Desmancha o nó,
tira a ferrugem,
espana o pó.
Empurra o pesado,
cola o quebrado,
abre o dobrado,
cerze o rompido,
coça a coceira,
gruda o trincado,
pensa o ardido
e faz brincadeira do verso chorado,
que a vida é rendeira
de sedas e trapos,
de rendas, farrapos
ou fios de algodão;
que a fibra é comprida e o mundo, artesão.
Flora Figueiredo
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