quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Saber domar os instintos
Quebrar os círculos de ressentimentos pode parecer difícil mediante tantas situações adversas causadas por outrem, mas alimentá-los pode ser a pior maneira de se viver em paz e com saúde. As proporções de crescimento da bolha maléfica são em dobro sobre a anterior, de forma que sua força se torna estratosférica.
Saber domar os instintos e não revidar são atitudes que exigem força sobre humana, mas nada que não nos faça seres melhores. Pensar na finitude dessa vida tão fugaz, em nossa pequenez perante os desígnios maiores e em como nada somos perante o universo em expansão nos faz perceber que nossas convicções são tão ínfimas na qual realmente não vale à pena buscar mágoas, ódios e vinganças como meio de levar a vida adiante.
Plantar essas sementes é produzir o mal para si mesmo pensando causar no outro aquilo que em nós já está semeado. O outro é responsável pelos seus sentimentos e conseqüentemente será responsável por suas ações, sejam boas ou não. Imaginar que com nossas palavras podemos atingir o próximo com verdades a ponto de transformá-lo num outro ser é muita pretensão. Se no ouvinte não houver a predisposição para mudar, de nada adiantará falar.
As palavras só se tornam sementes produtivas, quando a terra, nossa mente e coração, estão preparados e adubados para receber a nova vida que ali se esconde.
Quão bom seria sentir a plenitude desse pensamento adentrando os corações humanos a ponto de produzir um véu de luz que ampliasse nossa visão do que pode ser a extensão da vida em paz e harmonia.
Andréia Cunha
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