sábado, 5 de junho de 2010

Meu amor,

Meu amor,
amar é mais simples do que se poderia supor,
sabias?
Amar é mais fácil do que a gente imagina,
e há muitas maneiras,muitas intensidades
de se sentir essa coisa.
Eu por exemplo, quando digo "eu te amo"
não quero com isto dizer que
tu és o grande amor da minha vida,
tão pouco é uma promessa de que
o que sinto será eterno.
Por isso quando digo "eu te amo"
não sintas medo e não entres em pânico
de forma alguma,
pois não imponho a esse
sentimento qualquer tipo
de responsabilidade recíproca.
Não espero por este sentimento qualquer
tipo de resposta ou atitude,
pois amar é sentir sem cobrar,
sem querer nada em troca.
Amar é simplesmente sentir.
E gostar também é amar,
gostar muito é amar,
sentir carinho é amar.
É sentir vontade de abraço e de colo,
mas não qualquer abraço,
não qualquer colo.
Amar é sentir um certo tipo
de carência específica.
Amar é vontade de emprestar
o peito para deitares tua cabeça.
Amar é abrir a porta do carro
para ti sem demagogia,
amar é roubar uma flor e te dar,
na impulsão do momento,
sem me importar muito se gostas de flores ou não,
e sem ligar a mínima se o gesto parecer ridículo.
Amar é instável pois amar é
constante transformação.
Amar é diferente hoje de manhã.
Por isso te amo a cada dia de uma forma,
te amo até mesmo quando não amo,
pois penso que este seria apenas mais uma
das inúmeras formas desse sentimento se manifestar.
Não te amo hoje menos do que amanhã,
tão pouco amo mais, apenas amo diferente.
Te amo quando sinto a tua falta
e te amo até mesmo quando,
por enquanto, não quero mais estar contigo.
Te amo quando quero ficar em silêncio comigo mesmo
e a tua presença não atrapalha o meu destino.
Te amo quando estás longe e me sinto sozinho
mesmo estando junto aos meus melhores amigos.
Te amo quando,
em meio à conversa mais interessante,
me desligoe me ponho a pensar no que tu estarias
fazendo agora e como seria melhor se estivesses
aqui participando disso que sequer
consigo fazer parte direito.
E não faço parte porque não estou aqui,
e não estou aqui porque tu não estás aqui.
Também sei que te amo quando estás comigo,
e sinto vontade de te abraçar além do teu corpo,
de te abraçar além do que meus braços poderiame
de te beijar mais do que o tamanho da minha boca.
E sei, finalmente, que te amo,
quando me ponho
a escrever estas coisas,
nessa forma silenciosa de gritar
tudo o que sinto.

Olegario Schmitt

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