sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Você tem medo de gato preto? Na sexta-feira 13 nem sai de casa? Quando entra em algum lugar sempre coloca primeiro o pé direito? Pois pode se preparar:
Veja a seguir algumas das mais conhecidas superstições populares com prováveis explicações para seu surgimento.
Sete Anos de Azar
- Gato Preto
Durante a Idade Média, imaginava-se que os gatos eram na verdade bruxas transformadas, ou que eles tinham alguma relação com o diabo. Com isso, muitos felinos foram caçados e mortos. Durante a Inquisição, quando se queimava alguém acusado de bruxaria, era normal também queimar os gatos da pessoa. Por outro lado, existem tradições pagãs onde o gato preto (ou de qualquer cor) é considerado benéfico, trazendo prosperidade e protegendo a casa dos maus espíritos.
- Passar sob uma Escada
Nada mais antigo e óbvio: uma escada colocada em algum lugar supõe que alguém tenha subido nela para fazer alguma coisa. Essa 'alguma coisa' pode cair na cabeça de quem passar por baixo. Isso sem mencionar que uma pessoa bater na escada sem querer e derrubar quem está no alto.
- Coçar a Mão
Se for a direita, significa dinheiro. Se for a esquerda, dívidas. Não se sabe ao certo quando surgiu essa superstição, mas por via de dúvidas, quando a mão direita coçar, coloque-a no bolso. Segundo dizem, isso atrairá ainda mais dinheiro.
- Espelho Quebrado
Sete anos de azar. Se hoje o espelho é algo comum, em épocas remotas era um artigo de luxo ao qual só os nobres tinham acesso. Para evitar o descuido dos criados criou-se a superstição. E a partir dessa surgiram outras: quem olhar num espelho à luz de velas poderá ver como irá morrer.
- Vassoura
Vassoura atrás da porta faz as visitas indesejáveis irem embora logo (essa é antiga e, segundo consta, funciona mesmo). Outra superstição diz que, se uma moça passar por cima de vassoura caída, ela engravidará logo. Também dizem que varrer os pés de alguém com uma vassoura faz a pessoa ficar solteira. A vassoura sempre foi considerada um elemento mágico por natureza. A wicca e outras religiões de natureza pagã a consideram um símbolo e ferramenta de poder, de modo que essa pode ser a origem das superstições.
- O Número 13
Algumas pessoas o consideram um número de muito azar. Nos EUA, certos prédios constroem o 13º andar, mas não o ocupam, deixando-o fechado e eliminando-o dos números no elevador. Outras pessoas vêem o 13 como número de sorte em virtude de coincidências felizes. Quem será que têm razão?
Bater na Madeira
Além das superstições que dão azar, existem as usadas para atrair a sorte. Na maior parte, podemos traçar a origem dessa crendice nos cultos pagãos da antiga Europa e nos escravos trazidos da África. Com o avanço do cristianismo, as religiões de muitos lugares acabaram sendo absorvidas e seus ensinamentos se transformaram em lendas, que tinham por objetivo atrair sorte para quem as seguisse.
- Bater 3 Vezes na Madeira
Esse costume nasceu da idéia de que demônios e duendes malignos ficavam sob a mesa escutando a conversa dos humanos. Quando alguém falava de algo importante que estava para acontecer, batia na madeira para afastar as criaturas e garantir o sucesso.
- Sal
O sal é considerado sagrado para várias religiões, sendo inclusive utilizado como pagamento para os mercenários no antigo Império Romano (de onde surgiu o nome salário). Acredita-se que em sua forma bruta ou não refinada ele afaste o azar, traga boa sorte a quem o carrega consigo e permite exorcizar os maus espíritos.
- Entrar com o Pé Direito
Esse costume surgiu porque a Igreja Católica acreditava que os canhotos tinham ligação com as forças demoníacas. Assim, o lado direito representaria o certo, o divino. Ao entrar com o pé direito a pessoa atrairia as forças divinas e a sorte, afastando os espíritos malignos de seu caminho. Os canhotos discordam.
- Alho
O alho é visto como uma planta extremamente forte do ponto de vista mágico. É considerado eficaz contra o mau-olhado, vampiros e todo tipo de forças malignas. Ter alho em casa afasta as forças negativas e atrai os bons espíritos.
No Creo en Brujas...
Mesmo em plena era da informação, as superstições continuam existindo com força total. Por que isso? A resposta pode ser bem simples: a humanidade tem medo dos mistérios, do desconhecido. O mundo atual, com todas as revoluções e mudanças extremamente rápidas, acrescenta ainda mais incertezas à imaginação do homem. As neuroses da vida moderna podem funcionar como um complemento para esse quadro, fazendo com que se busque nos atos mais simples alguma segurança.
Contudo, as superstições também carregam ensinamentos de magias ancestrais, que chegaram a nossos dias com algumas distorções, mas ainda carregando a egrégora das crenças de milhares de pessoas ao redor do mundo. Sendo assim, não custa nada seguir o pensamento clássico: no creo en brujas pero, que las hay, las hay.
Talismãs
A palavra talismã é de origem árabe e significa coisa mágica. A função dos talismãs é afastar influências negativas e atrair para seu portador energias positivas e que lhe tragam sorte. Muitas dessas peças mágicas são derivadas de outras religiões e perseguidas pela Igreja Católica, mas o povo ignorou essas atitudes e continuou usando-as até os dias de hoje.
- Figa
Segundo os historiadores, a figa é um símbolo fálico que representa a união espiritual entre um deus e uma deusa nas antigas religiões pagãs. O seu uso traria fertilidade e prosperidade para o portador.
- Escaravelho
Símbolo egípcio da vida e da transformação, é tido como uma imagem protetora. Afasta o mal e permite ao usuário uma vida longa.
- Ankh
Conhecida como cruz egípcia, trará prosperidade e lucidez para quem a carrega.
- Pentagrama
Símbolo pagão e mágico, por muitos anos a Igreja Católica o considerou um talismã ligado às energias negativas e demoníacas. Com o passar dos anos tornou-se claro que isso não era verdade. A estrela de cinco pontas representa o homem em sua caminhada para a evolução e protege o usuário das energias malignas, ao contrário do que a igreja pregava.
- Om
O símbolo do mantra OM é considerado sagrado e protetor – uma representação do som primordial divino, que deu origem à criação. Acredita-se que nessa sílaba encontram-se todos os sons da língua sânscrita – a chamada linguagem dos deuses. O Om geralmente é usado como símbolo de fé e proteção.
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