segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sempre é assim.


A saudade nunca chega quando estamos perto da família, do namorado, dos amigos. A saudade nunca chega na infância, naquela música antiga ou naquela época do primeiro amor.
A saudade é um sentimento inimigo dos enamorados, dos amigos, dos apaixonados, dos vividos... Ela chega quando aquele namoro terminou, quando a infância passou, quando aquela música não toca mais na rádio.
Saudade é aquele sentimento do momento não vivido, do beijo não dado, do abraço negado... Daquele perfume, daquelas briguinhas, daquelas gargalhadas.
Saudade é a palavra vazia, o silêncio calado, a dor consentida.
Saudade é um sentimento sentido sem querer, sem perceber já somos tomados por ele. Saudade mata as pessoas, fere a alma, machuca o coração;
Mas a saudade, além de nos causar e mostrar a dor da perda, ela nos mostra o quanto aquilo nos faz falta.
A saudade é confusa, complicada, dolorida. Certa e incerta. Cheia de caminhos contrários aos do amor. Ás vezes dói tanto que parece querer matar, mas ás vezes nos causa sensações tão boas que nos fazem chorar.
A saudade leva e traz esperanças, amores, intrigas e rancores. Nos mostra que devemos dar valor enquanto temos. Mostra-nos a vida de um ângulo diferente, oculto.
A saudade faz parte de um romance, de uma amizade...
Mas faz parte da vida.
Sem ela, a vida não teria a mínima graça.
Mayara Freire

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