quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Por entre os dedos, por medo, escaparam-me sonhos e oportunidades...

Quando penso que,


Por medo,

Escaparam-me

Por entre os dedos,

Sonhos e oportunidades...

Que, por ter dormido todo o outono,

No inverno perdi o sono...

E deixei fugir a felicidade!

Que, por paixão,

Queimei, ardi, enlouqueci...

E por um falso desejo,

Errei, temi, trai, feri...

Que por me faltar coragem,

Meu coração, hoje, diz:- Você teve medo de ser feliz.

Porém, no entanto, entretanto...

Meu Deus! E... portanto.

Felizmente,Há perdão – para os erros.

E silêncio – para os berros.

Para o tudo que nada foi – ainda há tanto.

Para este amor impossível – ainda há tempo!

Ah, essa tal felicidade!



Marcos Aurélio Mendes

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