Abraça o meu abraço e abre aspas e couraça e casaca e roupa até o polpa o nervo a voz antes da boca aonde a mesma brasa ilesa siamesa dorme acesa embaixo dágua abraça o breu do meu abraço e sua o seu no meu suor na nossa massa mancha que absorve engole goma o seio soma o seu no meio meu aberto peito perto alcança o céu no vôo cego que amalgama à nossa sombra a escuridão que orbita em volta cruza a curva de um contorno que devolve ao mesmo a sua carne pele em forma líquida abraçada nesse agora que me abraça e que me abraça e que me abraça e que me abraça
.
Arnaldo Antunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário