sexta-feira, 8 de junho de 2012

ORIGEM DAS FESTAS JUNINAS



A tradição de festejar o mês de junho antecede o nascimento de Cristo. Para os antigos, o verão, que nos países do hemisfério norte, se inicia nessa época, era sinal do início das colheitas. Numa época em que as alterações climáticas eram vistas como sinais dos deuses, o fogo representava proteção contra a falta de chuvas, as pestes e a seca.
Se pesquisarmos a origem dessas festividades, perceberemos que elas remontam a um tempo muito antigo, anterior ao surgimento da era cristã. De acordo com o livro O Ramo de Ouro, de sir James George Frazer, o mês de junho, tempo do solstício de verão (no dia 21 ou 22 de junho o Sol, ao meio-dia, atinge seu ponto mais alto no céu, esse é o dia mais longo e a noite mais curta do ano) no Hemisfério Norte, era a época do ano em que diversos povos - celtas, bretões, bascos, sardenhos, egípcios, persas, sírios, sumérios - faziam rituais de invocação de fertilidade para estimular o crescimento da vegetação, promover a fartura nas colheitas e trazer chuvas.
Na verdade, os rituais de fertilidade associados ao cultivo das plantas, incluindo todo o ciclo agrícola - a preparação do terreno, o plantio e a colheita -, sempre foram praticados pelas mais diversas sociedades e culturas em todos os tempos. Das tradições estudadas por Frazer destacam-se os ritos celebrados nas terras do Mediterrâneo oriental (Egito, Síria, Grécia, Babilônia) com o objetivo de regular as estações do ano, especialmente a passagem da primavera para o verão, que sela a superação do inverno.
Desde os tempos pagãos, a data é comemorada com fogueira, dança, música e muita comida.
As festas juninas acontecem na Europa desde o século IV, muito antes dos portugueses descobrirem o caminho para o Brasil. A comemoração era feita para celebrar o início das colheitas. Sempre teve uma grande relação com a religiosidade, porque as pessoas ofereciam comidas, bebidas e animais aos deuses para abençoar a safra. Também acendiam fogueiras e dançavam para espantar os maus espíritos.
Como o nascimento de São João, o anunciador da vinda de Cristo, era em junho, mesmo mês da colheita, e o catolicismo ganhava cada vez mais adeptos, a festa acabou homenageando São João. É por isso que este evento era chamado de Joanino. Os primeiros países a comemorá-lo foram França, Itália, Espanha e Portugal.
Somente no século 6º, o catolicismo passou a associar esta celebração ao aniversário de São João.
Para os católicos, a fogueira teve origem num trato entre Isabel, a mãe de João, e sua prima Maria, a mãe de Jesus. Ficou combinado que Isabel deveria acender uma fogueira sobre um monte para avisar Maria sobre o nascimento do menino. Este seria o sinal para receber sua visita e seu auxílio após o parto.
No Brasil, a comemoração chegou junto com a imposição dos costumes e da religião portuguesa aos indígenas, por volta de 1530. Como a Festa de São João tinha origem católica, foi uma maneira de colocar o povo nativo a par de como a coisa iria funcionar dali pra frente.
Aos poucos a comemoração portuguesa, Joanina, mudou sua forma e se adaptou a cultura brasileira. Primeiro, virou Festa Junina, depois no século 13, quando os portugueses incluíram São Pedro e Santo Antônio nas festanças e desde 1583 a data é comemorada no Brasil. Com o passar do tempo, os pratos começaram a ter ingredientes brasileiros como aipim (mandioca), milho, jenipapo, leite de coco e amendoim. Por fim as danças portuguesas, como o fado, foram trocadas pelo forró, boi-bumbá, quadrilha e tambor-de-crioula.
A junção dos costumes brasileiros às fogueiras e fogos de artício fez as Festas Juninas entrarem no calendário brasileiro como uma das principais comemorações do país.
Vários novos elementos foram incluídos nas comemorações juninas ao longo dos anos.
Fonte:Internet

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