quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ESQUECIMENTO



O esquecimento é o suicídio da alma, mas como a alma é imortal, eu não posso esquecer você...

COMO É O AMOR...
Um dia a gente conhece alguém que até então não era ninguém, ele vai se aproximando de uma forma diferente, e uma forma meio carente.
Ele começa por entender tudo que dizemos apóia tudo que fazemos, se interessa por tudo que pensamos e almejamos.
Aos poucos descobre-se que temos muitas coisas em comum.
Cada dia que passa as conversas se tornam mais profundas, quando percebemos já contamos alguns segredos já mostramos nossas fraquezas, dúvidas e medos.
E o tempo passa... e esses momentos juntos, cada vez mais aumentam.
Começamos a ter a necessidade de contar as alegria e o desejo de dividir as fantasias.
Depois queremos dividir as tristezas, falar do passado, contar dos momentos que ficaram marcados.
Em todos os instantes queremos a sua opinião para resolver qualquer questão.
Mais adiante queremos falar das vitórias mostrar nossas glórias,
revelar nossos fracassos exibir nossas histórias... e o tempo ficará curtinho para dar tanto carinho, receber tanto amor e esquecer qualquer dor.
Esse alguém divide tudo conosco, sem restrições, sem questionamentos, por puro prazer e encantamento.
Quando percebemos estamos completamente dependentes dessa convivência, pois ela preencheu toda a nossa carência.
Vemos então que não existe mais ninguém como esse alguém.
Ele sabe dar atenção na hora certa e compreender nas horas incertas.
Ele divide conosco emoções, ilusões, sonhos e sensações.
Ele se faz presente mesmo quando não está junto da gente, através de uma canção, de um poema ou de uma situação.
Aí... descobrimos que já é AMOR!
Surgem então as batalhas a serem vencidas, lutas a serem decididas e todas serão resolvidas.
O coração dispara cada vez que ele fala, cada vez que ele chega, cada vez que ele se cala.
Começamos então a ter desejos, sentimentos fulminantes que afloram a todo instante.
Misturam-se então, alma, tesão... uma louca sensação, irremediável questão.
A cabeça começa então a não poder mais raciocinar, perde o rumo das palavras, fica escravizada.
Quando tudo parece perfeito, começam a acontecer os momentos de dor misturados com amor.
Não se sabe mais o que é direito, não se percebe mais o que deve ser feito.
A alma vez por outra lateja na solidão, mas essa mesma alma que chora de tristeza, sabe também dar o perdão, consegue estender novamente a mão, o perdão vem do amor, esquece portanto a dor.
Novos momentos de euforia, a luz da paixão de novo irradia naqueles corações, ambos contaminados por emoções.
Faz-se novamente calmaria e a essência de tudo passa a ser só a alegria.
Acontece que os desencontros voltam a surgir, os corações voltam a sofrer e o amor ficará abalado, ficará despedaçado.
No fundo da alma no entanto, o amor continua a acontecer, a crescer, a gritar que não quer morrer, mas ele coitado, desgastado que está, não consegue suportar mais a dor, não consegue mais se sobrepor.
Chega um momento que é urgente que se faça algo para que esse amor não seja posto de lado, mesmo separados, ele haverá de sobreviver de alguma forma e de alguma forma vencer.
Agora então só restará uma solução, deixá-lo viver num passado calado, numa história de um livro ou em algum tipo de arquivo.
Amor é assim, começa sem pressa, quer apenas acontecer, florescer.
Amor quando está agonizando não precisa de despedidas, não programa partida, ele simplesmente termina em ruína.
Triste e revoltado o amor ficará amargurado, decepcionado com o seu destino e aos poucos partirá.
Um dia tudo desaba, acaba, numa simples palavra ou numa vírgula mal colocada.
Aí, só resta a saudade, resta aquela vontade de voltar no tempo nem que seja por um momento e tentar mais uma vez ser feliz ou ao menos fazer com que ele saiba que foi o que a gente quis.

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