sábado, 23 de abril de 2011
Eu gosto é que Deus cante em tudo e que não fique mudo morto em mil catedrais.
Eu gosto de andar pela rua, bater papo,
de lua e de amigo engraçado.
Eu gosto do volume, do perfume, do ciúme,
do desvelo e de abraço apertado.
Eu gosto de artistas diversos, de crianças de berço e do som do atchim.
Tem gente, muita gente que eu gosto,
que eu quase aposto que não gosta de mim.
Eu gosto de quem sempre acredita que a violência é maldita e já foi longe demais.
Eu gosto de inventar melodia, da palavra poesia e de palavra com til.
Eu gosto é de beijo na boca, de cantora bem rouca e de morar no Brasil.
Eu gosto assim de quem é eterno de quem é moderno e de quem não quer ser.
Eu gosto de varar madrugada, de quem conta piada e não consegue entender.
Eu gosto de quem quer dar ajuda e acredita que muda o que não anda legal.
Eu gosto é de ver coisa rara.
A verdade na cara é do que gosto mais.
Eu gosto porque assim vale a pena, a nossa vida é pequena
e tá guardada em cristais.
Eu gosto é que Deus cante em tudo e que não fique mudo morto em mil catedrais.
Oswaldo Montenegro
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