Você, que já constituiu um lar com a pessoa que embalou suas horas nos
primeiros momentos de namoro, às vezes pergunta: onde foi parar aquela
ternura de outrora?
Aquele afeto que nos unia como se fossemos um só, onde andará?
Quando ouve aquela música que costumavam ouvir juntos e seu coração
vibra com a mesma emoção dos tempos idos, pensa em silêncio: o que
aconteceu com aquele doce encantamento do início?
Olha para o companheiro ou companheira e tem a impressão de que já
não vê mais a mesma pessoa.
Uma onda de saudade lhe invade a alma e a melancolia chega com sabor
de amargura.
Parece que as cinzas das dificuldades abafaram a chama do amor...
Todos esses capítulos fazem parte da história de grande parte dos
casais.
O que acontece é que nos envolvemos com os compromissos de tal forma,
que esquecemos de manter acesa a chama afetiva dos primeiros tempos.
Na realidade ela não se apagou e, por vezes, está ainda mais forte. Nós é que
não damos conta disso.
É natural que a paixão arrebatadora que propiciou a união, ceda lugar a
uma amizade que somente o tempo de convivio pode sedimentar nos
corações. E essa amizade vai se consolidando dia após dia, nos mínimos
cuidados que quebram a rotina.
Uma balconista da seção de cosméticos de uma loja, conta que um dia
notou um rapaz a observar umas caixas de sabonete expostas no balcão.
Ofereceu-se para ajudá-lo e ele aceitou dizendo que desejava comprar
uns sabonetes finos para presentear a esposa.
Por fim escolheu uma caixa bem vistosa e pediu para que ela fizesse um
embrulho bem bonito.
Uma semana depois, a balconista notou que o mesmo rapaz estava numa
seção vizinha olhando artigos para senhoras. Dirigiu-se a ele e lhe
perguntou se a sua esposa havia gostado dos sabonetes que ele levou
no outro dia.
- Bem, ela ainda não os achou, foi a resposta.
- Veja, senhorita, eu tenho um plano. Escondo algo para que minha
mulher encontre sem esperar.
- Ela encontrará os sabonetes na próxima semana, quando for limpar a
despensa. É uma surpresa para quebrar a monotonia do serviço caseiro,
concluiu o jovem esposo.
São esses cuidados e atenções que alimentam a chama da amizade e do
afeto verdadeiros.
Não são necessários grandes feitos para cultivar a ternura, mas é preciso
que sejam constantes e que o respeito seja parte integrante do relacionamento.
Um mimo inesperado, uma palavra de incentivo, uma flor singela, um abraço,
um gesto de carinho, são ingredientes seguros para a manutenção de qualquer
casamento. E o que é melhor: não tem contra-indicação.
(autor desconhecido).
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