domingo, 19 de janeiro de 2014
Como brisa suave
Há certas pessoas que se aproximam como brisa suave em nossas vidas: chegam de mansinho, deixam suas marcas, cumprem um determinado papel e, no momento necessário, também sabem ir embora ou nos deixam partir para outros rumos.
Mas são leves: não trazem consigo um peso nem deixam sombras indesejadas pelo caminho. Espalham somente bons fluidos, mantendo acesa a chama da alegria em si e em quem mais estiver por perto.
Porém, há outras que não hesitam em surgir como vento forte, quase avassalador. Geralmente, vêm disfarçadas de sedução, cercando-nos com as artimanhas mais estratégicas de conquista.
Sejam elas brisa ou vento, acredito que apareçam, sim, nos momentos mais inesperados, pessoas singulares que conseguem realmente modificar o sentido de nossa trajetória.
Apaixonamo-nos por sua essência, por seus valores, por sua postura e por mil outros motivos que permanecem, por um bom tempo, na inconsciência da mente.
Por vezes, ficamos confusos devido à tamanha importância que esses seres ganham diante de nós. Não queremos nomear ou dar forma ao sentimento, já que ele simplesmente acontece.
Mas chega, então, o momento de diferenciá-las, para o nosso próprio bem. Serão uma brisa branda ou serão o vento instigante?
Passamos a nos questionar quem realmente são aquelas pessoas, em si próprias, mas principalmente dentro de nós. Por que algumas são tão puras que nos fazem chegar até o céu, sem precisar de grandes motivos para isso? Em contrapartida, por que outras são tão incômodas, ocultas, dúbias e, mesmo assim, despertam o nosso amor de forma tão dolorosa?
Pode ser que não consigamos chegar a uma distinção perfeita entre brisa e vento, já que a coexistência de ambos parece ser aquilo que traz sentido à vida.
O grande segredo, talvez, seja o preparo para grandes avalanches, mesmo em meio à serena brisa, ou o planejamento de uma belíssima pausa, caso o vento insista em emaranhar alguns fios de nossos cabelos.
Desvendar a alma humana é um mistério – e seremos detetives perfeitos quando soubermos perceber as respostas intrínsecas às calmarias e aos furacões cotidianos.
When she danced
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