segunda-feira, 15 de março de 2010

Ando no rastro dos poetas, porém descalça. Quero sentir as sensações que deixaram por aí.

Amo Cora Coralina, que fazia poemas de amor
tão meigos, tão ternos, tão teus... Não sei... se a vida é curta...
Sou o Enigma de Clarice Lispector quando penso
Que "tenho várias caras. Uma é quase bonita,
Outra é quase feia. Sou um o quê? Acho que um quase tudo, talvez.

Canto as canções do Jobim e vejo o Corcovado,
o Cristo Redentor, a garota de Ipanema...
Como João Bosco e Aldir Blanc, procuro Henfil num rabo de foguete...
Vejo um bêbado com chapeu-côco que me lembra o Carlitos.

Meu coração bate outra vez com a esperança do Cartola
E volto aos jardins para me queixar com as rosas
Fico em silêncio porque as rosas não falam,
exalam, simplesmente, o perfume que roubam de ti...

Do Mário Quintana, meu amado, existe um "Bilhete"
Pedindo que deixe em paz os passarinhos
Porque, se me quizeres, não gritará nos telhados
Me amará em paz, devagarinho, baixinho, porque
a vida é breve...vocês passarão e eu passarinho.

Enquanto isso, gritas em meus ouvidos e nada dizes
Deixa de me amar e faz meus dias passarem tristes
Entoa cobranças, me tira a esperança
Faz a vida mais do que breve, faz a vida vazia.

E Como Cecília Meireles, eu sou.
Em seu poema "Motivo da Rosa" ela ainda não sabe quem é, e diz assim:
" Se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que venha alguém gostar de mim?"
(Amália Klopper)

Nenhum comentário:

Postar um comentário