sábado, 5 de outubro de 2013

É que cansa, sabe? Ser bom pra quem não é bom pra gente.


E a gente se força e se esforça pra ser diferente, ter bom coração e toda aquela história de ser humano evoluído, até que a própria vida aparece com uma rasteira te forçando a parar de se esforçar. É que cansa, sabe? Ser bom pra quem não é bom pra gente. Dar a outra face pra quem não merecia nem a primeira. Seguir de peito aberto, perdoar sem guardar rancor, sem querer vingança, fazer o bem pra quem respira maldade. Fico exausta só de pensar nisso tudo, me tira as forças, desanima. Nem sem quantas vezes já me peguei fazendo o que eu jurei que nunca faria, quantas vezes me vi indo contra mim mesma e todos os meus milhares de princípios. É que essa loucura de mundo acaba deixando a gente louco também. Sem perceber a gente acaba ficando igual, mais uma nota de dois reais no meio do comércio, do mesmo tamanho, da mesma cor. Quando vê já se misturou, já caiu na mão de quem não devia e, vou te falar, pra se achar de novo é quase missão impossível. Mas é só quase, o lado bom é que sempre tem o lado bom – redundante, mas verdadeiro. Pra mudanças sempre há tempo, 24 horas viram 48, e a gente se acha, se esforça, força a mudança pra melhor pelo simples fato de que é melhor assim, não tem contra argumentos, o que dizer de mal contra o bem? E é isso que vale, nada de nota de dois reais. Sempre dá pra voltar a valer muito mais e, que fiquem sabendo, quero um valor que passe de conta bancária. To optando pelo bem – o mal, por sí só, já cobra de quem dele faz uso. E é na mesma moeda, sem negociações: vale pouco, cobra muito mais.

Teca Florencio

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