“Eu sempre tive total conhecimento sobre todas as minhas
falhas – gigantescas, por sinal. Sempre tive adepta a aderir tuas opiniões, e
nunca deixei de procurar entender o teu lado; preste atenção nisso, porque quero
que você nunca mais se esqueça. Eu quis muito que desse certo, eu lutei muito
pela gente, mas naquela época eu não sabia o que eu tinha. Eu não sabia que a
gente se tornaria saudade e que a mesma doeria tanto. Eu não tinha noção do
quanto você preenchia os meus dias e de como eles se tornariam vazios sem você.
E, por favor, não tente justificar nosso fim através dos meus erros. Eu odeio
quando você foge para não admitir a tua parcela de culpa. Quando você luta para
não ter de acarretar com as consequências. Você me deixou escapar. E eu juro,
quis muito ficar. Eu quis muito que você me fizesse permanecer. Mas você fugiu,
você sempre foge. De tudo, de mim também. E não há mais nada que possamos fazer
pra reverter a situação. A gente se perdeu por nunca sequer termos tentado nos
achar. E agora você está na fila desse cinema estúpido com essa garota idiota,
me olhando como quem diz baixinho que sente saudade. Sim, eu sei, eu também
sinto. E você aperta a mão dela quando eu sei que queria estar apertando a
minha, e, tudo bem, eu te entendo, eu também gostaria de estar no lugar dela. A
gente quase deu certo, e ao contrário do que dizem, era sim, pra ser. Era pra
gente ir pra frente. Se eu tivesse permanecido e você tido um pouco mais de
insistência poderíamos ser dois sorridentes na fila do cinema agora. Só, por
favor, não esqueça de que naquele tempo eu realmente não sabia o que tinha nas
mãos. Juro, que se soubesse, teria ficado.”
Germana K.
Nenhum comentário:
Postar um comentário