quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.


Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros.
Mas não estando alegre, é possível ser feliz também.
Não estando 'realizado', também.
Estando triste, felicíssimo igual.
Porque felicidade é calma. Consciência.
É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo?
Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz.
Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos.
Apenas fazem o melhor que podem.

Martha Medeiro

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