sábado, 11 de agosto de 2012

Reflexão para o Dia dos Pais


Segundo Domingo de agosto
Comemora-se o Dia dos Pais
E os pais que vivem isolados
 Em quartinhos de quintais
 Os pais que vivem mudos
 Porque os filhos sabem mais
 Asilos e casas de repouso
 Vivem esses marginais
 Marginalizados pelos filhos
 Essas feras racionais
 Deus sabe quanto lutaram
Para criar esses filhos
Hoje são homens formados
 Jogam seus pais em asilos
Quantos hoje são mendigos
 Mãos estendidas pedem auxílio
 Se eles ficam em casa
 São verdadeiros empecilhos
 Enquanto os velhos mendigam
 Os jovens vivem tranquilos
 Os filhos ouvem música
Ou assistem televisão
 E o velho pai onde está?
 Sentado na cama no porão
 Meu pai não gosta de nada
Vive bem com a solidão
 Descí as escadas e fui ver
Ví o velho esfregando as mãos
 Estava muito gelada
 Com o frio da ingratidão
 O absurdo dos absurdos
 Eu quero contar pra vocês
 Conheço um velho pai doente
Filhos casados tem três
 Três casas para ficar
 Cada casa fica um mês
 Eu pergunto a mim mesma
 Que mal este velho fez?
Por que os filhos têm tudo
E os pais nunca tem vez?
 Tudo o que bate volta
É um grande ditado
Se teu pai vive assim
Tenha muito cuidado
O tempo corre, a vida passa
E você já está escalado
A dormir no porão úmido
 E teu filho no sobrado
 Quem semeia semente ruim
Vai colher fruto estragado...
(Não encontrei o autor)


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