sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DESTINATÁRIO DESCONHECIDO...


Eu escrevia cartas de amor. Não eram para ninguém.
Escrevia cartas de amor como quem tenta distrair o
amor até ele chegar.
Eu provoquei o amor.
Fiz de conta que existia para parecer culpado.
Tantas vezes me declarei sem ter nada.
Quando o amor chega, as cartas de amor são desnecessárias.
Nossa letra treme como uma pálpebra.


Carpinejar

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