segunda-feira, 31 de agosto de 2009


**prosa poética (uma parábola)

A história do homem que navegava e da mulher que nadava!

Era uma vez um homem que navegava por altos mares. Seguia em busca de novidades... o dia se punha alto... o sol brilhava altaneiro e já se descambava no horizonte... na grande imensidão do nada ele avistou um vulto... um vulto de mulher que nadava. Apressou-se com suas remadas para alcançá-la. Quem sabe precisava de alguma coisa? Em tão alto mar, que faria aquela mulher se uma onda maior viesse?

Aproximando-se da mulher, perguntou:

- "Que fazes aí sozinha em alto mar, nadando a braçadas? Não tens medo?"

A mulher respondeu:

- "Não tenho medo. Caminho sobre as ondas dos sonhos, e os meus sonhos me tornam leve, de tal forma que as ondas não me cobrem.. eu flutuo sobre elas."

Então o homem perguntou:

- "E o sol não te queima a pele, não te fere os olhos, não te cega?"

A mulher respondeu:

- "Não, o sol é um deus que vive dentro de mim, não me queima, pois o escondo em mim mesma como se fosse um precioso troféu."

O homem retrucou:

- "Não te sentes só neste mar infinito.. onde nada se vê.. nada se encontra?"

A mulher responde:

- "Não viajante de altos mares. Não. Porque sou dona do meu destino, o escolhi assim, boiar sozinha em altos mares, deixar-me queimar pelo sol, e viver só.. nas ondas dos meus sonhos."

E a mulher continua:

- "Mas e tu, viajante, o que fazes neste mar deserto, em tão alto mar que a terra firme se vê tão distante? O que buscas, meu viajante?"

Ao que o homem respondeu:

- "Busco o prazer.. somente o prazer. Busco o desconhecido... a beleza... a leveza...o encanto dos mares... o perigo das ondas... a alucinação das sereias!!! "

Pergunta a mulher:

- "Mas que prazer buscas nestas visões de perigo e alucinação?"

E o homem responde:

- "O prazer de conquistar.. a imensidão.. o nada... conquistar talvez o sonho que vive dentro de mim.. e que nem sei qual é... busco... busco...busco e não sei o que busco, se busco a certeza de um afeto... ou apenas momentos de fantasia... mas busco.. quem sabe um dia hei de encontrar.. e preencher o vazio que, mesmo estando em meio à multidão, habita dentro de mim."

A mulher então diz ao homem:

- "Eu sei... tu buscas o sonho da felicidade... que em algum lugar deixastes sem saber que o deixavas, e nem onde o deixavas, e agora o procuras para torná-lo talvez uma realidade... mas não encontras. Não é assim?"

E então o homem, com olhos brilhantes, diz:

- "Sim.. busco o sonho da felicidade para preencher o meu vazio.. o vazio que me foi deixado.. pelo meu querer sem querer.. amar sem amar.. desejar sem desejar. Enfim.. busco o paraíso.. que não sei onde está... se dentro de mim.. se fora de mim... em alguém distante, em alguém perto ou além, no infinito."

A mulher então diz ao homem:

- "Venha, aconchega-te em meus braços e sinta o meu palpitar.. sinta o vulcão do sol que brilha dentro de mim... sinta-me, possua-me.. e encontrarás o paraíso.. não o paraíso que está dentro de mim.. mas aquele que está dentro de ti. Não importa se sou bela ou se sou feia, se sou apenas uma voragem... ou uma nuvem que passa... porque de fato.. o paraíso está é dentro de ti e não em lugar algum em que busques."

Nisto, a mulher se agarra na barca do homem e sobe... o homem a possui.. e no êxtase do prazer se eleva aos céus... mas de repente vem uma onda muito grande...trovões e relâmpagos que clareiam os céus, e por um instante o homem vislumbra o rosto da mulher que está a possuir...("Oh! Ela é humana!") mas não é um ser humano que ele busca... ele busca as deusas dos mares... que flutuam nas ondas de seus sonhos... e reluzem ao sol de verão de sua juventude fugidia... diante desta tormenta de raios, incertezas, angústias, e o sentimento angustiante da perda do falo, o homem diz a mulher:

- "Por favor, desça de minha barca.. pois ela é leve e insegura.. com a força das ondas... nós dois seremos, ambos, arrebatados mar a dentro numa viagem sem volta...paremos por aqui, eu te peço...desça de minha barca, pois tu, do teu lado, pareces incliná-la com tuas fantasias idiotas, com teus sonhos que pesam como quilos e mais quilos de chumbo em minha barca."

A mulher responde:

- "Não te preocupes.. eu não peso.. porque sou apenas um sonho... a onda virá... e por cima dela me projetarei... porque os sonhos não pesam... os sonhos voam.. os sonhos, como nuvens, se desfazem... ou se fazem... não pesam.. são apenas sonhos.. nada mais."

Porém o homem, assustado, com medo de que a sua estabilidade de navegador estivesse ameaçada e sua real felicidade pudesse ser destruída... empurra a mulher.. e esta cai no mar e desaparece.

Passa-se o tempo... e um dia outra vez em alto mar o homem busca com o olhar perdido aquele vulto... pois seu corpo e sua alma pedem, de novo, uma viagem ao paraíso, aquela viagem repleta de delírios e desejos que as sereias não lhe puderam dar, mas... as ondas vão... as ondas vêm.. e nada.. nenhum vulto se vislumbra mar a dentro... a mulher que tinha figura humana desapareceu entre as ondas, perdeu-se no infinito de seus próprios sonhos.

O SONHO SE EVAPOROU...

Então o homem se pergunta: "Mas por quê?"

"Eu não fiz nada... dei-lhe apenas um leve tranco... para não pesar na minha barca.. por que ela não voltou, depois que a onda e a tempestade passaram?"

Então dos céus uma voz lhe responde:

"Amigo... o sonho de ser feliz é um sonho... mas quando ele se torna realidade, se você não o abraça, não o prende... e não enfrenta todos os riscos que para ser feliz se fazem necessários... o sonho vai embora.. e junto vai

- A FELICIDADE!

ailecaniger – regina célia
20/07/2000

terça-feira, 25 de agosto de 2009



A VOLTA DO PÁSSARO ENCANTADO



Um dia ele voltou. Mas estava diferente. Triste .
-- Você mudou – disse a Menina!

-- Eu sei, ele respondeu. – Perdi a alegria. Não mais tenho vontade de voar!

-- Como foi que isto aconteceu? – perguntou a Menina.

-- Estou velho. Não sou como era...—ele respondeu.

-- Quem lhe contou isto?

-- O espelho...

Com estas palavras, o Pássaro tirou de dentro de suas penas um espelho de ouro e começou a contemplar o seu rosto.

-- Não me lembro desse espelho – disse a Menina.

-- Foi presente de alguém! Deixado à minha porta –explicou o Pássaro.

“Como seu Pássaro mudara!”, a Menina pensou. Ela nunca o havia visto se olhando num espelho. Seus olhos estavam sempre cheios de mundos, de montanhas e campos nevados, florestas e mares... Tão cheios de mundos, que não havia neles lugar para sua própria imagem. Mas agora era como se os mundos não mais existissem. Os olhos do Pássaro estavam cheios do seu próprio reflexo. A Menina percebeu que seu Pássaro fora enfeitiçado. Com certeza alguém com inveja, como a madrasta da Branca de Neve. E que instrumento mais terrível para o feitiço que um espelho? Mais terrível que as gaiolas. De dentro da gaiola todos querem sair, mas dentro dos espelhos todos querem ficar.

A Menina entristeceu... E jurou que tudo faria para quebrar qualquer feitiço.

Mas de feitiços ela nada entendia. Procurou então os conselhos de um velho mago, que lhe revelou os segredos de todos os bruxedos.

-- Uma pessoa fica enfeitiçada quando se torna incapaz de amar. E, para isso, não existe nada mais forte que um espelho. O espelho faz com que as pessoas só vejam a si mesmas. E quem vê somente o próprio reflexo não consegue amar. Adoece e morre. Narciso morreu assim, enfeitiçado por sua própria beleza, refletida na água da fonte. E foi a beleza da madrasta da Branca, refletida no espelho, que a transformou de mulher linda em bruxa horrenda! Contra o feitiço do espelho existe só um remédio: é preciso redescobrir o amor, ficar de novo apaixonado. Somente o amor tem poder suficiente para arrancar as pessoas de dentro da armadilha do espelho. Mas não há receitas... Somente quem ama a pessoa enfeitiçada pode salvá-la...

A Menina pensou que, talvez, as coisas que o Pássaro sempre amara, no passado, teriam o poder para fazê-lo amar agora, no presente. E se lembrou da alegria que ele tinha nas frutas do pomar. Trouxe-lhe então as mais queridas: caquis, pitangas, mangas, romãs, jabuticabas, mexericas, aquelas que guardavam as memórias de infância escondida em sua carne. Mas o Pássaro se recusou a comer. Não tinha fome de frutas. Sua boca estava adormecida, como se não existisse... Só tinha olhos, olhos que fitavam o espelho em busca da beleza perdida, ausente.

A Menina não se deu por vencida. Resolveu tentar a sedução dos perfumes. Os perfumes são sutis: penetram fundo, nas profundezas da alma. Lembrou-se de que o Pássaro amava o cheiro bom das plantas. Foi então ao jardim e ali colheu flores de jasmim, magnólia, madressilva, flor-do-imperador e as folhas de hortelã, manjericão, rosmaninho e alecrim... “Ah!”, ela pensava, “não existe bruxedo que resista aos perfumes, pois eles entram na alma, aonde nem mesmo os pensamentos e os olhares enfeitiçantes conseguem chegar...”

Mas o Pássaro também se tornara incapaz de sentir os perfumes. Ele era só olhos, em busca de uma imagem perdida...

-- Minha tristeza mora num lugar mais fundo que o lugar dos perfumes, ele explicou à Menina.

-- Tenho saudades de mim mesmo, daquilo que já fui. Procuro, no espelho, um rosto passado, um tempo perdido... E a tristeza é por isso, porque sei que não é possível reencontrar!

A Menina pensou, então, que a ciência poderia ajudar. Procurou médicos de perto e de longe e voltou para casa carregada de pílulas e injeções cheias de alegria. Mas os milagres eram curtos e a alegria se ia tão depressa quanto chegara.

-- Minha doença não é do corpo – disse o Pássaro – Ela mora na alma. Se eu não vôo, não é porque minhas asas ficaram fracas. Elas ficaram fracas porque não desejo mais voar. E quando o desejo se vai, vai-se também a alegria... E então o corpo envelhece!

A Menina, chorando, lhe perguntou:

-- Mas não existe remédio para a tristeza?

-- Sei que existe – disse o Pássaro. - Mas num lugar muito longe (ou será muito perto?), que não sei onde é. Mas para chegar até lá, há de se saber voar. Você já voou? – o Pássaro perguntou à Menina.

-- Voar, eu? Sou uma menina, não tenho asas...

-- Mas você já tem asas – ele afirmou. – E nem sequer percebeu... É que as asas das meninas, diferente das asas dos pássaros e das borboletas, não são vistas com os olhos. São invisíveis... Só podem ser vistas com os olhos da imaginação!

A Menina nunca havia pensado nisto, que um dia ela teria asas. Parecia tão absurdo! E, de repente, se lembrou... Um presente muitos anos atrás, que seu Pássaro lhe trouxera de uma de suas viagens: um pôster colorido, uma menina, com asas de borboleta, que leve voava sobre a superfície de um lago. E ela lhe perguntara, espantada:

-- Uma menina com asas?

E o Pássaro respondera:

-- Mas você nunca percebeu as asinhas que já começam a crescer em suas costas?

E os dois riram de felicidade.

Pois é: chegara o momento em que teria que começar a voar.

-- A quem devo procurar? – ela perguntou.

-- Procure aqueles que sabem voar: os poetas. Eles têm asas mágicas, feitas com palavras e se chamam poemas !...

E a Menina partiu em busca do remédio que faz retornar a alegria à alma, a fim de dar leveza ao corpo...

Encontrou um poeta e fez seu pedido. O poeta a olhou com um olhar de bondade e lhe disse:

-- Não posso atender seu pedido. Também eu estou procurando. Sabe por que sou poeta? Porque sinto em tudo só uma pitada de alegria. Mas ela se vai tão depressa, misturada à tristeza. Passa depressa como o Vento... Até um poeta já disse:

Leve, muito leve,

Um Vento passa ,

E vai-se sempre muito leve!...

Assim é a alegria....

Nós a cantamos, quando ela aparece. Bem que gostaríamos de sermos mágicos para chamá-la e distribuí-las pelo mundo... Mas não podemos ajudá-la! Quem sabe os monges... Eles têm asas de luz... Consta que descobriram o segredo da alegria!...

A Menina amou o poeta e até quis ficar com ele mais tempo. Mas lembrou-se de seu Pássaro... E continuou. Voou alto, muito alto, para o cume de uma montanha deserta e nevada, onde monges se dedicavam à busca de Deus.

-- Sim, Menina, Deus é a suprema alegria. Por vezes a sentimos. Mas passa rápido, muito rápido. Como o sol que se pões. E nada há que possa detê-la. Passa rápido como a beleza do crepúsculo. Sabe porque fizemos o nosso mosteiro tão alto? Para que a alegria do pôr-do-sol demore um pouco mais. Queremos a beleza da luz que se vai, onde mora Deus, onde mora a alegria. Venha comigo!...

E tomando a menina pela mão levou-a até um templo, lugar sagrado... E a luz do crepúsculo filtrava-se pelos vitrais de muitas cores...

-- Veja como entra pelos vitrais. Como é suave esta alegria. Mas logo se vai e a noite chega. Com a noite vem a tristeza e o medo... Felizmente, com o nascer do sol, ela volta. O choro dura uma noite toda, mas a alegria vem pela manhã... Vivemos assim, entre a tristeza que vem e a alegria que foge... Não, Menina, não conseguimos prender a alegria. Só conseguimos aprender a cantar quando ela vem... Quem sabe os revolucionários, que desejam construir o paraíso sobre a terra. Eles têm asas de fogo!...

A Menina amou aqueles homens e achou lindo o que estavam fazendo, celebrando a luz que vem e que vai... Quis ficar. Mas havia um Pássaro triste, lá embaixo, que esperava por ela. Abriu suas asas e se foi, em busca dos revolucionários. Encontrou-os nas montanhas. Moravam nas alturas, não porque quisessem subir para as estrelas como os monges, mas porque queriam descer para os vales. Amavam a terra e por ela dariam suas vidas.

-- Como gostaria de ter a resposta para sua pergunta, Menina – disse um deles, de rosto enigmático, estranha combinação de dureza e ternura. – Sei o que tira a alegria. Os corpos famintos, perseguidos, sofridos, dos pobres e fracos – ah!, como é difícil que se alegrem! A fome, a dor, a doença, as injustiças são todas inimigas da alegria. E para ela queremos preparar o caminho: quebrar as espadas, queimar as botas, abrir as prisões, distribuir as terras, perdoar as dívidas... Isto nós sabemos fazer. Mas alegria é coisa mágica que vem de dentro, não de fora. O que fazemos é preparar a terra para que ela possa vir das funduras de onde mora. Ela mora no lugar dos sonhos, aonde os nossos não podem ir! Para ter alegria é preciso sonhar. Mas este segredo nós não sabemos. Talves os intérpretes de sonhos... Eles têm asas de luar!...

A Menina amou o rosto duro e terno daquele homem, admirou sua coragem, mas sentiu uma discreta tristeza em sua fala. Também ele não havia encontrado a alegria. Abriu suas asas... Já estava ficando cansada. E partiu em busca dos intérpretes dos sonhos.

Sonhos: como são estranhos... Aparecem à noite, quando dormimos. Vêm de muito fundo, lá onde moram nossos desejos adormecidos. Eles são entidades tímidas. Só aparecem com o brilho do luar...

-- Ah! Menina, você nos pergunta sobre o segredo da alegria. Sabemos que é nos sonhos que ela se realiza, como quando se espera a volta da pessoa amada. Antes é a saudade, o vazio. Depois o abraço. Alegria é isso: poder abraçar o que se ama. Mas é preciso primeiro saber, primeiro, o nome do que se ama. E é este nome que aparece, disfarçado, nos sonhos. Conte-nos os sonhos do seu Pássaro!

Mas o Pássaro havia parado de sonhar.

-- Então não podemos ajudá-la. Mas sabemos que os que sonham são os apaixonados. Eles têm asas feitas de saudade. Quem sabe eles lhe dirão o segredo!...

E a Menina partiu, triste. Já estava cansada, longe, muito longe de seu amado Pássaro... E pensou se não seria melhor estar com ele, em sua tristeza. E dentro dela a saudade foi crescendo, doendo, um desejo enorme de voltar...

Muito longe dali, o Pássaro se olhava no espelho e chorava os sinais do tempo gravados no seu rosto e a única coisa que via era sua própria imagem. De repente, entretanto, algo passou bem no fundo da sua alma, Como se fosse um Vento leve, bem leve; ou um raio de sol crepuscular; uma pequena chama de fogueira no frio das montanhas; um sonho bonito, em meio à noite... E ele se lembrou da Menina. Onde estaria ela? Deixou sobre a mesa o espelho e saiu “em busca das marcas da sua Ausência”, no perfume das flores, no gosto dos frutos, no quarto vazio... Havia, por todos os lugares, a presença da sua Ausência. E naquele corpo, por tanto tempo morto dentro do espelho, o Desejo cresceu, o rosto sorriu, as asas se abriram e o que era pesado voou...

Ressuscitou...

E cada um deles partiu, ignorando o que o outro fazia, em busca do reencontro...

O feitiço fora quebrado.

Estavam apaixonados.

Voavam leves, ao Vento, com as asas da saudade...

E ambos traziam, no brilho dos olhos, os sinais da juventude eterna que os anos não conseguem apagar... Porque os que estão apaixonados, não envelhecem jamais... (AD)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Atos e sentimentos

Somos donos
de nossos atos,
mas não donos
de nossos sentimentos;

Somos culpados
pelo que fazemos,
mas não somos culpados
pelo que sentimos;

Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer
sentimentos...

Atos são pássaros engaiolados,
sentimentos são pássaros em vôo

-Mário Quintana-

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Quem nunca parou e ficou pensando na VIDA e vendo que se voltasse no passado poderia ter feito TUDO diferente...
Quem nunca escutou uma MÚSICA e lembrou de uma PESSOA ou um momento super especial, e aí bateu aquela SAUDADE e vontade de correr para aquele instante, e nunca MAIS voltar...
Quem nunca fez promessas dizendo que se fosse hoje JAMAIS teria errado e que preferia fazer qualquer coisa do que ter perdido aquele velho amor que infelizmente hoje em dia não tem MAIS VOLTA...
Quem nunca entrou em baixo do chuveiro e começou a CHORAR de raiva, por ser tão BURRA e tão egoísta consigo mesma..
Quem nunca deitou na cama e antes de dormir pensou e chegou até SONHAR com AQUELE que ninguém consegue entender como você pode gostar TANTO...
Quem nunca pegou AQUELA caixa cheia de CARTAS e começou a ler uma por uma e notou que cada ano que passava vamos
crescendo e que hoje muitos daqueles bilhetinhos parecem ser escritos por crianças...
Quem nunca pegou essa mesma caixa e começou a chorar por SAUDADE DO PASSADO que era muito bom...
Quem nunca começou a fazer aquela limpeza no quarto e parou TUDO para olhar as FOTOS e lembrar de todos os momentos já vividos...
Quem nunca se irritou com a VIDA e jogou tudo pro alto, se trancou no quarto e não quis falar com ninguém...
Quem nunca quase desistiu de ir a uma FESTA porque não achou uma roupa e se não fosse aquela amiga você teria perdido a melhor festa do ANO...
Quem nunca entrou em DEPRESSÃO e pensou que a sua vida é PIOR de todas...
Quem nunca teve AQUELES dias que não podia nem passar na frente do ESPELHO que já se achava gorda, feia, com espinhas, branca, cabelo palhoso e muito mais...
Quem nunca se revoltou com a vida e foi GROSSA até com o porteiro que não tinha nada a ver com a HISTÓRIA...
Quem nunca levou um FORA e pensou que ninguém te queria, então falou pra todo mundo que resolveu virar FREIRA...
Quem nunca fez mil PROMESSAS pra que ele CHEGUE em você só pra ter aquele gosto de dar aquele FORA...
Quem nunca ficou encarando o mais BONITO da festa e quando viu, ele tinha namorada...
Quem nunca tomou aquele PORRE e deu de cara no chão pois acabou falando tudo aquilo que NÃO DEVIA...
Quem nunca começou um regime na SEGUNDA-FEIRA e na terça como estava chovendo fez BRIGADEIRO de tarde e ficou assistindo sessão da tarde...
Quem nunca teve vontade de dar um BEIJO na chuva...
Quem nunca passou a SEMANA inteira procurando aquela roupa para ir a festa e ser a mais LINDA de todas e quando chegou na festa o cara estava ficando com aquela VACA que você simplesmente ODEIA...
Quem nunca LIGOU e desligou na cara do cara que gosta umas mil vezes
Quem nunca ganhou um PRESENTE de algum familiar que achou horroroso e falou que era lindo só por educação...
Quem nunca escutou aquela MÚSICA que era de vocês dois e começou a CHORAR, pois viu que tudo que tinha pensado em ter esquecido, ainda está DENTRO de ti...
Quem nunca começou a RIR com as amigas sem nenhum motivo e não teve mais vontade de parar... Quem nunca encontrou aquele alguém ESPECIAL do passado e viu que ele mudou...
Quem nunca BRINCOU de esconde-esconde...
Quem nunca entrou na piscina de NOITE...
Quem nunca passou uma TARDE toda no telefone...
Quem NUNCA se apaixonou por um instante pelo melhor amigo...
Quem nunca deu de cara com o ex-namorado ou até ex-ficante e sentiu que os dois BALANÇARAM com aquela troca de olhar...
Quem nunca pensou ser a pessoa mais FELIZ, mesmo que por um segundo?!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

**Naldo Velho

Agora eu sei !
Bem, acho que sei...
E este é sempre um mistério:
Saber num dado momento,
Precisar o quanto eu já sei.
Só sei que o muito do pouco que hoje eu sei,
Me foi ensinado e ainda bem,
Pelas mãos de uma mulher.
As vezes delicadas, mestras generosas,
Grandes guerreiras, sempre preciosas,
As vezes e muitas vezes, belas e boas parceiras.
Poucas e raras vezes, ardilosas e traiçoeiras,
Estas costumam sangrar !
Este é o meu caminho,
Foi, é e sempre será !
Desde bem pequenino,
Iniciado ainda menino,
Ousei reter este encanto,
Olhando bem fundo nos olhos,
De quem por puro desejo,
Me ensinou a beber desta fonte.
Me ensinou a transformar o veneno,
Me ensinou a brincar de magia,
Me transformando num poeta,
As vezes um tolo, desastrado, um tonto,
Mas ainda assim num poeta
Que vive a dizer em seus versos
O que de melhor a vida lhe oferta,
O que de melhor ele pode ofertar.
Só me resta então confessar:
Curvo-me ao teu talento,
Reverencio a tua magia,
Ainda bem que eu tenho a chave
Do teu canto, do teu quarto.
Ainda bem que eu guardo entranhado
Em meu corpo, o calor do teu colo.
Até o teu cheiro eu consegui captar...
E mesmo que tranques a porta,
Mudando as chaves, o segredo,
Lá estarei sempre atento
A observar-te guerreira,
Não mais uma princesa, uma rainha !
Não mais estilhaçada aos pedaços,
E sim, soberana do teu próprio destino.
Tenho a revelar porém um segredo,
Não existem paredes ou portas,
Barreiras, distâncias ou fronteiras,
Que impeçam o meu pensamento de ir a algum lugar.
Sou na realidade um bruxo,
Um mago, um anjo caído,
Alguém que por culpa ou castigo,
Vive a andar sem abrigo,
Até conseguir se encontrar.

sábado, 15 de agosto de 2009


Homem Maduro




Há uma indisfarçavel e sedutora beleza na personalidade de muitos homens que hoje estão na idade madura. É claro que toda regra tem as suas exceções, e cada idade tem o seu próprio valor.

Porém, com toda a consideração e respeito às demais idades, destacarei aqui uma classe de Homens que são companhias agradabilíssimas: Os que hoje são quarentões, cinquentões e sessentões.

Percebe-se com uma certa facilidade, a sensibilidade de seus corações, a devoção que eles tem pelo que há de mais belo: O SENTIMENTO.

Eles são mais inteligentes, vividos, charmosos, eloqüentes. Sabem o que falam, e sabem falar na hora certa. São cativantes, sabem fazer-se presentes, sem incomodar. Sabem conquistar uma boa amizade.

Em termos de relacionamentos, trocam a quantidade pela qualidade, visão aguçada sobre os valores da vida, sabem tratar uma mulher com respeito e carinho.

São homens especiais, românticos, interessantes e atraentes pelo que possuem na sua forma de ser, de pensar, e de viver. Na forma de encarar a vida, são mais poéticos, mais sentimentais, mais emocionais e mais emocionantes.

Homens mais amadurecidos têm maior desenvoltura no trato com as mulheres, sabem reconhecer as suas qualidades, são mais espirituosos, discretos, compreensivos e mais educados.

A razão pela qual muitos Homens maduros possuem estas qualidades maravilhosas deve-se a vários fatores: a opção de ser e de viver de cada um, suas personalidades, formação própria e familiar, suas raízes, sabedoria, gostos individuais, etc...

Mas eu creio que em parte, há uma boa parcela de influência nos modos de viver de uma época, filmes e músicas ouvidas e curtidas deixaram boas recordações da sua juventude, um tempo não tão remoto, mas que com certeza, não volta mais.

Viveram a sua mocidade (época que marca a vida de todos nós) em um dos melhores períodos do nosso tempo: Os anos 60/70. Considerados as "décadas de ouro" da juventude, quando o romantismo foi vivido e cantado em verso e prosa.

A saudável influência de uma época, provocada por tantos acontecimentos importantes, que hoje permanecem na memória, e que mudaram a vida de muitos.

Uma época em que o melhor da festa era dançar agarradinho e namorar ao ritmo suave das baladas românticas. O luar era inspirador, os domingos de sol eram só alegrias.

Ouviam Beatles, Johnny Mathis, Roberto Carlos, Antônio Marcos, The Fevers, Golden Boys, Bossa Nova, Marres Albert, Jovem guarda e muitos outros que embalaram suas "Jovens tardes de domingo, quantas alegrias! Velhos tempos, belos dias."

Foram e ainda são os homens que mais souberam namorar: namoro no portão, aperto de mão, abraços apertadinhos, com respeito e com carinho, olhos nos olhos tinham mais valor. A moda era amar ou sofrer de amor. Muitos viveram de amor. Outros morreram de amor.

Estes homens maduros de hoje, nunca foram homens de "ficar".

Ou eles estavam a namorar pela certa, ou estavam na "fossa", ou estavam sozinhos. Se eles "ficassem", ficariam para sempre ao trocar alianças com suas amadas.

Junto com Benito de Paula, eles cantaram a "Mulher Brasileira, em primeiro lugar!"

A paixão pelo nosso país era evidente quando cantavam: " As praias do Brasil, ensolaradas, no céu do meu Brasil, mais esplendor... A mão de Deus, abençoou, mulher que nasce aqui, tem muito mais Amor... Eu te amo, meu Brasil, Eu te amo... Ninguém segura a juventude do Brasil... sil... sil... sil..."

A juventude passou, mas deixou "gravado" neles, a forma mais sublime e romântica de viver.

Hoje eles possuem uma "bagagem" de conhecimentos, experiências, maturidade e inteligência que foram acumulando com o passar dos anos. O tempo se encarregou de distingui-los dos demais: deixando os seus cabelos cor-de-prata, os movimentos mais suaves, a voz pausada, porém mais sonora. Hoje eles são homens que marcaram uma época.

Muitos deles hoje "dominam" com habilidade e destreza essas máquinas virtuais, comprovando que nem o avanço da tecnologia lhes esfriou os sentimentos pois ainda se encantam com versos, rimas, músicas e palavras de amor. Muito menos lhes diminuiu a grande capacidade de amar, sentir e expressar seus sentimentos. Muitos tornaram-se poetas, outros amam a poesia.

Por que o mais importante não é a idade denunciada nos detalhes de suas fisionomias, e sim, os raros valores de suas personalidades. O importante é perceber que os seus corações permanecem jovens.

São homens maduros e que nós, mulheres de hoje, temos o privilégio de PODER ADMIRÁ-LOS.

© Lisiê Silva

domingo, 9 de agosto de 2009


Olhos e mãos de Pais

Quem disse que por de trás daquela barba que nos arranha o rostonão tem um coração moleque querendo brincar?

Quem disse que por detrás daquela voz grossa não tem um menino criativo querendo falar?

Quem foi que falou que aquelas mãos grandes não sabem fazer carinho se o filho chorar?

Quem foi que pensou, que aqueles pés enormes, não deslizam suaves na calada da noite, para o sono do filho velar?

Quem é que achou que no fundo do peito largo e viril não tem um coração de pudim, quando o filho amado, com um sorriso largo se põe a chamar?

Quem foi que determinou que aquele coroa, de cabelos brancos não sabe da vida para querer me ensinar?

Pai, você me escolheu filho, eu te fiz exemplo! Feliz dia dos pais, meu PAI.

(Autor desconhecido)

Pensei que fosse fácil fazer-te um poema, papai.

Mas vejo que tua vida é um poema difícil, que a gente não pode escrever.

Vejo os calos das mãos que contam histórias de enxadas, caminhando pelos campos; e histórias de chinelos, falando uma linguagem, que os filhos não entendem.

Vejo os calos dos joelhos, que contam histórias humildes de horas silenciosas, conversadas com Deus.

Vejo as rugas da fronte que falam das rugas da alma como sulcos da terra que as chuvas abriram.

Vejo os pés cansados, rasgados por espinhos, que a gente não vê.

Vejo o calor brilhante do coração que sempre nos ama, quando ainda não sabíamos amar.

Eu me lembro de um pai, que dorme de olhos abertos pensando no filho, que não abre os olhos.

Lembro-me de um pai,
Que varre o lixo das ruas,
Pensando no lixo das casas,
Que não pode varrer.

Lembro-me de um pai,
Que bebe suas mágoas na garrafa,
Pensando matar as mágoas da vida.

Lembro-me de papai:
É difícil fazer um poema para ti,
Que vives o poema mais lindo.

(Afonso Ritter)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


GOSTO DE SAUDADE

Não sei se saudade tem cor.
Dizem que sim.
O que eu sei é que ela tem forma.
Tem gosto. Tem cheiro.
E peso também.
E, acreditem, ela tem asas!!!

Se não, como nos transportaria
tantas vezes a lugares
tão distantes?

E sei ainda que ela se agiganta
quando mais tentamos
diminuí-la.
Sei que ela dói de dor
intensa e sem remédio.
Se não fosse ela, não sei se teríamos consciência
do tamanho da importância
das pessoas pra gente.

Porque quando amamos alguém,
a saudade já chega por antecipação, sorrateira,
disfarçada de algo que não conseguimos decifrar.

É aquela dor fininha
de não sei o quê, a angústia boba que nos invade só de imaginar
a separação.
E a gente fica meio sem saber
o que fazer.

Mas é assim...
é uma dor que gostamos
de sentir, um sabor que
queremos provar, é algo
que não sabemos explicar,
mas é quase palpável.

É amor disfarçado de muita coisa.
São emoções guardadas bem lá no fundo.
Saudade... do que foi
e do que vai ser.

Saudade
que nos acompanha pra
diminuir a solidão
e que nos mostra, sobretudo,
que estamos vivos.

Aprendi ainda que saudade
não mata.
É só quase.
A gente pensa que vai morrer,
mas sobrevive sempre,
porque ela traz escondidinha nela uma outra coisa
que chamamos de esperança,
que nos ajuda a caminhar,
porque saudade, como o amor, não é cega,
saudade vê mais além.

(Letícia Thompson )

domingo, 2 de agosto de 2009


Pra onde vai o sentimento,
Depois que corta a alma, crava seus ferros de tortura e apego,
Pra onde vai a vida se já não mais te espero,
Quando teu sorriso já não me inunda,
Por favor me expliquem o que é feito de tanta vida, de tanta luz,
quando apenas fica um flash de sorrisos,
Quando as lágrimas secam e o corpo não levanta,
Digam-me, o que acontece após o fim do ciclo,
após a garganta seca, o berro perdido,
O choro escasso e a voz muda,
Pra onde vão as musicas, as juras, pra onde vão os planos, os sonhos,
Pra onde vai a vida depois que o ciclo encerra.
Digam-me pra onde vai a fé quando não dorme mais ao meu lado,
Digam-me pra onde posso ir se já sou menos que o vaso esquecido,
Que quero saber onde vou cair, onde será meu fim...
Um passado sem depois
e era uma vez nós dois.
Cheiros, lembranças, que dor
era uma vez tanto amor.
Vestígios de antigamente
mais uma vez sós na gente.
Suada felicidade
era uma vez, que saudade...
Ferida, punhal, cicatriz
era uma vez ser feliz.
Chama da pele que arde
o possível se desfez
E acabou-se.
E era uma vez...
CAFÉ BOMBOM
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**Liria Porto

namorar é um novelo
um fio de cetim a nos envolver
a enrolar-nos em carinho
em flocos de coco
em gestos macios
é dar risadas d’água
parecendo cascata
risadas com barulho de brinquedo...

namorar é fazer sopinha de letras
inventar apelidos
lamber os dedos
é comer pipoca no cinema
jogar serpentina
sentar no colo
dançar agarradinho
namorar é acreditar que somos meninos
julgar-nos mais bonitos
que os príncipes e as princesas...
namorar é vivenciar um sonho...

namorar é deixar o coração pular a cerca
mergulhar no rio
colher florinha no mato
chupar jabuticaba no pé
fazer cafuné
é soltar papagaio
comer maçã com casca
é desenhar no caderno e na vida
corações e estrelas...

ah... namorar...

namorar é dizer eu te amo
tantas e repetidas vezes
qual à vez primeira
é fingir não acreditar
quando alguém cochicha-nos
como num segredo
que também nos ama...

namorar é inventar desculpa para dar presente
é tomar café bombom no shopping center
é andar de mãos dadas fazendo zigue-zague
é rir à toa
é sussurrar bobagens
namorar é amar quem ama a gente
é brincar com a possibilidade
de que vai o amor durar para sempre...

sábado, 1 de agosto de 2009


Tenho Dito o Quanto Te Amo?


Tenho dito ultimamente o quanto te amo,
ou o quanto um simples sorriso teu consegue
derreter meu coração?

Tenho mencionado recentemente que
tuas palavras, sussurradas em meus ouvidos,
podem calar fundo, bem dentro de minha alma,
e que elas podem, ainda, me esquentar em momentos
que estamos longe um do outro?

Tenho dito em qualquer dia dos últimos tempos
como eu me sentiria sem teus braços me envolvendo,
ou como minha vida seria vazia sem ter-te por perto?

Tenho falado nos últimos tempos
o quanto és importante em minha vida e
como agradeço por fazeres parte dela e
por deixar-me fazer parte da tua?

Alguma vez já te disse como fiquei, muitas vezes,
olhando teu rosto delicado enquanto dormias,
e a terna fascinação que senti ao observar-te assim
em delicioso e prolongado silêncio?

Se não tenho dito tudo isto ultimamente,
é porque não consigo achar palavras adequadas
para expressar um amor tão lindo,
tão próximo e tão profundo!

Mas, podes sempre ter certeza de uma coisa:
eu te amo muito, muito ...
(e um pouquinho mais)!



Sílvio Darci da Silva

Quando o amor resolve partir
Geralmente ele não sabe pra onde ir
Ele também nunca deixa um recado
E segue por aí arrasado
Quando ele decide que chegou a sua hora
Não existe nenhuma história
Que consiga prendê-lo
Nenhuma lembrança que possa detê-lo
Nada que o faça ficar
Quando acontece do amor acabar
Não nos avisa se depois vai voltar
Não nos confidencia se vai reviver
Quando ele termina, só nos faz sofrer
Quando o amor desliza por entre os dedos
Cheio de medos
E não ouve os nossos apelos
É sinal que ele se atropelou
Se partiu e se quebrou
Quando o amor vai embora
Deixa uma chaga aberta no peito
Uma esperança de vê-lo refeito
E quando ele foge pra lugares distantes
Quando se perde por entre momentos intrigantes
Por entre frases decepcionantes
É sinal que ele ficou fraco
Que virou um farrapo
Amor de verdade tem que ter qualidade
Equilíbrio e quantidade
Tem que ter sinceridade
Pode ser passivo de estragos, mas com consertos
Pode esmorecer, mas tem que saber sobreviver
Quando o amor realmente vai embora
E com ele carrega um peso dos ombros
E consegue logo remover os escombros
É porque ele definitivamente acabou
Mas quando o amor vai embora
Alguma cicatriz ele deixou
Algum arrependimento
Alguma dor
Algum lamento
E aí vem o tempo...
O grande companheiro
E faz parecer que nada foi verdadeiro
Cada dia que passa
Cada ano que se vai
Carrega todas as lembranças
Carrega as tristezas e as desconfianças
....e aí... tropeça-se em outro amor
Esquece que já se viveu tanta dor
Quando um amor vai embora
Significa que chegou a hora
De apagar o passado
Olhar pro lado...e recomeçar
Quem sabe um novo amor encontrar.
Silvana Duboc