
Chico Xavier costumava ter em cima de sua cama uma placa escrita:
ISSO TAMBÉM PASSA!


Então perguntaram a ele o porque disso...


Ele disse que era para que quando estivesse passando por momentos ruins, se lembrar de que eles iriam embora, que iriam passar, e que ele estava vivendo isso por algum motivo.


Mas essa placa também era para lembrá-lo de que quando estivesse muito feliz, não deveria deixar tudo para trás e se deixar levar, porque esses momentos também iriam passar e momentos difíceis viriam novamente.


É exatamente disso que a vida é feita, momentos.


Momentos que temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio aprendizado.


Nunca esquecendo do mais importante:
NADA NESSA VIDA É POR ACASO!

Meu Homem



Meu homem tem mãos firmes e carícias leves, quando larga fina energia no pente de seus dedos nobres, toque rude em meus cabelos lisos de uma orientalidade que não me cabe.
Meu homem tem nos ombros largos, a generosidade inconsciente dos fortes, mesmo que me reserve e ao mundo,apenas a maciez do prazer.
Meu homem tem olhos súplices de criança perplexa, diante do meu choro de quem nunca adormece em paz, por praga do destino, indecisão ou herança de sangue.
Meu homem, tem o mandato dos deuses, compromisso de todas as épocas e raças, enquanto eu adormeço no seu ombro, nuvem macia e cálida.
Meu homem tem a atitude do sábio que acalanta o que presume não entender, mas bem que poderia ser o que entendo... e que o futuro nos reserve... Amém..
Meu homem é rude como um caçador, no escuro mistério do meu continente trópico em que se perdendo na amplidão do corpo feminino, penetra mata tropical.
Meu homem é afinado como o uivo do leão desbravante cego de dor, em busca de saciedade. Mas consegue manter a atitude do pai que acalanta, que não entende, mas bem que queria... o que não sabemos dizer.
Meu homem adormece no meu colo, vão dos peitos, como filho amamentado que sai de mim e espaira a doutrina da terra fertilizável antes do fruto, nutriente da semente.
Meu homem passeia os lábios sobre o bico dos meus seios, preparando o leite dos filhos do homem para me sonhar mulher... para me deter.
Meu homem adormece no meu seio, largado e alado como o filho consolado.Seus olhos são profundos, não me importa se de negrume ou mar, seus olhos me iludem, porque assim quero o que deve ser...
Seu olhar resiste ao medo do segredo que eu quero contar. O segredo que ele quer conhecer, mas não pode.
Meu homem me faz sentir a intensidade de se viver para hoje, porque enche o presente de sonhos do amanhã. Faz da mina vida história de espécie e gênero, tesouro de memórias atávicas.
Meu homem tem a plasticidade da argila em moto contínuo, processando-se em esculturas titânicas e angélicas na pantomima do sexo, lavoura do amor.
Meu homem foge do que quer dizer: mutante quando faz amor, seus olhos são tão brilhantes e ausentes quanto a janela da minha vontade.
Mosaicos de se montar a civilidade, meu homem tem seus brinquedos, sérios jogos de teatralização do eterno retorno ao ventre da mulher .
Meu homem sacia-se para que o alimento de mim, esteja em terra fertilizada que gera o fruto do futuro.
Meu homem carrega-me nos braços, como se me emprestasse asas de sonhar, para deitar seu peso sobre mim... e gozar.
Meu homem eriça meus pelos, pele e mamilos para que túrgidos apontem para o horizonte, futuro de uma humanidade que busca no branco a composição colorida da paz.
Meu homem confunde azul marinho com preto e veste meias trocadas... sempre!... Mas meu homem sabe perceber ao longe, todos os matizes dos meus desejos, boca entreaberta e vermelha, sedenta de beijos. Meu amor usa camisas azuis porque se parecem com brancas e seus desejos sonâmbulos deixam-se ir na jornada da dor de flores ceifadas.... Ele padece em curtos circuitos.
Meu homem não vê meu olhar perdido nas constelações, mas percebe de pronto, o ponto do horizonte em que nossos sonhos se encontram.
Meu homem tem a pressa do querer imediato e nos desencontramos no chuveiro ao acordar... enquanto sinto seu gosto de maçã de feriado.
Meu homem, meu anjo, meu amor, tem por mim um amor marginal ainda que permitido e que será para todo o sempre, nosso bem, nosso mal, nossa vontade de sobreviver no destino do mar de ondas fortes, onde nossa carne vence a braçadas largas, nadando contra o medo e o sufoco da sobrevida.
Meu homem adormece cansado no meu colo e eleva-se em sustenido, menino sonhando ser homem.

® Elane Tomich
14/04/2002

terça-feira, 14 de julho de 2009

Às vezes, estamos vivendo um momento de desilusão,
de incertezas ou de puro abatimento,
aparentemente sem uma causa definida,
e começamos a tomar decisões baseadas em nosso pré-julgamento,
misturando realidade com fantasia.

Tal pessoa ia ligar e não ligou,
sabe-se lá por qual motivo;
mas na nossa cabeça passa um filme,
quase sempre "tenebroso" e já ficamos de mal mentalmente do infeliz.
Aquela outra que respondeu 5 e-mails,
mas deixou o sexto sem resposta já está declarada inimiga número 0 em nosso sistema cerebral.

Na nossa "mistura de emoções",
tudo e todos estão contra nós,
não percebemos que estamos nos isolando,
fugindo cada vez mais de nós mesmos.
Somos nosso maior carrasco,
não nos perdoamos e nos colocamos
para baixo do tapete mais sujo da sala.

Os melhores pensamentos de quem está
vivendo esse momento de desilusão,
é o de fugir para algum lugar distante,
como se o problema existisse fora dela,
como se a distância ou o isolamento pudesse
livrar-nos de nós mesmos.
A situação vai se arrastando, o humor,
se é que se pode chamar de humor
a cara feia que criamos, vai piorando,
as dores de estômago vão aparecendo,
vira gastrite,
úlcera e se não cuidar...já viu, né?

Esse momento,
essa fase é devida na maioria dos casos à
alguma situação mal resolvida,
que você jura que aceitou,
que resolveu definitivamente,
mas que no fundo, no fundo,
deixou uma raiz enorme.
Uma ferida que pode até ser pequena,
invisível na tomografia computadorizada,
mas que sangra lentamente por dentro,
que vai roubando as suas forças...

Descubra os fios que o prendem ao passado, ao fato que você ainda não engoliu, a notícia que o chateou tanto e o deixou assim, sem reação verdadeira diante da vida. Resolva-se! Admita que algo não vai bem, rode a baiana, espume a "baba" de raiva que você anda segurando, coloque para fora esse "sapo" que você não consegue engolir, alivie-se e vá ser feliz. A emoção só anda de mãos dadas com a razão, sozinha ela é um desastre.

Paulo Roberto Gaefke

Enquanto o amor não passa...
É a lembrança o que mais causa aflição.
O afeto perdido, os arrependimentos, o que poderia ter sido e não foi.
As interrogações desencontradas de que se suportássemos mais nossos defeitos, a crise passaria sem maiores danos.
Tanta incompreensão falta de tato.
Tanta impaciência!O tempo passa e a cabeça esfria.
Vem a constatação do que era tão bonito se falássemos mais e brigássemos menos.
De que a possessividade poderia ter sido mais trabalhada sem ser deixada de lado (pois ninguém é de ferro), mas que fosse tratada de uma maneira mais natural e não causasse estragos irremediáveis. Mortais.
Tudo isso aliado ao tempo que mostra a face da felicidade apenas quando ela já passou por nós, deixando a sua marca: a nostalgia.
Enquanto o amor não passa e os rumos dos nossos passos são diferentes, todos os erros são catalogados.
Mas já não há mais conserto. O tempo não volta.
A lista dos defeitos apenas se alonga e o remorso na consignação do erro é fulminante.
É voraz como o pecado mortal.
Porém, é nessa hora que recordamos também as qualidades e a saudade é maior que o bom senso por alguns poucos e bons momentos.
Achamos outros parceiros e as comparações são inevitáveis.
Nenhum está a contento para a substituição irrestrita.
Um gesto, uma atitude, um acalanto...tudo tão difícil.
A memória vira uma câmera de fotografia.
Registra com todas as cores a ação do passado, num sem querer querendo, inconsciente... pois era um outro modelo fotográfico.
E lastimamos, sem consolo, no silêncio da nossa hipocrisia.
Enquanto o amor não passa, somos escravos da própria alma desesperada.
Ela nos chicoteia, nos aponta. É o mais cruel dos nossos carrascos.
A inquisitora mais verdadeira. É o espelho mais terrível de se mirar por inteiro porque nele vemos nossas piores mazelas.
Enquanto o amor não passa há uma luta insana entre a razão e a emoção.
Ficamos zonzos, olhando para os lados, porque o mundo inteiro torna-se canceroso e para as nossas doenças o único lenitivo já foi embora há muito tempo. Escapou. Passou.
Enquanto o amor não passa, outro também não vem.
E o tempo nos desrespeita carregando grandes momentos.
Muitos desperdícios.Enquanto o amor não passa é melhor o recolhimento.
A solidão.
Talvez assim possamos entender integralmente o que houve e digerir nossos pedaços, grão por grão, lágrima por lágrima, num banquete solitário cujo único convidado é o nosso coração. Enquanto o amor não passa... não ouça, não fale.
Tão somente sinta saudade. Um dia, ela também passa.
Cláudia Villela de Andrade

Não se deixe despedaçar por causa de uma relação!

Estranho pensar num processo de despedaçamento da gente mesmo, não é? Ainda mais quando esse processo se inicia em função de um sentimento que tem o intuito divino de juntar... Mas é justamente ao ato de se deixar desintegrar e se misturar ao outro que estou me referindo, porque essa decisão - geralmente tomada inconscientemente - é muito mais comum do que supomos.

Muitas vezes, quando entramos num relacionamento e passamos a enxergá-lo como a razão de toda a nossa felicidade; quando nos sentimos perdidamente apaixonados (no sentido literal da palavra) e apostamos todas as nossas fichas na possibilidade de estendermos ao máximo essa sensação que preenche os nossos dias, corremos o sério risco de não sabermos mais onde termina o outro e onde começamos nós.

Ou seja, na intenção de nos tornarmos parte da vida do outro, perdemos a noção do que é parte essencial nossa - seja qualidade ou defeito - e passamos a considerar o outro como o centro e a causa de tudo de bom (e também de ruim) que sentimos.

Assim, perdemos a preciosa oportunidade que o amor deveria nos proporcionar. Perdemos a chance de olhar para nós mesmos através do outro, mas tendo plena consciência de que a pessoa amada é, em última análise, a projeção de um amor que existe primeiro dentro de nós mesmos.

Porque amar outra pessoa e se permitir experimentar a intimidade é, acima de tudo, um convite à descoberta do que há de mais valioso em nossa própria essência. No entanto, quando acreditamos - equivocadamente - que o que vivemos é mérito ou culpa do outro, permitimos que essa relação comece a nos despedaçar.

Começamos a nos tornar emocionalmente como pedaços, partes desintegradas de nós mesmos; e, assim, já não nos reconhecemos mais. Não conseguimos mais ter a exata dimensão de até onde podemos ou queremos ir. E nessa simbiose destrutiva, passamos a atuar em função do outro. Inevitavelmente sofremos, porque perdemos a única referência realmente válida: nosso próprio coração.

Se você se sente confusa e dolorosamente misturada à pessoa amada, sugiro que você comece a retomar o seu próprio centro. Isto é, concentrar-se em si mesma, em seus mais genuínos e pessoais sentimentos, a despeito do que o outro possa fazer diante deste resgate. Além disso, em princípio o objetivo nem é expressar tais sentimentos, mas apenas e tão somente reconhecê-los, aceitá-los e acolhê-los.

Depois, mais consciente de si mesmo, creio que seja o momento de começar a se fazer presente, de fato, nesta relação. Somente assim, você poderá compreender a exata dimensão dos acontecimentos, dos sentimentos e das razões que fazem com que você esteja ao lado dessa pessoa.

Reconhecer-se é ponto primordial e absolutamente fundamental para tornar construtiva e produtiva uma relação de amor. Caso contrário, você estará despedaçando-se dia após dia, literalmente se desfazendo em pedaços que perdem o sentido, que não complementam, que não justificam uma união. E, assim, deixa de ser pleno, de ser íntegro e, sobretudo, amante.

Porque amante é aquele que toma atitudes e faz escolhas... e pedaços não são suficientes. Amantes são inteiros que, humilde e sabiamente, emprestam-se como metades para dar vida ao amor do outro, mas sem nunca se misturar e se perder... Porque o amor é sempre um encontro, sem nunca ter saído à procura... um encontro singular de você consigo mesma, através da troca recíproca de dois corações transbordados de amor...

"Segredos de um encontro"Rosana Braga

Amor de gente grande..
Amor de corpo inteiro. Um amor que transcende, transpira, transborda. Amor com mãos e pés. Com dedos, braços, pernas, barriga, pele e abraços.

Um amor que surpreende, sem nada inventar, sem precisar exagerar, sem ter que sempre entender. Simplesmente ser... preencher, existir!

Amor que não investiga, que não desconfia, que não acusa.

Amor de palavras, mas também de silêncio. Um silêncio que aquieta o coração, que acaricia a alma e alivia as dores!

Amor que esvazia, que abre espaço, que permite.

Amor sem regras, sem pressões, sem chantagens. Amor que faz crescer.
Amor de gente grande, de coração gigante, de alma transparente.
Amor que permanece. De mim para mim, de mim para você, de você para mim.
Amor que invade respeitando, que adentra acariciando, que ocupa com leveza. Amor sem ego. Que acolhe, perdoa, reconhece.

Amor que desconhece para conhecer, que nunca lembra porque não esquece! Amor que é... assim, sem mais nem menos, sem eira nem beira, sem quê nem porquê.

Simplesmente simples, despretensioso, descontraído, desmedido.
De uma simplicidade tão óbvia que arrasta, que envolve, que derrete.
De uma fluidez tão líquida que escorre, desliza, que não endurece.

Amor que não se pede, que não se dá, porque já é! Para nunca precisar procurar, para nunca correr o risco de encontrar, porque já está!!!
E o que quer que ainda possa surgir... bobagem! Apenas crescimento e aprendizagem...

Volta para casa, não se vá!
Fique, permita-se, entregue-se, comprometa-se!
Simplesmente amor... Você consegue?!?

Texto retirado do livro Faça o Amor Valer a Pena, de Rosana Braga – Editora Gente)

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Meu homem tem mãos firmes e carícias leves, quando larga fina energia no pente de seus dedos nobres, toque rude em meus cabelos lisos de uma orientalidade que não me cabe.
Meu homem tem nos ombros largos, a generosidade inconsciente dos fortes, mesmo que me reserve e ao mundo,apenas a maciez do prazer.
Meu homem tem olhos súplices de criança perplexa, diante do meu choro de quem nunca adormece em paz, por praga do destino, indecisão ou herança de sangue.
Meu homem, tem o mandato dos deuses, compromisso de todas as épocas e raças, enquanto eu adormeço no seu ombro, nuvem macia e cálida.
Meu homem tem a atitude do sábio que acalanta o que presume não entender, mas bem que poderia ser o que entendo... e que o futuro nos reserve... Amém..
Meu homem é rude como um caçador, no escuro mistério do meu continente trópico em que se perdendo na amplidão do corpo feminino, penetra mata tropical.
Meu homem é afinado como o uivo do leão desbravante cego de dor, em busca de saciedade. Mas consegue manter a atitude do pai que acalanta, que não entende, mas bem que queria... o que não sabemos dizer.
Meu homem adormece no meu colo, vão dos peitos, como filho amamentado que sai de mim e espaira a doutrina da terra fertilizável antes do fruto, nutriente da semente
Meu homem passeia os lábios sobre o bico dos meus seios, preparando o leite dos filhos do homem para me sonhar mulher... para me deter.
Meu homem adormece no meu seio, largado e alado como o filho consolado.Seus olhos são profundos, não me importa se de negrume ou mar, seus olhos me iludem, porque assim quero o que deve ser...
Seu olhar resiste ao medo do segredo que eu quero contar. O segredo que ele quer conhecer, mas não pode.
Meu homem me faz sentir a intensidade de se viver para hoje, porque enche o presente de sonhos do amanhã. Faz da mina vida história de espécie e gênero, tesouro de memórias atávicas.
Meu homem tem a plasticidade da argila em moto contínuo, processando-se em esculturas titânicas e angélicas na pantomima do sexo, lavoura do amor.
Meu homem foge do que quer dizer: mutante quando faz amor, seus olhos são tão brilhantes e ausentes quanto a janela da minha vontade.
Mosaicos de se montar a civilidade, meu homem tem seus brinquedos, sérios jogos de teatralização do eterno retorno ao ventre da mulher .
Meu homem sacia-se para que o alimento de mim, esteja em terra fertilizada que gera o fruto do futuro.
Meu homem carrega-me nos braços, como se me emprestasse asas de sonhar, para deitar seu peso sobre mim... e gozar.
Meu homem eriça meus pelos, pele e mamilos para que túrgidos apontem para o horizonte, futuro de uma humanidade que busca no branco a composição colorida da paz.
Meu homem confunde azul marinho com preto e veste meias trocadas... sempre!... Mas meu homem sabe perceber ao longe, todos os matizes dos meus desejos, boca entreaberta e vermelha, sedenta de beijos. Meu amor usa camisas azuis porque se parecem com brancas e seus desejos sonâmbulos deixam-se ir na jornada da dor de flores ceifadas.... Ele padece em curtos circuitos.
Meu homem não vê meu olhar perdido nas constelações, mas percebe de pronto, o ponto do horizonte em que nossos sonhos se encontram.
Meu homem tem a pressa do querer imediato e nos desencontramos no chuveiro ao acordar... enquanto sinto seu gosto de maçã de feriado.
Meu homem, meu anjo, meu amor, tem por mim um amor marginal ainda que permitido e que será para todo o sempre , nosso bem , nosso mal, nossa vontade de sobreviver no destino do mar de ondas fortes, onde nossa carne vence a braçadas largas, nadando contra o medo e o sufoco da sobrevida.
Meu homem adormece cansado no meu colo e eleva-se em sustenido, menino sonhando ser homem.

® Elane Tomich

TU
==


(Um amor virtual)

Tu, mesmo sem o saberes, acordaste em mim memórias de outros viveres... tocaste-me no centro do meu mundo...
E em mim te instalaste fundo... tão fundo... bastou ver o teu olhar... num eterno e terno segundo!

Tu, não imaginas a revolução que à minha essência trouxeste... de mansinho... com doçura... com carinho... Turbilhão de emoções que emanam desse teu sorriso de homem... com malícia de menino!

Tu , és o amor desejado... de feitiço enfeitado...
Há tanto procurado... quantas vezes inventado...
Nos silêncios de outros braços... sem o teu nome gravado!
Paixão que me fez renascer e crer... que o meu corpo te poderá percorrer... e tranqüilamente em ti se perder...
Mesmo sem o teu o sentir... o querer... nem sequer o saber!

Tu, na minha vida não és real... é melhor assim... talvez não te afastes de mim...
E eu poderei fantasiar mil noites... dançar nua sobre a linha dos teus horizontes...
Cobrir-te com os poemas que para ti eu fiz...
E tu estarás a ser amado... com a intensidade do fado...
Acordarás feliz, repousado e cansado... sem de nada ter suspeitado!

Tu, não irás comigo escrever o roteiro do nosso caso...
Eu fui para ti um pormenor... um acaso... findo e esquecido no ocaso...
Mas de longe vou abrir-me para ti... ensinar-te o que nas outras vidas aprendi...

Vou ser mar no teu leito... maré viva sobre o teu peito... Colar-me a ti como ondulante e húmido coral...
E baixinho... sussurrar-te delícias sem preconceito...
E chamar-te... amor virtual!

**Nin@**
- Lisboa -

sexta-feira, 10 de julho de 2009


É um ninho de emoções que não verás através da sua pele…
Uma geografia que admiras, sem chegares à sua essência.

Despir uma mulher, não chega para descobrir o seu mundo secreto.

É muito provável que os seus olhos te contem muito mais…
Ela sabe que para chegares à sua alma,
deverás olhar com muito mais paciência.

Mesmo despida, estará vestida de mistério
O fogo do seu interior,
só o conhecerás olhando o seu coração…
Mesmo sem roupa, na tua frente, não te pertence…

Ao despires uma mulher,
nunca conseguirás tirar-lhe a sua melhor prenda…
o pudor.
Não existe seda que supere a sua pele...
Nem tela que possa esconder o seu encanto.

Despir uma mulher ou tirar as pétalas a uma flor…
É chegar até à porta dos sentidos,
E ajoelhar diante do altar sagrado da sua fonte de vida.

Mas lembra-te… ela continua sem te pertencer
Não conhecerás o seu céu… mas talvez conheças algo do teu.

Com ela, pode o artista esquecer por completo o que é uma linha reta...
e naufragar num mar ondulado de luzes e sombras.

Não te estou dar um presente para os teus olhos…
Trata-se de um presente para a tua alma...

Sem luxúria, sem humor negro, nem duplas mensagens...
Mel, orvalho, frutas, aromas e sabores.

É uma das melhores obras de arte de Deus,
transferida para a pintura,
para a fotografia e
para a escultura.

A tua inspiração nasce dela…
Talvez um dia.......

Fátima Irene Pinto -

Deixe-me gostar de você feito criança porque descobri que é o único jeito que consigo gostar de verdade, sem confusão, sem hipocrisia.

Deixe-me gostar de você da forma mais simples, sem porquês, sem perguntas, sem articulações.

Se eu ou você pensarmos muito e nos colocarmos sob o crivo da razão, teremos que ver entre as nossas qualidades também os nossos defeitos. Teremos que ver a treva que coabita com a nossa luz. Então deixe-me gostar de você como criança. Criança gosta sem pensar.

Deixe-me gostar de você sem cobranças, sem compromissos que não sejam aqueles que nós dois estabelecemos para nós mesmos e não aqueles que os homens inventam que devemos seguir à risca toda vez que resolvemos gostar.

Deixe-me gostar de você da forma mais inocente que eu puder.
Neste gostar permita-me descartar toda a cultura, filosofia, modismos, conceitos ou preconceitos, dogmas, todo e qualquer mandamento ou imposição que venham de fora. Quero apenas ouvir meu coração, assim como quero que você ouça o seu.

Se eu ficar com você um minuto, uma semana, um mês ou um ano, que seja pelo real prazer de ficar, pois aprendi que não é a duração, mas a qualidade que transforma um único minuto numa experiência com gosto de eternidade.

Deixe-me gostar de você sem expectativa, sem planos para o futuro, sem gaiolas que limitem o meu querer porque o futuro é tão incerto e nunca é do jeito que pensamos.
Se nos gostarmos de verdade, é possível que haja muitas ações no presente e é só isto o que verdadeiramente importa.

Acima de tudo, deixe-me gostar de você deixando-o completamente livre para ficar ou para partir. Deixe-me gostar de você sem máscaras e sem verniz.
E se um dia eu disser adeus e partir, creia, será no exato momento em que eu descobrir que já não sou capaz de me fazer ou de o fazer feliz.



"Eu tenho uma espécie de dever que é dever de sonhar e sonhar sempre pois sendo mais do que um espectador de mim mesmo eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso e assim me construo a ouro e sedas em salas supostas invento palco, cenário para viver o meu sonho entre luzes brandas e músicas invisíveis"

**Fernando Pessoa

Sonho Impossível

**Chico Buarque

Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a torutura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meul eito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

quarta-feira, 8 de julho de 2009


Batidas da Felicidade

Bateram em minha porta vacilei e não quis abrir pensei que fosse a saudade que veio me perseguir.

Bateram de novo mais não insistiu desceu as escadas correndo e para bem longe partiu
deixando essas palavras fatais:

Sou a felicidade e não volto jamais.



Essa Tal Felicidade

Entre amores desejos e paixões
Separei um cantinho no meu coração
Só esperando para encontrar
Alguém que realmente quisesse me amar

Talvez eu tenha me precipitado
Achando que esse alguém havia chegado
Levando consigo meu coração

Fiquei feliz ao perceber que estava amando
Entreguei-me sem medos e receios
Lá fora, todos sentiam minha falta
Iludida, só vivia para este amor
Com dúvidas de que eu era
Igualmente correspondida.
De repente a surpresa e a dor,
Aquele amor não era a dois, era só meu!
Deixo aqui minha tristeza e uma pergunta:
Essa Tal Felicidade existe?

terça-feira, 7 de julho de 2009


NINGUÉM VAI SABER
================

Esperei, achei que você nem vinha, aí você apareceu, doce aparição então
Você tava calado que nem eu,
mas seu coração tava disparado igual ao meu
Você me olhou e eu nem sei bem como,
eu lhe olhei e me perguntei: - o quê tô fazendo aqui?
É que naquele instante eu senti, "vai doer, melhor fugir",
mas não consegui sair dali
Fiquei, insisti na loucura, tremenda loucura,
é que nos seus olhos existia candura,
então não quis desistir, não me deixei partir
Você sorriu pra mim meio assim.....
sem saber o que dizer e eu sem saber o que pensar ou falar
Depois você quis pegar na minha mão....
e então, não deixei, amarelei....
mas olha... eu queria... é que eu já sabia o risco que corria,
não era por causa da mão, era o coração,
é que eu já tinha visto o seu sorriso,
já tinha lhe dado um beijo, já tava cheio de desejo, e a mão?.....
ah, ela me trairia,
quem sabe nem deixaria eu ir embora naquela hora.

Acontece que quando chegasse o momento eu ia ter que partir, sumir......

Caminhamos lado a lado num passo cansado,
é que a gente queria que o tempo não passasse,
parasse ali.... ou aqui.
Conversamos, você me perguntou, eu respondi,
você me olhou, eu sorri, você se chegou, eu fugi.
Tudo isso foi o começo dessa nossa história que ninguém vai saber,
mas eu quis vir aqui lhe dizer
O tempo passou não foi? Tanta coisa rolou, muita coisa marcou
e infelizmente esse nosso tempo acabou
Mas olha... não esquece... o meu sorriso ainda é o mesmo,
igual ao meu beijo,
cheio de desejo e ainda tem o mesmo sabor,
repleto de amor

Ah.... o meu telefone ainda é aquele, meu endereço também não mudou,
o meu e-mail não troquei, conservei o mesmo,
aquele que guarda nossos segredos... e o meu coração?

Esse ainda vive nas suas mãos.

**Silvana Duboc**

sábado, 4 de julho de 2009


Amor não é filosofia,

É exercício de vida,
É construção cotidiana,
Semeadura e colheita,
Resignação e atitude.
Permanente doação.
Amor não é filosofia.
Amor é dividir, multiplicando.
Acolher o alheio em nosso íntimo...
Amor é labor, é como regar as flores...
Semear ...
Colher as rosas...
Amor não é filosofia, é química agindo...
Física aplicada...
Matemática dos seres,
linguagem de beijos,
Geografia de corpos,
História de vidas.
Amor não é filosofia.
É vida conjugada,
Experiência dividida,
Prazer multiplicado (amor nem sempre é riso, mas, também nem sempre é dor).
Amor é o divino no humano,
O infinito no efêmero.
Amor é a iniciação à eternidade.
Ilumine-se: Exercite o amor todos os dias.

sexta-feira, 3 de julho de 2009


Pessoas especiais aos olhos de Deus são as que não desistem, as que se voltam, recuam quando necessário e avançam quando preciso.
São as que nunca perdem a coragem, mesmo nas aflições.

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Amo os campos verdejantes mesclados com as cores das mil e uma flores que a natureza semeou.

Amo o capim molhado que a noite enserenou.
Amo o rio de águas cantantes.
Amo a cascata murmurante, véu de espuma que de cima despencou.
Amo o mistério das matas com as matizes do verde que Deus lhe ofertou.
Amo o ruído do vento que, balança os verdes ramos, num aceno de despedida a algo que além ficou.
Amo a chuva que despenca pra banhar a natureza, retirar as impurezas que a poluição deixou.
Amo o brilho do sol,
Amo as estrelas e a lua,
Amo o azul do céu,
Amo o verde do mar.
Amo as claras manhãs,
Amo as tardes ensolaradas.
Amo os ruídos da noite e o silêncio das madrugadas.
Amo o mundo, amo a vida porque viver é sonhar.
Amo tudo que da vida recebi.
Amo até mesmo a saudade, que traz de volta à memória um tempo que já vivi.



Sei que por amor se faz de tudo
E eu farei tudo por ti
Só tu és tudo o que procuro
Tenho mil razões para te querer
Amor de verdade eu senti
Quando eu te conheci
E esse sonho que sonhei
É real, agora eu sei
Não é só uma paixão
É amor de coração

Que faz brilhar o meu sorriso
E acende a luz do meu olhar
Cada dia mais eu te preciso
Sempre contigo eu quero estar

Amor, hoje o sol me despertou
E ele me abraçou
Vi na paz do amanhecer
Nosso sonho acontecer
E eu quero te dizer
Aconteça o que acontecer
Que eu vou sempre te amar!