Abro uma antiga mala de velharias e lá encontro minha
máscara de esgrima. Emocionante o momento em que púnhamos a máscara – tela tão
fina – e nos enfrentávamos mascarados, sem feições. A túnica branca com o
coração em relevo no lado esquerdo do peito,
‘olha esse alvo sem defesa, menina, defenda esse alvo!’ –
advertia o professor
e eu me confundia e o florete do adversário tocava reto
no meu coração exposto.
(Lygia Fagundes Telles)
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