terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Acabou, e agora?

O fim de um relacionamento amoroso é, para muitas pessoas, difícil de superar e requer acima de tudo compreensão e respeito, pois é uma fase em que é preciso desapegar-se e viver sem a presença física e o carinho do ser amado. Muita gente passa um tempo enorme remoendo a dor da separação, tentando entender o porquê, o que levou o ente amado a rejeitá-la ou por que houve um desgaste tão grande na relação.
Todos nós enfrentamos provas, amarguras e frustrações na vida, porém, resta saber o quanto isso tem o poder de nos derrubar. Quem atravessa períodos de tristeza e solidão deve esforçar-se e procurar a companhia de outras pessoas, tentar desabafar o que lhe vai por dentro e não ficar trancado num quarto, sofrendo e chorando, enquanto o sol brilha lá fora e a vida prossegue com suas inúmeras oportunidades de crescimento. É importante procurar apoio na prece e tentar distrair-se com alguma atividade de que goste realmente, e assim, aos poucos, as coisas vão melhorando e a dor pela perda sofrida vai entrando em fase de aceitação.

Enquanto não pararmos de enxergar o outro como o único responsável por nossa vida e alegria, vamos sempre nos desesperarmos quando perdermos alguma afeição e acharmos que tudo acabou. Mas não acaba nunca, pois tudo se transforma e nós também nos transformamos; são experiências sofridas, mas necessárias para despertarmos, às vezes, de nosso apego exagerado às pessoas e às coisas. O desapego sempre chega em algumas épocas de nossa vida e sofremos e achamos que nunca vamos parar de sofrer. De repente, um dia a gente acorda diferente, acreditando novamente nas pessoas e querendo amar de novo e ser feliz.

Todo fim de relacionamento acarreta um período de sofrimento e tristeza e esse período, por mais que demorea passar, um dia passa, pois ninguém morre de amor... com certeza, não; somos seres criados para a luz, devemos nos erguer novamente e começar de novo.

O fundamental é ter coragem para virar o jogo e seguir em frente; procurar olhar ao redor e prestar atenção nas pessoas que nos amam e que sempre estarão ao nosso lado. Afastar a desilusão e a descrença achando que nunca mais conseguiremos amar alguém ou seremos amados do mesmo jeito. Liberte-se libertando o outro de amarras e deixando-o seguir seu próprio caminho. Agradeça a Deus por ele ter passado por sua vida, pois, bom ou ruim todo relacionamento deixa algum aprendizado, mexe com nossos valores e emoções e nos faz crescer.

Sabemos que um encontro entre dois seres não acontece por acaso e que situações passadas e atuais vão sempre estar presentes entre os dois e por isso devemos entender que em cada encontro e união sempre existe um tipo de aprendizado de caráter evolutivo a vivenciar.

Quando Jesus disse: ”Amai-vos como eu vos amei”, não só estava prescrevendo o amor como uma dádiva da vida como também estava nos ensinando como deveríamos exercer esse amor. Embora ainda estejamos um pouco longe desse amor apregoado pelo Cristo, exercitemos a tolerância, a aceitação e o respeito pelo outro, aceitando-o como ele é realmente, sem julgamentos e expectativas
por Guilhermina Batista Cruz -

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