terça-feira, 31 de maio de 2011

Feito gato dengoso no seu colo quente.


Espreguiçar meus olhos lentos
Pelo teu jeito manso
E se deixar assim sossegando de repente
Sem ranço a gente se chegando
Feito gato dengoso nas pernas da gente

Bocejar meus olhos sonolentos
Pelo teu corpo manso
E adormecer de descanso o meu corpo dormente
Feito remanso na gente se aninhando
Feito gato dengoso no teu colo quente !

Ricardo Kelmer

Pega meu corpo de boneca— faz o que quiser.




Pega meu corpo de boneca
inflável
— língua nos meus dedos devagar.
Aproveita que não éramos
uma Penélope recalcada
que perdeu seu homem pra
uma feiticeira.
Nós éramos a feiticeira.

Pega meu corpo de boneca
inflável
— palavrões nos meus ouvidos.
Queríamos ser a
Maria Magdalena
pra ter a certeza
que conseguiríamos corromper
o cristo.
Nós éramos a prostituta.

Pega meu corpo de boneca
inflável
e me acaricia na nuca,
que eu não era uma
Camélia prostrada
e a Branca de Neve
que conhecemos era só
mais um vírus na internet.
Nós éramos a maçã.

Pega meu corpo de boneca
inflável
— me morde nas coxas.
Que eu não tinha as neuras
de Mrs. Dalloway
nosso dia nos possuía em 52h e
e no nosso cardápio
não entrava baratas.
Nós éramos as donas da casa.

Pega meu corpo de boneca
inflável
— me espanca, faz o que quiser.
Pois há muito estupraram o amor
e não havia nada
que sobrevivesse à cama,
nosso front, nossa trincheira,
com estratégias jamais reveladas
em revistas femininas.

Pega meu corpo de boneca
inflável
que não era hora de se pensar.
A cama
o transe
e o nada.
sucumbido ali no meu corpo:
um homem
como muitos outros homens.

E se por acaso você não me obedecesse
e me largasse sozinha por aí,
encontraria um outro dia
o sorriso sensual
da soberba indiferença,
que sacode os ombros e
dá as costas decotadas no
passo afirmado do salto.
Nós éramos Walkírias.
éramos guerreiras
nós éramos as Walkírias.



Ana Rüsche

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado



Procure me amar quando eu menos merecer, porque é quando eu mais preciso
Falamos à beça de amor. Apesar das nossas singularidades, temos pelo menos esse desejo em comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos nossos fracassos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso abatimento. No momento da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. Mas não é preciso viver muito para percebermos nos nossos gestos e nos alheios que não é assim que costuma acontecer.

Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum.

Fácil amar aqueles que parecem ter criado, ao longo da vida, um tipo de máscara que lhes permite ter a mesma cara quando o time ganha e quando o cachorro morre. Fácil amar quem não demonstra experimentar aqueles sentimentos que parecem politicamente incorretos nos outros, embora costumem ser justificáveis em nós. Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheiras, a maquiagem perfeita, a barba atualizada.

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.

Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.

Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.

Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro.

Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo.

Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. A empatia pode ser uma grande aliada do amor.


Texto de Ana Jácomo

Porque apesar da sua cara de brabo, você é tão fácil, tão leve, tão solto, tão tudo que eu sempre quis




Se dessa vez for um grande amor, eu juro, não vou deixar o melhor pro fim. Então, ficaí. Sentado, com os braços cruzados, sem falar nada muito diferente ou contar sobre algum plano futuro. Só ficaí. Pode ser com aquela cara de brabo que inexplicavelmente me deixa com um puta tesão desgraçado. Ficaí sem pensar em nada, em ninguém, sem lembrar da infância na praia ou alguma ex-namorada ainda obcecadamente nostálgica pela sua cara de brabo.

Ficaí no meu sofá, bufando mais um pouco, dando oxigênio pra minha esperança. Ficaí e me pede qualquer coisa, água, meus pés pra caminhar, mais um pacote de doritos, um strip-tease, em casamento. Não dê conselhos. Não tenha recordações. Não queira ir em festas. Não assista futebol. Não pergunte as horas. Não lembre do seu afilhado. Não pense sobre onde está indo isso. Não ligue pra sua mãe. Não fale dos seus medos. Não ame mais ninguém.

Ficaí, só ficaí, estacado, eternizado, cristalizado, como num coma induzido, talvez a única coisa capaz de te fazer diferente de todos aqueles outros homens da minha vida que faleceram e me deixaram enterrada em seus lugares.

Não sinta fome de nada, além de mim. Confia em mim, sem comida você dura vinte dias. Ficaí. Sem beber, você demora uns quatro dias pra morrer. Relaxa, ficaí, porque sem amar você pode durar a vida inteira sem ter valido a pena. Ficaí enquanto vejo uma maneira de não jogar pela janela todo tipo de amor que vem até mim tão fácil. Porque apesar da sua cara de brabo, você é tão fácil, tão leve, tão solto, tão tudo que eu sempre quis quando me agrarra pelo braço, me pega pelos quadris, mastiga todo meu corpo e cospe fora somente minhas mentiras, carências e toxinas.

Não quero usar aquelas frases de diário de colégio e dizer que o tiver de ser, será. Mas se tem uma coisa que não desejo de jeito algum é que um determinado dia, você demore um pouco e enrole antes de dizer que cansou de tudo, do meu sofá, do meu strogonoff de frango, do meu jeito de não ficar satisfeita quando fico satisfeita, da permanência das minhas mudanças e diz que já vai indo, alimentando meu asco por últimos olhares em portas de elevador.

Da cozinha eu te vejo sério e minha bronquite já se manifesta contrária à ausência do hálito do seu papo calmo, curioso e um pouco engraçado, então fico pensando no que mais posso te oferecer pra você ficar aí. Burra, eu devia ter lotado meus armários antes de entregar mais uma vez minha dolorosa vontade de ser dois. Procuro um jeito de te manter descontraído morrendo de pânico que você só esteja distraído, misturando ausência com um tanto de curiosidade.

Parece exagero, mas é que você, poxa vida, só você conseguiu pular o muro de dificuldades que levantei em volta de mim quando as palavras dor, saudade, ausência, falta e despedida fizeram de mim uma menina de lata. Você e seus cabelos escuros e sempre meio ensebados de vir da rua, seu abraço com cheiro de confiança e seus sorrisos nada comerciais. Eu, menina com os pés no chão e sem teto, acabei de decidir que levar um choque térmico, atravessando bruscamente pro lado quente da calçada. Conto contigo. Então, ficaí.


Gabito Nunes

Acredite no seu poder interior! Você é capaz!



"Todos lhe dizem o que fazer e o que é bom pra você. Não querem que você encontre suas própias respostas. Querem que você acredite nas respostas deles. Pare de escutar os outros e ouça o que tem no seu interior."

(AD)

Insistir em um amor não correspondido é como calçar um sapato que não te cabe mais. Descalça-te!




"Insistir em um amor não correspondido é como calçar um sapato que não te cabe mais. Aperta, machuca, sangra e deixa feridas que só o tempo é capaz de curar. Então, descalça-te! Estejas de pés e coração livres para calçar um amor que tenha o teu número. Na hora certa ele há de chegar..."

Karla Thayse

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corações mendigos, acostumados a pedir, pedir, pedir - e raramente receber. Esfarrapados, sujos, famintos. Já fui tão mordiscada e tiraram tanto pedaço de mim por aí que quero que você me dê todo o amor que me foi tirado.



Eu já nem acho mais tão trágico, é até engraçado. Sabe aquelas coisas que de tão pisadas e judiadas chegam a dar vontade de rir? Parece mesmo é que pior do que o nosso amor está, não pode ficar.É quase que uma pobre de uma criança pedindo esmola na rua, o coitadinho. Coração acostumado a apanhar. E eu não coloco a culpa toda em você, de jeito nenhum - cada um tem sua parcela nessa situação. Corações mendigos, acostumados a pedir, pedir, pedir - e raramente receber. Esfarrapados, sujos, famintos. Já fui tão mordiscada e tiraram tanto pedaço de mim por aí que quero que você me dê todo o amor que me foi tirado. Quem sabe até seja por isso mesmo que ainda persistimos: estamos na mesma, meu amor. Somos do mesmo tipo de gente careta que ainda acredita no amor verdadeiro, no bem, na pureza do sentimento. O mesmo tipo de gente brega que acha gostar uma coisa bonita, que não se ilude com um corpo bonito rebolando na televisão. O tipo de gente que é out, fora de moda. Quase que feitos um para o outro, se não fôssemos essas crianças sedentas que querem descontar um no outro o mal que mundo já fez pra gente. Eu não quero só o teu olhar carinhoso, tua presença sincera, eu quero devorar sua existência e ter certeza que está aqui 24 horas por dia se eu te precisar. Quero que você precise de mim como se eu fosse seu ar, e que não tenha vergonha de me dizer isso. Quero um sentimento sensato. E se ser brega significa querer andar de mãos dadas, dormir juntinhos na rede, ganhar beijo na testa, andar abraçados na rua, dividir moletom em dia frio, eu quero muito ser brega. Mas muito mesmo! E ter direito à um amor fresco, que dê beijo de esquimó e deixe dormir no colo. Um amor que ache a coisa mais linda do mundo dormir de conchinha e dividir chinelo, que não tenha nojo de dividir escova de dente. Amor que leve pra passear, que permita te abraçar e cheirar seu pescoço na fila do cinema, que deixe mais leve mas que também tenha uma pitada de tara nas horas certas. Que tenha você em cada pensamento bonito do meu dia, que me faça olhar pela janela do quarto vezenquando só para conferir se você está ali. Quero amor bobo que dê motivo pra rir de tudo, que dê vontade de fazer coisas bregas de filme como rolar na grama, que dê vontade de bater na sua porta de madrugada pra ter certeza que não estou sozinha. Sozinha nessa, na vida, no mundo. Quero um amor que me faça ter vontade de cuidar de alguém e ser cuidada, que me faça acreditar de novo. Que faça eu me sentir viva. Que seja como respirar o ar gelado de um dia muito frio, que faz a gente ter certeza que vivemos naquele instante.Esse amor desastrado que nasceu aqui em nós é bonito demais. É egoísta, os dois lados são famintos e querem pedir sempre mais. A culpa não é nossa, porque sempre nos foi tirado então não sabemos como ter e repartir, mas tenho certeza que estamos aprendendo. É até engraçado, duas crianças que não sabem lidar com o amor. Não sabem como pegar no colo, brincar, tocar. Mas escuta, cara: nosso amor é lindo. Isso porque amor não tem vergonha, é cara-de-pau por inteiro. Amor é o que é e fim de papo, sem medo de julgamentos alheios. Simplesmente é, na cara dura. O amor não tem medo de se mostrar na rua, de exibir seus charmes e particularidades. Por isso que me orgulho desse nosso amor torto, meio careta, que ainda não sabe como dar seus passinhos. É coração mendigo, carente de afeto e que precisa de uma mão pra segurar nesses dias tão chatos. Então, sem medo de olhares alheios: vem comigo ser feliz?
Clarissa M. Lamega

Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras.



Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las.
Friedrich Nietzsch

São os olhos a lâmpada do corpo.




São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!”
Mateus 6:22-23

Não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã.



Não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe.
Clarice Lispector

Deixa morrer o que a vida já despediu.



Deixa partir o que não te pertence mais. Deixa seguir o que não poderá voltar. Deixa morrer o que a vida já despediu. Abra a porta do quarto e a janela. Que o possível da vida te espera.
Pe Fabio de Melo

Penso em você porque sinto um vazio, que eu não sei do quê e nem por quê.



Penso em você apesar de não sentir sua falta e muito menos sua presença. Penso em você porque sinto um vazio, que eu não sei do quê e nem por quê. Revelo, então, mais uma vez, minha estupidez, já que não é você quem vai me salvar e nem muito menos me catapultar pra uma dimensão mais tranquila e menos ansiosa de coisas que não têm nome.
Caio Fernando Abreu

Pior que viciar em bebida, em comida, ou em qualquer objeto comestível ou fumante que seja, é viciar numa pessoa. É incrível mas você vicia.



Pior que viciar em bebida, em comida, ou em qualquer objeto comestível ou fumante que seja, é viciar numa pessoa. É incrível mas você vicia. E você fica louco, desconcertado, agitado e nervoso quando passa 5 minutos sem sentir o cheiro ou ouvir a voz. É uma abstinência destrutiva, destrói sua capacidade de pensar, de agir, de se concentrar em alguma coisa que não seja nos ponteiros do relógio que passam o mais devagar possível na espera da próxima onda sonora que a voz dela emite quando está chegando perto. A incansável espera de um ‘bom dia’, a falta do ‘eu te amo’ quando se está fazendo qualquer outra coisa que não se falando. Vontade desesperada de ouvir a respiração pelo telefone, o sinal de vida, de que está ali com você num silêncio totalmente confortável para ambos, como se estivessem um sobre o peito do outro arfando por uma briga de travesseiros que acabou em algumas poucas horas de sorrisos e afagos e olhares que se resumem agora em apenas um subir e descer de duas respirações num mesmo compasso. É bom, sabe. É realmente bom sentir quem você gosta perto, mesmo que seja na ausência.
Jessica Barreto

domingo, 29 de maio de 2011

Buuuuuuuuuu!



"Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem"

Stephen King

E se eu pudesse pegar a minha vida inteira na mão?



Jogaria ela lá de cima de um prédio,ou então iria até o oceano e jogaria ela,para nunca mais voltar Poderia fazer tudo oque eu quisesse com ela,ela ta na minha mão mesmo,não vai haver Deus que me condene por querer fazer oque eu quiser com minha vida,ele me deu o Livre-arbítrio,e então derrepente ouço uma voz,suave com um toque de braveza me dizendo :- Eu te dei o livre-arbítrio,mais você vai ficar ai reclamando da sua vida? pensando que pode pegar ela nas mãos,e coloca-lá onde quiser?não seria mas fácil você deixar eu cuidar dela? mais não,você quer tudo sempre ao contrário mesmo,eu criei o céu e a terra e a humanidade,você pensa Deus é o dono do mundo não tem tempo pra mim,e então aqui estou,vai continuar a reclamar que eu não tenho tempo pra você?,eu sempre estou do seu lado,te dando concelhos,sinais e você? Nunca me obedeceu,nunca me ouviu,sua vida não cabe na palma da sua mão,e nem dentro de um bolso,nem ao menos dentro de um Oceano,ela cabe somente na minha mão.Reclame menos,Ore mais,louve mais,não tenha vergonha de fazer oque é bonito,eu nunca vou te deixar sozinho,meus olhos conseguem exergar o mundo inteiro,não se preocupe com a quantidade de pessoas que existem,meus olhos veem tudo de uma vez só.Agora deixa eu cuidar da sua vida,feche os olhos,e não se preocupe com quantidade,o mundo sou eu.
Adriano soares

Dizem que quando você abraça uma pessoa com os olhos fechados, é porque você realmente sente algo por ela.



Tem ABRAÇOS de todo jeito, todo tamanho,
e que significam tantas coisas...
Tem o abraço de diz "Sou muito feliz
porque tenho a sua amizade"
E tem abraços que querem dizer
"Eu tenho muito orgulho de você".
Tem abraços especiais para dizer
"Não existe no mundo ninguém como você".
Tem abraços ternos, abraços com carinho,
Para expressar os sentimentos tristes.
Abraços que murmuram "Sinto muito",
quando alguém precisa de um amigo.
Tem abraços para todas as ocasiões,
Todos com as suas razões.
Tem abraço manso, abraço de urso,
abraço grande e aquele abração.
Mas o melhor abraço
é um que diz
"Eu estou sempre pensando em você."
E tem o tipo especial
que você vai receber
Este abraço que diz
"EU AMO VOCÊ !"

Reinilson Camara

Estou triste, o que faço?



Ajuda-me Senhor!
Tira de mim o peso desta imensa dor
Carrega pra longe essa mágoa
Da vida comigo não ter sido
Um imenso jardim florido
E ensina-me a aceitar
Esse campo de batalha
Por onde eu estou sempre a lutar

Ajuda-me Senhor!
A compreender tanta dificuldade
A enfrentá-las com dignidade
Ajuda-me a ter coragem
Muita resignação
A sobreviver a tanta aflição


Ajuda-me Senhor!
A atravessar meus caminhos
Que estão cobertos de espinhos
Sempre com muito carinho
Sem temor
Seja qual for
O tamanho da minha dor

Ajuda-me Senhor!
A erguer o meu olhar em sua direção
Sempre que o meu coração
Quiser meus olhos roubar
E obrigá-los para baixo olhar


Ajuda-me Senhor!
A manter meu corpo saudável
Minha mente equilibrada
Minha alma aconchegada
Minha vida organizada

Ajuda-me Senhor!
A caminhar ao lado da razão
Sem nunca esquecer da emoção
A aceitar toda e qualquer desilusão
A perdoar quem me trai
A amar quem me quer bem
A conviver, até mesmo,
com o que não me convém


Ajuda-me Senhor!
A esquecer o que passou
A seguir em frente
A encontrar quem me oriente
A pisar em terra firme
A viver o presente

Ajuda-me Senhor!
A buscar dentro de mim mesma
A solução para as minhas dificuldades
E clareia a minha realidade
Com sua luz divina
Que a todos ilumina


Ajuda-me Senhor!
A sua maneira...
E me perdoe se pedi demais
Porém, não vou voltar atrás
Porque só a Você posso implorar
Sabendo que nada irá me cobrar

Ajuda-me Senhor!
E perdoa-me se pedi a minha maneira
Sem ser numa igreja
Ajoelhada
Compenetrada
Orando o Pai Nosso e fazendo o sinal da cruz...
Mas me ensinaram que em qualquer lugar
Eu encontraria Jesus!

Silvana Duboc

sábado, 28 de maio de 2011

Hoje eu sei finalmente, que a “saudade” é o Campo de Concentração do coração...

Nossa história inicia no ano de 1939, pouco antes do começo da Segunda Guerra Mundial... Vivíamos na Áustria, um país coberto por flores, eu, meus pais e meu irmão. Éramos a imagem da família feliz e unida e entre nós reinava a certeza que nada na vida conseguiria nos separar. Mas não foi bem assim...
Meu pai era um cirurgião de renome, minha mãe professora daquelas dedicadas, que lecionava por puro amor aos seus alunos...


Eu tinha então dez anos e meu irmão quinze. Nossos dias e nossas noites eram muito alegres. Meus pais tinham o hábito de nos levarem até a varanda de nossa casa após o jantar para vermos as estrelas e enquanto fazíamos isso, cada um ia contando as coisas boas que havia acontecido no seu dia...
Não que não pudéssemos contar as ruins, mas é que naquela época das nossas vidas só aconteciam coisas boas. Não me recordo de algum dia ter visto um deles triste...
Depois que contávamos tudo e que admirávamos bastante as estrelas, cantávamos ao som do violão do meu irmão. A primeira música sempre era Edelweiss, linda, sonora, trazia paz aos nossos corações...

Ah! como era bom cantar Edelweiss junto da minha família e debaixo das estrelas, eu tinha a sensação que poderia fazer aquilo a vida toda sem jamais enjoar...
Mas, enfim, o tempo foi passando e veio a guerra e só se ouvia falar em Hitler e eu não entendia bem que homem era aquele, nem o que ele representava e então eu continuava todas as noites olhando para as estrelas junto das pessoas que eu mais amava...
Um dia, um terrível dia de dezembro que jamais esquecerei, tivemos que partir. Me lembro que meu pai veio até nós e nos disse delicadamente:
"Vamos ter que passar algum tempo sem ver as estrelas no céu“...
Fomos covardemente arrancados de nossa casa por soldados, fomos levados a um local que viria a ser a nossa nova casa, chamava-se Campo de Concentração...


Lá não fomos felizes e lá eu pude ver pela primeira vez o semblante da minha família triste, nem pareciam aquelas pessoas adoráveis que conviviam comigo naquela varanda...
Todas as noites eu dizia à minha mãe que queria ver as estrelas, cantar sob elas e ela me respondia com lágrimas nos olhos que durante um pequeno período a única estrela que eu poderia ver era a que eu trazia pendurada no pescoço, de seis pontas, tão linda quanto as que brilhavam no céu...
Acontece que minha mãe se enganou, não foi um período tão curto assim que ficamos por lá e com o tempo foram me levando muito mais coisas além das estrelas do céu; foram me levando tudo...
Levaram-me a estrela do pescoço também, levaram meus pais para um banho do qual eles nunca mais voltaram...
Levaram meu irmão dentro de um trem que eu nunca soube para onde foi, levaram o meu sorriso, a minha alegria de viver, levaram a minha infância...
Só não levaram a minha voz e por isso, todas as noites ao deitar, eu fechava os olhos e cantava baixinho Edelweiss e aí eu podia ver as estrelas, o meu pai, a minha mãe, o meu irmão, a varanda da nossa casa. A minha imaginação eles também não conseguiram levar...


Hoje eu tenho a absoluta certeza que realmente eu nunca teria me cansado de cantar na varanda com a minha família, que eu, de forma alguma, abandonaria o meu país, que minha mãe foi a pessoa mais doce que eu conheci, que meu pai foi a imagem da dignidade, que meu irmão foi o meu grande companheiro e que tocava violão como ninguém...
Hoje eu sei a verdadeira razão das lágrimas de meus pais ao se despedirem de mim, apenas porque iriam tomar um banho e o motivo do abraço tão apertado que meu irmão me deu naquela tarde em que foi colocado dentro daquele trem...



Hoje eu sei de tantas coisas que eu não queria saber, sei que os homens podem agir como animais ferozes. Sei que raças, credos, religiões, são apenas subterfúgios que os homens usam para deixar o leão que existe dentro deles despertar...
Hoje eu sei que o tempo é poderoso, mas não tão poderoso a ponto de apagar qualquer coisa que tenha sido muito boa ou muito ruim...
Hoje eu sei finalmente, que a “saudade” é o Campo de Concentração do coração...
Hoje eu sei que o maior tesouro que existe na vida é a PAZ!
E D E L W E I S S
Silvana Duboc



Produção e Imagens
Edison Piazza - Piracicaba Brasil
www.viajandopelomundo.com

Quem ainda não é rico, prepare-se! Sua vez vai chegar!



"Nunca pensei que a partir dos 40 pudéssemos ter uma riqueza tão grande!!!

Prata nos cabelos. Ouro nos dentes. Pedras nos rins. Açúcar no sangue.

Chumbo nos pés, Ferro nas articulações, Catarata nos olhos e uma fonte inesgotável de gás natural..."

MARIDO HONESTO É ASSIM



Uma mulher foi presa por roubar no supermercado.
Quando estava no tribunal, o juiz perguntou-lhe:

- O que é que a senhora roubou?

Ela respondeu:

- 1 lata pequena de pêssegos.

O juiz perguntou-lhe o motivo do roubo, e ela
respondeu:

- Porque estava com fome.

O juiz então perguntou à senhora quantos pêssegos tinha a lata:

- Tinha 6 pêssegos.

O juiz então disse:

- Vou mandar prende-la por 6 dias, 1 dia por cada pêssego.

Mas antes que o juiz pudesse terminar a sentença, o marido perguntou se poderia ter uma palavra com o juiz sobre o acontecido.

O Juiz disse que sim, e perguntou o que queria ele dizer.

Então o marido disse:

- Ela também roubou uma lata de ervilhas!!!

Ainda dizem que não há homens honestos ...
ISTO É QUE É MARIDO HONESTO !!!

Tento esquecer as cicatrizes que os espinhos deixaram... Quando olhá-las, lembrarei... Mas já não doem mais... Encaro a dor como trampolim para a felicidade!



Um dia alguém
colocou um galho cheio
de espinhos no meu caminho
Sofri

Machuquei-me
Perdi a auto-estima
Impossível evitar as feridas

Plantei esse galho no meu jardim interior
O galho murchou e à sua volta
muito capim, muita erva daninha

Mas os espinhos, vivos permaneceram
Continuaram ferindo-me a alma
Muitos anos depois, o galho brotou
mostrando que não morrera
E vieram folhas
E quantas rosas vieram alegrar o meu jardim!

Fiz questão de escolher o mais belo dos botões
para retribuir o presente do galho cheio de espinhos
Enviei junto o melhor dos meus sorrisos

Meu jardim interior não deixará de florir
O sofrimento maltrata, mas, hoje, cultivo flores
Tento esquecer as cicatrizes que os espinhos deixaram
Quando olhá-las, lembrarei
Mas já não doem mais
Hoje encaro a dor como trampolim para a felicidade
Desconheço Autoria

Eu e Tu...Incrível como o perto é fora do alcance...



Eu e Tu...
Um labirinto de momentos cruzados, feitos de desejos escondidos... horas somadas no relógio da vida fazendo dias ausentes...
Incrível como o perto é fora do alcance...
Nós... dividimos palavras onde o carinho se toca, trocamos letras preenchendo a ansiedade... criamos páginas onde o contexto é silencioso...Hoje será mais uma noite, testemunhada do alto por uma Lua registando uma data especial...
Moon Thoughts

Três coisas não podem ser escondidos por muito tempo:



Três coisas não podem ser escondidos por muito tempo: o sol, a lua e a verdade."

Buda

Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.



Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Afinal, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem beijos quentes ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de bonito. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que as vezes me cansa. Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes ...Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? eu adoro VOAR! O escondido pra mim é bem melhor, e o perigoso é divertido. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Também sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, voracidade e falta de ar... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando as costas, o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem paz pra minha vida. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou. Kathlen Heloise Pfiffer

CRIATIVIDADE DE UMA VESTIBULANDA...Uma Universidade cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho do poema de Camões:


"'Amor é fogo que arde
sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer'."

Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação :

" 'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo !'"

Ás vezes é preciso dormir, dormir muito. Não pra fugir ... mas pra descansar a alma dos sentimentos.



Ás vezes é preciso dormir, dormir muito. Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente. Inteira.
Marla de Queiroz

sexta-feira, 27 de maio de 2011

NOVO GOLPE NA PRAÇA!...Tenham muito cuidado! DIVULGUEM



Tem sido vítimas geralmente homens na faixa 48/55 anos, descasados que saem para a noite numa tentativa de refazer a sua vida social.



Funciona assim:
Uma mulher de cerca de 60 anos, ainda muito bonita, bem conservada, puxa conversa e aparenta ser bem interessante.
Papo vai, papo vem e o assunto chega ao sexo...

Mais um pouco e ela sugere nas entrelinhas uma relação mais íntima. Ele, é claro, se interessa.
Atenção!!

É aí que a coisa começa a ficar perigosa!!
Ela pergunta o que ele acha de uma transa a três, tipo com mãe e filha.
O cara acha o máximo, diz que não tem problema, pensa que tirou a sorte grande! Então ela o convida para irem para a casa dela.
Entrando no apartamento, ela tranca a porta e grita:




Mãããe! Cheguei!

Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.



Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o conhecimento,
a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.
A corrente impetuosa é chamada de violenta
Mas o leito do rio que a contém
Ninguém chama de violento.
A tempestade que faz dobrar as betulas
É tida como violenta
E a tempestade que faz dobrar
Os dorsos dos operários na rua?
Quem se defende porque lhe tiram o ar
Ao lhe apertar a garganta, para este há um parágrafo
Que diz: ele agiu em legítima defesa.
Mas o mesmo parágrafo silencia
Quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão.
E no entanto morre quem não come, e quem não come o suficiente
Morre lentamente.
Durante os anos todos em que morre
Não lhe é permitido se defender.
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar."
Bertolt Brecht

Mas não se esqueça:



'Mas não se esqueça:
Assim como não se deve misturar bebidas,
misturar pessoas também pode dar ressaca.'


(Martha Medeiros)

Seja exatamente quem és e não quem os outros querem que seja.



'Seja exatamente quem és e não quem os outros querem que seja. Viva, ame, chore, e faça o que quiser, não se esqueça de que ainda existem pessoas verdadeiras. Creia nas pessoas, mesmo que elas te machuquem. Seja quem és e não perca isso, é seu maior tesouro. Ame, não como uma qualquer, mas como você e só você sabe como. Não busque um rosto bonito, busque se completar. E quando estiveres completa, ai saberei que és quem eu penso que é.'

(II Trovador)

Um sorriso no rosto vale mais que todo dinheiro do mundo



Posso não ter um centavo no bolso,
mas tenho um sorriso no rosto
e isso vale mais que todo dinheiro do mundo.'


(Seu Madruga)

A vida é tecelã que olha para você neste instante e me olha também. O que ainda não veio, quem sabe?



[...] A vida é tecida com os fios disponíveis de cada agora. De cada respiro. De cada ação. De cada acontecimento. De cada sabor. É essa tecelã que olha para você neste instante e me olha também. O que ainda não veio, quem sabe? Eu não sei. Sabor é o presente. Saber é quando a gente desembrulha.'


(Ana Jácomo)

Quando eu acreditei que seria sincero, acabei me deparando com o que costumo chamar de “decepção” ou “tapa na cara”. Sabe aquela escorregada que você precisa dar pra aprender a levantar? Então, é disso que estou falando.



'Me desculpe, mas eu não acredito no amor. Eu até queria acreditar, mas a vida vem me obrigando a fazer o contrário. Quando eu acreditei que seria sincero, acabei me deparando com o que costumo chamar de decepção ou 'tapa na cara'. Sabe aquela escorregada que você precisa dar pra aprender a levantar? Então, é disso que estou falando e tem sido assim. Não acredito no amor, não acredito nas pessoas, não acredito em mim. As pessoas não gostam de você pelo o que você é, elas gostam pelo o que você pode oferecer a elas. Costumam chamar de desilusão, quando descobrem que o que queriam, você não pode dar e te descartam como objetos. Então, pergunto a mim mesma: o que move o mundo, o desejo de parecer ou o desejo de ter? Indago-me algumas vezes, percebo que sou incapaz de compreender. Ao menos sei que o que move o meu mundo é o desejo de ser, ser alguém que ama e acredita, confiante, que é amado. Mas, por enquanto, continua sendo apenas um desejo.' [...]

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo. Vem, se te interessas, posso mostrar-te.



Vem. Conversemos através da alma. Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos. Sem exibir os dentes, sorri comigo, como um botão de rosa. Entendamo-nos pelos pensamentos, sem língua, sem lábios. Sem abrir a boca, contemo-nos todos os segredos do mundo, como faria o intelecto divino. Fujamos dos incrédulos que só são capazes de entender se escutam palavras e vêem rostos. Ninguém fala para si mesmo em voz alta. Já que todos somos um, falemos desse outro modo. Como podes dizer à tua mão: "toca", se todas as mãos são uma? Vem, conversemos assim. Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma. Fechemos pois a boca e conversemos através da alma. Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo. Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
Jalaluddin Rumi

Às vezes eu falo coisas que não deviam ser ditas e deixo de falar às coisas que realmente importavam.



Eu sou tão estranha. Às vezes eu gosto de ficar sozinha, de não falar com ninguém. Às vezes converso horas, com qualquer um. Às vezes eu fico exageradamente triste, feliz, ou com raiva, do nada. Às vezes, eu escuto uma música milhares de vezes sem cansar dela: "isso me acalma, me acolhe a alma, isso me ajuda a viver". É que as músicas que eu gosto parecem ser um pedaço da minha vida. Guardo lições nelas. Às vezes eu falo coisas que não deviam ser ditas e deixo de falar às coisas que realmente importavam. E às vezes eu machuco as pessoas, às vezes elas é que me deixam em pedaços, mas não me perco. Junto, colo, guardo os pedacinhos. E sim, há vezes em que eu não peço desculpa. Algumas vezes me arrependo do que faço, do que digo, do que escolho. E quero voltar atrás. E na maioria das vezes, eu me esqueço do quanto aprendi com meus erros e do quanto eles foram necessários também, do quanto eu cresci e do quanto eu me sinto bem agora, mesmo eu sendo assim, talvez tão estranha. Às vezes, esqueço de mim. Mas hoje, marquei um encontro comigo. Fazia tempo que não me olhava de frente, de perto. Não posso me atrasar. Estou ansiosa pelo encontro! É que de repente bateu uma saudade louca de tudo, dos amigos antigos, das pessoas que passaram pela minha vida, até dos amores que não deram certo, da infância, do tempo que eu deitava a cabeça no travesseiro e só tinha coisas boas pra pensar, nada de preocupações, decepções. E ali eu tinha certeza de ser feliz! Ali eu aprendi a ser feliz, e segui praticando a lição, a duras penas. Só de pirraça, só por teimosia, decidi ser feliz pra sempre. E tenho sido, mesmo quando não sei perceber. Não tenho saudade de ser feliz, tenho saudade de quem eu sou quando reconheço isso.

(Não encontrei o autor)

Ontem. Jogado debaixo da cama. Empoeirado. Sem caixa, bula ou manual....encontrei o amor, sem querer.



Há tanto tempo não usado, encontrei o amor, sem querer. Ontem. Jogado debaixo da cama. Empoeirado. Sem caixa, bula ou manual. Um amor, assim, abandonado. Sujo. Rasgado. Fóssil soterrado. Navio afundado há anos. Casarão com tábuas pregadas nas janelas. Lençóis brancos sobre os móveis. Um amor acostumado com o escuro. Com o frio do quarto fechado. Com a passagem rápida de um inseto no meio da madrugada. Um velho amor largado. Pronto pra ser reciclado. Um amor procurado por toda casa nos lugares errados. Nos armários limpos. Entre taças. Louças. Dentro de caixas fechadas com laços. Sob tapetes varridos. Cantos desinfetados. Um amor chamado no grito. No gemido da febre. No cochicho da oração. Um amor sumido. Necessitado. Um amor que apareceu quando quis. De repente. Em um lugar inesperado. Há tanto tempo não usado, eu, ontem, tropecei no amor. Empoeirado. Sujo. Rasgado. Abandonado debaixo da cama. Um amor que talvez nem funcione mais.

((Eduardo Baszczyn))

Quero compartilhar com todos a oração....Que tem muito a nós dizer...




Oração à mim mesmo


Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais.
Falar menos.
Chorar menos.
Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm
e não a inveja que prepotentemente penso que têm.
Escutar com meus ouvidos atentos
e minha boca estática,
as palavras que se fazem gestos
e os gestos que se fazem palavras.
Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar.
Saber realizar os sonhos que nascem em mim e por mim
e comigo morrem por eu não os saber sonhos.
Então, que eu possa viver
os sonhos possíveis
e os impossíveis;
aqueles que morrem
e ressuscitam
a cada novo fruto,
a cada nova flor,
a cada novo calor,
a cada nova geada,
a cada novo dia.
Que eu possa sonhar o ar, sonhar o mar,
sonhar o amar, sonhar o amalgamar.
Que eu me permita o silêncio das formas,
dos movimentos,
do impossível,
da imensidão de toda profundeza.
Que eu possa substituir minhas palavras
pelo toque,
pelo sentir,
pelo compreender,
pelo segredo das coisas mais raras,
pela oração mental (aquela que a alma cria e
que só ela, alma, ouve e só ela, alma, responde).
Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma,
vislumbrar as curvas, desenhar as retas, e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas pequenas manifestações da vida.
Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos, fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me
e recriando-me a cada instante.
Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos.
Que meu choro não seja em vão,
que em vão não sejam
minhas dúvidas.
Que eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar meus destinos com dignidade.
Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo:
— Que eu não tenha medo de meus medos!
Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis,
e desperte com o coração cheio de esperanças.
Que eu faça de mim um homem sereno
dentro de minha própria turbulência,
Sábio
dentro
de meus
limites
pequenos
e inexatos,
humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas
(que eu me mostre o quanto são pequenas minhas grandezas
e o quanto é valiosa minha pequenez).
Que eu me permita ser mãe, ser pai, e, se for preciso,
ser órfão.
Permita-me eu ensinar o pouco que sei
e aprender o muito que não sei,
traduzir o que os mestres ensinaram e compreender a alegria
com que os simples traduzem suas experiências;
respeitar incondicionalmente o ser;
o ser por si só,
por mais nada que possa ter além de sua essência,
auxiliar a solidão de quem chegou,
render-me ao motivo de quem partiu
e aceitar a saudade de quem ficou.
Que eu possa amar e ser amado.
Que eu possa amar mesmo sem ser amado,
fazer gentilezas quando recebo carinhos;
fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas.
Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só.
Amém.

Oswaldo Antonio Begiato

Sou assim. Tenho meus mistérios e saio, sempre sem deixar pistas...Mas volto sempre se me interessar muito.




Dual, sou assim. Misturo meus anjos ao lado obscuro, vou fundo e me retraio. Tenho meus mistérios e saio, sempre sem deixar pistas...Mas volto sempre se me interessar muito. Não gosto de nada pela metade, nem a minha laranja. Ou vem inteira ou não vem.Amor só conheço o intenso, amei uma vez e fui muito amada, me enganei outra e continuo apostando. Nada de coração embalado à vácuo sem contato manual. Que peguem, amassem, acariciem, pisem em cima. Quero mais é me sentir viva, ainda que seja pela dor.Prefiro me arrebentar toda, a sair ilesa, só não deixo de me atirar, nem mesmo agora que aprendi um pouco mais sobre a crueldade humana.Tenho poucos e bons amigos. Muitos conhecidos e outros tantos que nem conheço, mas sabem de mim. Minha fidelidade aos amigos é canina, aos namorados até que provem o contrário. Namorados são descartáveis, amigos não.Sou sensível e emotiva, choro com alguma facilidade, mas quase sempre sozinha. Tenho dias de verborragia intensa e dependendo do motivo arraso ou amo com a intensidade das palavras.No entanto prefiro atitudes. Palavras o vento leva e a memória apaga. Gosto de me sentir “pertencida”, mas não dominada ou forçada a isso. Gosto de ser livre, mas ter alguém nos pensamentos e sempre para onde voltar.Gosto de estar só algumas vezes, sinto necessidade, não sou carente profissional. Tenho meu lado sombrio e outro tanto mais claro. Do lado sombrio poucos conhecem, outros intuem, mas todos respeitam.Desconfio de pessoas que se dizem loucas de paixão, mas nunca ficaram horas debaixo de chuva esperando alguém, nem ligaram de madrugada para confessar os sonhos que a insônia traz ou deram o último biscoito recheado do pacote ou ligaram tantas e quantas vezes tiveram o telefone desligado na cara. Desconfio da sofreguidão mansa e do desespero calculado, de olhos secos ou lágrimas forçadas. Dissimulação essa mentira estudada.O humor inteligente me ganha sempre, o bobo me afasta, o afetado nem conheço. Gosto de gente transparente, aberta, leve, verdadeira que me suaviza o necessário para não querer ir embora, que fala com os olhos, age com a boca e me leva pelas mãos a qualquer lugar onde eu já queria estar.
Andréa Augusto -

Sempre lembrarei de você ....



"Sempre lembrarei de você ainda que nas manhãs, sempre belas, no meu jardim imaginário não brotarem as flores que eu esperava."
Pedro A. Miller

Simples, mas profundo, preciso.



Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros. Simples, mas profundo, preciso. É nos relacionamentos que nos transformamos Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Roberto Crema

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Era pra você a carta que eu rabisquei na capa de um livro...

Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto.E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos.

Marla de Queiroz

Na vida, as coisas mais doces custam muito a amadurecer.



Outra coisa que penso quando me lembro daquelas uvas cor-de-rosa é que, na vida, as coisas mais doces custam muito a amadurecer. Então, em movimento, andando por aí, perdendo ou ganhando, levando porrada, tentando amar...


Caio Fernando Abreu

Com elas, não há de vez em quando;



Mulheres tarja preta, contra indicadas, que causam dependência física não há de vez em quando, toma-se uma dose já desejando outra.
Fernanda Young

Basta me segurar pela nuca e me derreto, viro pão com manteiga: Sirva-se



"O meu coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer convite para tomar um chopp. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso. Nessas horas não sei onde vão parar minhas idéais mais viris. Afino a voz, uso cinta liga, faço stripper tease. Basta me segurar pela nuca e me derreto, viro pão com manteiga: Sirva-se."
Martha Medeiros