A também chamada "crise do quarto de vida", que é quando você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Você ainda vai se dar conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho (muito trabalho!), estudo, namorado(a) etc...
E cada vez procura desfrutar mais dessa "cervejinha", que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são "tão divertidas"... às vezes até incomodam. Você estranha o "bem-bom" dos tempos de escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante, mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que parte do pessoal com quem perdeu contato na verdade seriam os amigos mais importantes para você hoje.
Você ri com mais vontade e chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal... Ou, talvez, à noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos, e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido. Sair três vezes por final de semana não dá, porque isso sim lhe deixa esgotado (a) e significa muito dinheiro para seu o salário que parece encolher a cada dia.
Olha para o seu trabalho, e talvez você não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo, ou talvez esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo, o que lhe dá um pouco de medo. Dia-a-dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Você vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona as coisas na sua lista do que é aceitável ou não.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras, apenas confuso (a) e com medo. De repente, você trata de se obstinar com relação ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você. E enquanto vencer na carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela, principalmente porque seus amigos, muitas vezes, estão inseridos no mesmo meio.
O que talvez você não esteja se dando conta, é que TODOS que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. TODOS nós que temos "vinte e tantos" e gostaríamos de voltar aos 15-18 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... Mas TODOS que passam por isso dizem que é a melhor época de nossas vidas e que não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos... Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16... Então, amanhã já teremos 30? Assim tão rápido?
Façamos valer nosso tempo... Que ele não passe! Afinal...
"...a vida não se mede pelas vezes que você respira, mas sim por aqueles momentos que guardamos na memória...
[autor desconhecido]
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