Escrevo nomes
como quem passa batom
e pinta de vermelho
a boca
talvez porque sofra
desse destino
de me balançar
em rede tão fina.
Escolho pernas
cruzo e descruzo palavras
prolongo sílabas e olhares
E porque quero dançar
procuro poesia
no céu da sua boca.
As palavras
doidas pra tecer mistérios…
Confundo lábios e letras.
Martha Galrão
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