domingo, 13 de setembro de 2015

Colhi um livro no céu por entre as nuvens.


Colhi um livro no céu por entre as nuvens. Quando abri suas páginas, algumas rugiam trovões. Outras choviam incessantemente. E outras ainda eram dotadas de um azul impossível de ser descrito. Mas em nenhuma página encontrei qualquer vestígio de um milagre celeste. Com certa tristeza fechei o livro, mas qual não foi a minha surpresa ao descobrir que o livro, assim como o céu, também não tinha fim e que eu poderia lê-lo eternamente.

Carlos Eduardo Leal

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