terça-feira, 2 de novembro de 2021

Tem dia que a alma precisa de colinho.



 É sim. Tem dia que bate uma tristeza grandona, uma vontade de ficar bem quietinho onde os ruídos do mundo não possam encontrar a gente.

É sim. Tem dia que dor antiga dá as caras, que lágrima desliza volumosa, que tudo nos parece mais difícil do que realmente é e as saudades parecem ocupar todo o território do peito.

É sim. Tem dia que a respiração é áspera. Que o sorriso mingua. Que chove à beça por dentro. Que o coração fica todo apertado. Que a coragem cochila um pouco.

É sim.

Tem dia que a alma precisa de colinho.

Ana Jácomo

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