sexta-feira, 6 de julho de 2012

Tem horas que me dá vontade de bater no peito e dizer: “Eu sou uma mulher, eu posso!”


Tem horas que me dá vontade de bater no peito e dizer: “Eu sou uma mulher, eu posso!” Mas aí eu lembro que certas noites antes de dormir, quando a casa inteira está escura, eu fico com medo de levantar, olho embaixo da cama pra ver se encontro algo e procuro atrás das portas alguma espécie de bicho-papão um pouco mais moderno. É, eu sou uma adolescente, prestes a me tornar uma adulta, mas ainda resta muito de criança em mim, nos meus sonhos, nos meus medos, nos meus choros incontidos e nessa minha necessidade de abraços. E será que isso me torna menos mulher? Lógico que não, isso só me torna mais humana e é a prova de que não importa o quanto eu cresça, sempre haverá uma criança risonha aqui dentro e sempre haverá também uma criança que tem medo de trovões e de ficar sozinha.
Aline Galvão

Nenhum comentário:

Postar um comentário