sábado, 27 de novembro de 2010

TALVEZ....Se você quisesse, bem que poderíamos sai por aí, por dentro de nós e colher umas doçuras




Se você quisesse, bem que poderíamos sai por aí, por dentro de nós e colher umas doçuras, fingir de criança e nos beijar à tarde toda.

Se você deixasse, iria mostrar uns guardados ridiculamente cor de rosa e os desenhos das miragens que criei para nós dois.

Se você permitisse a fatalidade do meu amor e o tivesse em si como a roupa de que se despe ao se enfeitar diante dos meus olhos, eu lhe seria leve e calma como folha solta.

Se me ouvisse, eu lhe diria como inunda meu ser de todas as seivas, todos os rios e contraditórias correntes e, em dias de loucura, de um cheiro de animais marinhos remotamente lembrados.

E, se depois de tudo me quisesse, desceriam aos meus pés, deusas, iaras, valquírias, invejosas do meu contentamento e do meu amor.

Saramar

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