domingo, 26 de dezembro de 2010
Por eu estar tão viva,num lugar tão morto, é que o "seu tão pouco", se tornou insuficiênte pra mim.
Justo eu, que sempre dizia,que uma das coisas que não suportaria,
seria quando eu perdesse meu abrigo em você.
Enfim,demorei tanto pra arrumar esse lugar.
Dias e dias,ampliando,arejando,criando rebocos,
retirando seus destroços, pra que assim fizessemos nosso mundo.
Eu te dizia,lembra?
E você ouviu?Você guardou?
Você ao menos pensou,
quando via em mim tanto esforço?
Eu também joguei fora muita coisa minha,
pra que aí dentro,só houvesse espaço pra nós dois.
Ah!Seria tão diferente se você tivesse me ajudado...
Porque ao invés de trancar,você não abriu?Porque?
Eu estaria com você,com amor,na rede,no vento,no relento....(livre)
Brincava com minha simplicidade,lembra?
E sabe agora como estou?
Como quem anda pela primeira vez de salto alto,sozinha,
numa avenida esburacada,
escura,com um monte de pessoas te olhando
e esperando um tombo logo adiante.
É visível minha fragilidade,minha insegurança.
É difícil olhar a distancia que tenho que percorrer assim.
Mas quem foi que me mandou acreditar tanto?
Quem foi que me disse, que pra viver,
bastaria apenas um abrigo tão fechado dentro de alguém?
Não,ninguém.
Fui eu quem me "podei" pra caber em você.
(Mas não morri pra mim)
Talvez por isso...
Por eu estar tão viva,num lugar tão morto,
é que o "seu tão pouco",
se tornou insuficiênte pra mim.
-Calma...deixa eu analizar:
Então não fui eu quem perdi...né?
TEM ALGO MAIOR ME ESPERANDO POR AÍ.
Patty Vicensotti
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