quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Há coisas que ninguém nos ensina; há coisas que nunca queremos aprender. Mas é preciso saber dizer adeus...
É preciso saber dizer adeus
Há coisas que ninguém nos ensina;
há coisas que nunca queremos aprender.
Recebemos de bom ou mau grado
o que a vida nos impõe e depois nos
apegamos a essas coisas,
pessoas ou sentimentos como se para
existirmos precisássemos deles.
Dizer adeus é como deixar um pedaço
de si e se impedir de olhar pra trás.
Sim...
confesso que é difícil dizer adeus,
aquele sem retorno,
às pessoas que amamos e aceitar
isso como parte natural da vida.
É amargo aceitar o adeus dos sonhos,
dos que começaram e jamais foram terminados.
Mas o que é incompreensível no ser humano
é a rejeição do adeus total e definitivo
às feridas e magoas que consomem
nossas entranhas.
É a dificuldade em livrar-se do passado,
das manchas da alma,
do que nos impede de ter uma vida
normal e possivelmente feliz.
Há pessoas que guardam tudo
e saem carregando nos ombros
o que recolheram da vida.
Isso faz com que caminhem
com passos mais lentos,
faz com que nunca cheguem
a um lugar definido.
Para alcançarmos libertação e cura
deveríamos possuir a arte de saber deixar
definitivamente para trás o que
nos impede de avançar.
Quem cultiva a dor,
colhe a dor;
quem cultiva ódio,
colhe ódio;
quem cultiva ressentimentos,
colhe ressentimentos.
Se nosso coração é um jardim,
devemos saber o que estamos plantando
nele e o que estamos arrancando.
Se com lágrimas regamos o mal que nos fizeram,
com lágrimas colheremos o mal
que nos fazemos a nós.
É preciso aprender a dizer adeus
a todas as mágoas,
custe o que custar,
se quisermos alcançar a misericórdia prometida,
a graça eterna...
se quisermos ser,
nem que seja um pouquinho,
parecidos com Jesus.
TEXTO: Letícia Thompso
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