quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
“Borogodó”,
Descobri que o tal “borogodó”, indispensável em qualquer relacionamento que se preze, está fundamentado no encanto. Não é no rostinho de boneca, no presente de natal caríssimo, muito menos no abdômen sarado. Encanto mesmo vem de dentro. Gente que faz nosso coração gargalhar, que abraça quentinho colando o rosto, prepara o chá no fim de semana de gripe, que ri de si mesmo, cumprimenta o porteiro, que respeita o momento, o tempo, o vento. Gente que muitas vezes não sabe por qual bifurcação do caminho você veio, que tipo de bagagem você vem trazendo, mas tem certeza de que dedicação e respeito fazem parte do alicerce de qualquer relação, seja ela amorosa ou não. Gente que te basta. (...) Encanto é isso, a livre aproximação de alguém que tem toda a liberdade de quando bem entender, partir. Melhor ainda, encanto é a morada sem grades do amor, que permite o voo para jardins mais floridos – porém, é muito mais convidativa a doce e livre permanência.
Danielle Daian
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