quarta-feira, 23 de setembro de 2009


Metamorfose dos encantos
Encaixe dos sentimentos
Delicadezas se ondulam em flores
Nas asas da imaginação
Seu sorriso, meu disfarce
Me perco no equinócio do seu florescer
Num canto bem adubado do meu coração
Outra semente germina
Pulula em vida pós-inverno
De begônias e hortênsias
Ornando meu caminhar.
Quem hibernou, involuntário
Ao saltar para a primavera
Encontra suave brisa
A refrescar a tez acalorada febrilmente. Enfim vitória de uma semente
É primavera chegando. A esperança renascendo. O colorido tingindo o caminho do passante
Desencasula... para a vida. Desacrisola... para a maturidade
As forças da natureza me deixam e êxtase
Momento de recomeçar. Floresça em mim a primavera de minh'alma
As lágrimas transformem-se em suave brisa, ou num orvalho manso a regar meu coração...
Estação das flores dentro de mim,
Reaja ao inverno sequioso dos sonhos meus. E brotem novos sonhos. Novas forças, Nova vontade de sonhar. Caminho lentamente, mas com firmeza. Esqueço o que doeu
Apago o traço da dor. Aborto a palavra saudade
Construo ruas de felicidade, onde dançarei a dança da paz
Com o arco-iris a brincar
Ao vento vão os pensamentos. Novos sonhos, novos alentos
O tempo... ah, o tempo!
Meu íntimo confidente, a primavera me trouxe.
Um dia novo está surgindo Um sonho novo me envolve
Vida nova...Saúde...Paz...
Enfim, a primavera me beija a face.

Alice Poltronieri

terça-feira, 22 de setembro de 2009


DESPEDIDA DE UM AMOR VIRTUAL.

Estou aqui para me despedir...
Estou aqui para me despedir para sempre das
lembranças, dos sonhos e das ilusões que você
despertou em mim.
Nesse momento de decisão, deixo atrás de mim um Castelo Azul que foi construído num doce e feliz momento da minha vida, mas como todos os momentos da vida, ele também foi transitório e o belo Castelo Azul se desfez em escombros, esgarçou - se entre as brisas que transitam, perfumadas, por entre as nuvens brancas da fantasia.

Despeço - me, neste instante, das lembranças das
melífluas palavras de amor que dos seus lábios "ouvi", embora não tenham sido ditas, apenas pensadas e digitadas por seus dedos, transmitindo - me idéias que, por algum tempo, transformaram minha vida num poesia paradisíaca.

Despeço - me da utopia que acalentei, de
"Algum dia...em algum lugar..."
reencontrá - lo e ser feliz com você...
Despeço - me , para sempre, da voz que nunca ouvi, mas que vezes sem conta, imaginei doce e repleta de ternura, sussurrando aos meus ouvidos aquele "Eu amo você" que tantas vezes li, e na qual acreditei com cada fibra do meu ser, com cada parte da minha mente capaz de sonhar.

Despeço - me para sempre, do sorriso que "vi" brilhando em seus lábios, do riso alegre e aberto que "ouvi", tantas vezes, ressoando na minha imaginação.
Despeço - me de cada carinho seu que um dia fez meu corpo estremecer no mais puro prazer; dos seus beijos ardentes , sonhados e imaginados pelos meus lábios famintos e amantes...

Mas despeço - me, também, neste momento, de todas as dores, mágoas e tristezas, decepções e desilusões que envolveram, por algum tempo, numa teia escura, o meu coração que sempre desejou brilhar amor, serenidade e PAZ, para poder partilhar com você.

Devolvo - lhe a cópia da chave do Castelo Azul, pois finalmente, já não sinto, mais, enclausurada e solitária dentro de suas muralhas, depois de tanto tempo, minha alma, que hoje recobrou suas cores e suas asas e sente - se ansiosa pela luz que divisa em outros e amplos horizontes... finalmente livre!

Apenas como sugestão: livre - se dessas chaves, jogue - as no fundo do mar do esquecimento, pois aquele que um dia foi "nosso Castelo Azul", não passa, hoje, de um mero escombro nas páginas do passado que, há algum tempo, começou a registrar o capítulo "esquecimento" em nossa antiga história.

O clímax da desesperança veio sem querer, para mim, quando com meus olhos que tanto o admiraram, quanto choraram por você, presenciaram a suprema traição da promessa de um amor que se dizia predestinado à eternidade, uma vez que, nos páramos terrenos, seria impossível se concretizar:
As mesmas palavras, ditas a mim, em momentos de
profunda emoção, sendo repetidas à outra pessoa...
e o fim se fez entre lágrimas e uma dor aguda, profunda, dilacerante... mas que rasgou o véu da inocência que ainda velava meus olhos, minha consciência e meu coração.

Liberta dos grilhões que ainda me prendiam, sigo, agora, meus passos seguros em direção a um futuro alegre e sem mais esperanças infundadas, desejando que você, da mesma forma, o faça, pois a sombra negra de uma promessa inconsequente, de um pacto sem fundamento, jaz relegada ao lugar de onde nunca deveria ter saído:
A zona morta das "palavras que o vento leva".

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Texto de Danielle Mitterrand, esposa do ex-presidente François Mitterrand,ao povo francês, após ter recebido críticas impiedosas por haver permitido a presença da ex-amante do marido e de sua filha, Mazarine, durante sua cerimônia fúnebre.


“Antes de mais nada, devo deixar claro que não é um pedido de desculpas. Muito menos um enunciado de justificativas vãs, comum aos covardes ou àqueles que vivem preocupados em excesso com a opinião dos outros.

Aos 71 anos, vivendo a hora do balanço de uma existência que é um sulco bem traçado e profundo, já não mais preciso, e nem devo, correr atrás de possíveis enganos.

Vivo o momento em que as sombras já esclarecem, e que as ausências são lindas expressões de perenidade e criação. Sombras e ausências podem ser tudo, ao passo que luzes e presenças confundem os mais precipitados, os mais jovens.

Vivi com François 51 anos; estive com ele em muito desse tempo e me "coloquei" sempre. Há mulheres que não se "colocam", embora "estejam" ; que não se situam embora componham o cenário da situação presumível de uma vida de altos e baixos.

Na época da Resistência, nunca sabíamos onde iríamos passar a noite - se na cama, na prisão, nos bosques ou estendidos por toda a eternidade. Quando se vive assim em comum, cria-se uma solda e a consciência de que é preciso viver depressa. Concentrar talvez seja a palavra. Por isso, tentei entendê-lo, relacionar-me com sua complexidade, com as variações de sua pessoa e não de seu caráter...

Quem entende ou, pelo menos, luta para compreender as variações do outro, ama-o realmente e nunca poderá dizer que foi enganada ou que enganou. Não nos enganamos, confundimo-nos quando nos perdemos daidentidade vital do parceiro, familiar ou irmão. Ou jamais os conhecemos, e a nós mesmos também. Não se trata de um engano. Quem não conhece, não tem enganos. Nas variações do outro, não cabe tudo a um apaziguador ,antes do tempo, em forma de tranqüilidade. Uma relação a dois não deve ser apaziguada, mas vibrante, apaixonada, e não enfastiada.

Nessa complexidade vi que meu marido era tão meu amante quanto da política. Vi também que, como um homem sensível, poderia se enamorar, se encantar com outras pessoas, sem deixar de me amar.

Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém, e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente.

Não somos o centro amorável do mundo do outro. É preciso aceitar também outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais uma gota d'água que se incorpora ao nosso lago.

Simone de Beauvoir dizia bem que temos amores necessários e amores contingentes ao longo da vida.

Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo inteiro de filhos angustiados que me dizem: - 'Obrigado por ter aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderei ir ao enterro porque a mulher dele não aceita.

É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento, comum aos moralistas, aos caluniadores aos paranóicos azedos que teimam em sujar tudo.

Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões.

Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo.

Deus não prometeu Dias sem Dor; Risos sem Sofrimentos; Sol sem Chuva. Ele prometeu Força para o Dia; Conforto para as Lágrimas e Lu para o Caminho

sábado, 19 de setembro de 2009

IMPORTÂNCIA DAS CARÍCIAS

FOMES

Existe uma tendência nas pessoas no sentido de pensarem que os outros têm somente fome de comida: que o que um indivíduo necessita para ser feliz é somente alimento, roupa e casa.

Como essas coisas não são suficientes, o que vemos são muitas pessoas insatisfeitas reclamando:

- Meu pai só sabia me dar dinheiro, mas nunca me deu amor...

- Meu marido só pensa em coisas materiais...

- Eu não sei o que mais ela quer; tem casa, comida e conforto...

Realmente, o ser humano tem outras fomes, tão importantes como o alimento. Assim como precisamos de comida e descanso, necessitamos também de outros tipos de nutrientes para nos sentirmos saciados.

Lembra-se (e até pode ser que esteja acontecendo agora) de momentos em que você estava confortavelmente instalado em sua casa, depois de um ótimo jantar, e mesmo assim sentia falta de algo?

Certamente temos necessidade de algo mais que comida e abrigo.

Temos outras fomes a serem saciadas. E o mais importante é que o poder de satisfazê-las está em nós mesmos.

Aqui estão algumas dessas fomes:

Fome de estímulos

O ser humano necessita de sensações físicas, e de variar essas sensações: enfim, de estimular os sentidos (olfato, tato, visão, paladar, audição).

Quanto ao sabor: precisa de comida gostosa e variada... (quem agüenta comer salada de palmito todos os dias?)

Quanto a cores e formas: de paisagens bonitas, luz, gente bonita...

Quanto aos sons: músicas bonitas, do vento, do mar, voz de gente (quanta gente, quando chega em casa, a primeira coisa que faz é ligar o rádio?...)

Quanto a cheiros: de flor, de terra depois da chuva, da mulher amada, cheiro de manga madura, de comida quentinha...

Quanto a toques: do mar em um dia de verão, do lençol macio, do cobertor quente no inverno, das mãos do ser amado, daquele sapato velho para andar.

Ah! Quanta coisa boa para os nossos sentidos...

Fome de contato

É muito importante os seres humanos estarem em contato com os outros; por exemplo:

- Alguém tocando a cabeça do outro, um abraço de irmão, um olhar fraterno.

A sensação de pertencer à espécie humana.

Muitas vezes as pessoas acabam reprimindo esta fome, e trocando o contato físico por reconhecimento verbal.

Fome de conhecimento

O ser humano não sobrevive à indiferença.

Todos nós necessitamos ser reconhecidos, que as pessoas nos identifiquem, cumprimentem e nos valorizem.

Uns necessitam mais, outros menos.

Para um artista de televisão, saber que “somente” 1 milhão de pessoas assistiram a seu programa pode ser pouco, enquanto para um cientista saber que 10 pessoas leram seu relatório pode ser algo espetacular.

Sem dúvida, a pessoa que nos faz o reconhecimento também é importante. Pois se eu valorizar mais esta pessoa, sua valorização de mim vai ser mais importante ainda.

Fome sexual

O desejo sexual é também uma fome natural.

É natural o desejo e esta vontade de concretizar esse desejo, que se manifesta.

Simplesmente...

Como um botão tende a formar uma rosa,

Como a vontade que se tem de agarrar e ser agarrado...

É aquela coisa da paixão, da entrega...

É poder viver esse desejo...

Assim como comer quando se tem fome...

É tanto amor, que se tem o desejo de estar dentro do outro, e ter o outro dentro de si, no mais profundo da entrega.

Ter sexo como alimento, sem conflitos, como encontro amoroso, que seja muito mais que uma simples ejaculação.

Fome de estruturas

As estruturas são pontos de referência e os seres humanos necessitam ter suas referências, ver o mundo de uma maneira estruturada, como por exemplo: a cama de uma certa forma, suas cadeiras, o que vai fazer com o tempo, com sua vida.

Já pensou o que seria de nós, se não tivéssemos permanentemente onde dormir, se nossa casa mudasse de endereço todos os dias?

Você se lembra da confusão que muitas vezes se dá quando alguém arruma seus livros (a tal bagunça organizada)?

As estruturas levam as pessoas a terem suas referências. É comum alguém dizer: eu me sinto ansioso pois não sei o que nós somos; se amigos, amantes ou namorados...

E quando as estruturas se alteram, cria-se um jeito de organizar uma nova estrutura.

É assim que aparecem as “amizades coloridas”.

Fome de incidentes (acontecimentos)

Carecemos de que algo aconteça para que não se mergulhe fundo no tédio.

Precisamos de acontecimentos que nos tragam surpresas, novidades e excitação.

Necessitamos da beleza e do fascínio do inesperado.

A rotina, a repetição constante de qualquer coisa, por mais prazenteira que seja, leva-nos à saturação, à perda do interesse por algo monótono.

Nós necessitamos de algo novo, que traga de volta o brilho para nossa vida, para uma relação ou para o trabalho.

Essas fomes assim como a de comida, podem manifestar-se com uma intensidade maior ou menor. Em determinados momentos nós temos maior ou menor apetite.

Assim como as pessoas podem alterar patologicamente a fome de alimentos em quadros como a anorexia ou a obesidade extrema, pode-se alterar qualquer uma dessas fomes e usar-se o nutriente como substituto para algo que esteja faltando. Por exemplo, alguém pode usar sexo para tentar suprir a fome de transcendência, e cada vez mais ficar insatisfeito.

Cada pessoa tem apetites diferentes em relação a cada uma das fomes.

É o que ocorre com uma pessoa que tenha grande fome de estruturas e incidentes. Essa pessoa pode acabar arrumando um casamento fechado e com regras muito rígidas (para assegurar-se quanto ao que vai fazer hoje à noite ou daqui a 50 anos), porém para saciar a fome de incidentes ela necessita de emoções.

Então pode arrumar brigas muito dolorosas com reconciliações extremamente apaixonadas. Isso se dá para saciar a fome de incidentes sem romper a fome de estruturas.

Essas fomes existem. Estão aí, e elas não têm nada de errado. Importante é a maneira que cada um de nós cuida de suas fomes.

A importância das carícias advém da necessidade de satisfazer essas fomes.




Texto extraído do Livro: A CARÍCIA ESSENCIAL - Uma Psicologia do Afeto - de ROBERTO SHINYASHIKI.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009


DESCOBRI QUE SOU IDIOTA
Hoje reparei um pouco mais na pessoa refletida no espelho. Fiz uma séria constatação. EU SOU IDIOTA! Isso mesmo, idiota. Mas não pense que tenho vergonha disso.

Nos dias de hoje, ser idiota é privilégio. Os idiotas de hoje são aqueles que conseguem sorrir mesmo quando a dor aperta. São aqueles que ainda dizem Eu te Amo olhando nos olhos, que valorizam abraços e gostam de andar de mãos dadas.

Idiotas são aqueles que crêem num sentimento sincero, que ainda esperam encontrar um amor perfeito, que escrevem e lêem poesias e que mandam flores.

Idiotas são românticos, no sentido mais meloso da palavra, mas não se envergonham disso. São aqueles que se permitem chorar quando a dor machuca, quando o amor se vai ou o filme emociona. Cantam músicas de amor como se fossem hinos, mesmo porque, para seus corações apaixonados realmente são.

Idiotas são sentimentais. Se magoam com a menor das brigas e lutam pela reconciliação. São aqueles que não ligam para o que os outros dizem, eles se dão por completo.

Idiota é aquele que pede desculpa mesmo sem ter errado, que pede licença, que dá bom dia, boa tarde, boa noite. Que pergunta “como vai?”, “precisa de alguma coisa?”, “ta tudo bem?’. É aquele que não esquece nem do amigo que não dá mais notícias, aquele que lembra da infância e comemora o quanto foi bom.

Idiota é aquele que ri de si próprio, que brinca de descobrir desenho em nuvem, que anda descalço e toma banho de chuva. Que chora por briga de amor, e que a cada briga acha que o mundo acabou, mas que logo perdoa.

Idiota é aquele que, mesmo nesse mundo corrompido, insiste em ser sincero. Que estende a mão pra ajudar quem for, que faz o bem sem olhar a quem.

Idiotas se preocupam, se arrumam e se enfeitam para ver a pessoa amada. Querem estar sempre belos, nem que seja só pra se olhar no espelho.

Idiotas se divertem.

Idiotas tem amigos.

Idiotas amam.

Idiotas são felizes...

Depois disso tudo, eu te pergunto:

Vale ou não a pena ser idiota?

Garanto que vale!!!


© Juliana Lavandoski

sábado, 12 de setembro de 2009


Sabe, eu achei que conhecia um pouco dos loucos…
Até que te conheci… Ai então quem enlouqueceu fui eu…
Nunca entendi esses limites… Mas vc me fez ver que não existem.
Por isso tenho medo do seu amor… Me ajuda!
Me ensina como acender a chama da coragem!
A chama do amor louco… Irresponsável, atrevido, sedutor…
Você me enlouquece com teus versos… tuas palavras de amor
e carinho. Fico feliz em saber que sou teu principe.
Gosto dessas tuas loucuras boas…Só você me faz fantasiar
e entrar nas tuas loucuras.
Você me trás de volta a uma realidade maior…
Você me anima por dentro. Trás de volta minha alegria, me
leva junto nos teus sonhos… Fico quietinho…
Só quero ser criança de novo. Viver um novo sonho
contigo meu amor… Sabe? Eu amo você! E Pronto…


Autoria: Anne Icav

segunda-feira, 7 de setembro de 2009


Independência ou vida?
O que comemorar no dia 7 de Setembro

Por Roberta Amorelli

Na célebre frase promulgada por D. Pedro neste dia 7 de Setembro há muitos anos, “Independência ou Morte”, plantava-se a semente para um país justo, sem discriminações, sem defesas de interesses pessoais e sim com a busca da defesa dos interesses comuns; se plantava a fé no futuro, a esperança da liberdade e igualdade.

Enfim, hoje, passados tantos anos, a utopia da frase promulgada se faz presente, ainda estamos na amargura da Independência com morte – nos becos, nas favelas, nas avenidas de nossas cidades.


Morte das crianças que não têm o que comer, não têm a saúde pública para protegê-los.

Morte da educação, que se enterra na fachada de discursos que dizem, falam, mas não fazem nada prático por ela.

Morte da cultura, que sobrevive apenas pelos heróis dos becos, heróis das vielas e das rodas de amigos, transmissores da cultura que veio pela boca de nossos antepassados, pela importação dos imigrantes, pelo heroísmo de nossos mártires culturais.

Morte contínua de nossos índios, de nossas mães e pais inocentes, de nossos vizinhos, de nossos amigos.

Morte na discriminação diária das raças e deficiências físicas ou mentais, uma pena que aqueles que praticam tais discriminações não percebem que a morte está em suas próprias deficiências, do pensamento injusto pelas desigualdades da liberdade.

Morte Vida Severina, morte de sonhos e dos contos de nossas fadas.

Morte na escravidão que continua a nos rodear, pois ficamos cegos para não vê-la, queremos esconder isso no quintal de nossa rua, de nosso bairro e de nossa cidade.

Mas, ainda assim, nossos jovens sonham alto, pois são os mais confiantes no futuro, são as sementes reais e visíveis do amor à liberdade, da confiança no amanhã, da superação das barreiras sociais.

A lição que esta juventude nos transmite transformará a morte que tanto referenciei nesse artigo em vida plena de esperança, confiança na independência que deve ser gritada de novo, não mais às margens do riacho do Ipiranga, porque ele já não mais existe, soterrado, poluído e esquecido como tantas coisas que nesse País se passaram (CPI’s, Processos e Heróis), será gritada em todos os cantos do País, em cada pessoa.

Mas agora este grito não poderá ser apenas de um homem, deve ser uníssono, de todo povo, com estridente força de transformação, como nas diretas já. Um grito como o Dia do Fico.

Ficamos mais fortes quando juntos gritarmos nossa independência, mas alteraremos a frase original incluindo uma segunda palavra – vida.

Portanto, meus amigos, hoje é dia de “Independência ou Vida”, é dia de mudar a história e transformar os próximos anos nos melhores anos de nossas vidas, pois assim as próximas gerações terão dias melhores ainda, livres, especiais, assim como hoje o é, o primeiro de muitos dias independentes e viventes.



Fonte: Diário da Manhã

domingo, 6 de setembro de 2009

Há coisas lindas na vida:
Poesia...
Amor...
Você...

Poesia é linda porque é triste,
Amor é lindo porque existe,
Mas, lindo mesmo é Você...

Há coisas grandes na vida:
Silêncio...
Perdão...
Você....

Silêncio é grande porque isola,
Perdão, porque consola,
Mas, grande mesmo é Você...

Há coisas inexplicáveis na vida:
Deus...
Saudades...
Você...

Deus se ama e não se explica,
Saudades se justifica,
Mas, como explicar Você....




***VOCÊ***
É AMOR BOM..