terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nas montanhas de minha alma, retiro as ervas daninhas para que não atrapalhem as orquídeas, mas morro de pena dessas pobrezinhas, porque só o que vejo é a luta pela sobrevivência e um consequente pedido de perdão.


Não sou do Sol, não sou da Lua. Não sou do dia, não sou da noite. Algumas vezes penso que sou um eclipse, em que, forçosamente, me transformo no ponto de encontro entre reis e mendigos, sábios e ignorantes, tudo e nada. O bem e o mal me sondam e não me assusto. Sou o intervalo, a pausa no estabelecido. Não me rendo ao (pré)conceito de todas as coisas e as investigo antes de formar opinião. Ainda assim, me equivoco. Aprendo com os erros. Minha gangorra balança para o abismo, mas não tenho medo. Já caí, ralei, rolei e aqui estou, de pé. Sigo aos tropeços. Quem me vê inteira sobre o salto não sabe a dor da caminhada. Mas não me rendo, apenas sigo. Persisto.
Kátia Dias

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