sexta-feira, 10 de junho de 2011
Venha andando devagar para que eu possa decorar seus passos...
Quero sua aproximação lenta e suavemente. Venha andando devagar para que eu possa decorar seus passos, traga o brilho do seu sorriso como cartão de visitas e deixe que o perfume de sua essência me envolva completamente. Deixe-me ouvir o som da sua voz como minha canção predileta, e só termine a música quando perceber que o sono, teimoso, me venceu.
Me fale da sua solidão, o que fez enquanto esteve só no meio de tanta gente e perceba nas minhas linhas que caminhamos por estradas semelhantes. Nos desencontros aprendemos a escolher. Na trilha difícil tropeçamos com equilíbrio. Nas subidas nos esforçamos. Nas descidas, continuamos com cuidado. E no caminho sem saída voltamos... Amadurecemos e estamos vivendo esse exato momento. Estamos, não somos.
Agora nos resta trocar as fotos daquele tempo. Permita-me ver os seus registros e fique à vontade em meu álbum. Percebe alguma similaridade?
Me perdoe a ousadia, mas te faço um pedido: Numa pequena caixa, cuidadosamente embalada, quero um presente seu: Me dê a sua amizade! Não quero que ela seja a maior de todas. Não precisa ser a mais intensa e cheia de declarações. Também não faço questão que seja eterna. Peço apenas que ela seja sincera. Tenho andado por lugares diferentes e não consigo mais encontrar a verdade no caminho.
Então você pensará: O que ganharei em troca? Não se preocupe, esse não é um pensamento egoísta. E antecipo sua resposta: Te darei algumas linhas – simples ou publicadas em versos - que irão expressar tudo aquilo que você mesma plantou em minha alma. Sei que este não é um pagamento apropriado pela sua amizade, mas certamente é a forma mais pura de deixar você se perceber em mim.
Alexandre Barreto
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