quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Namoro depois dos 50



Depois de meio século, o amor já percorreu estradas,
dobrou esquinas e optou em encruzilhadas...
Já errou, já acertou, já deslizou, já se arrependeu
e, inevitavelmente, o tempo se foi.
Viveu-se o amor, perdeu-se o amor, alguns pelas mãos de Deus, outros pelo enfraquecimento do viver a dois.
Hoje, esse olhar em direcção ao amor continua mais lindo,
pois na longa caminhada dos sentimentos, aprendemos a somar,
a dividir e a multiplicar, sem chances de diminuir
no conhecimento do sentimento do amor.
O amor maduro chega de mansinho e se aloja em nossa vida,
sem tempo para acabar.
O caminhar a dois é mais sereno, a cumplicidade existe,
o carinho é mais espontâneo, não nos inibimos diante do querer,
a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades, que guardamos de um tempo que não volta mais.
Namorar nessa idade é carregar a ternura no olhar.
O brilho é mais intenso, a vontade de acertar é mais forte.
A construção do caminhar a dois é a soma do querer,
é o encontro de duas almas aplaudidas por dois corações
que dividem a emoção de amar.
As pequeninas atitudes, os gestos e os detalhes
são os alimentos que sustentam este amor.
Viver a dois é a alegria da companhia, do chamego dengoso,
dos beijos calientes e experientes, dos insinuantes olhares quando o desejo se manifesta e a promessa no olhar
de que, em todo amanhecer, será o mais belo bom-dia
entre dois seres que encontraram o amor!

(Desconheço a autoria)

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