quarta-feira, 17 de junho de 2009


poder da palavra

Uma vez lançada ao vento, uma palavra jamais retorna incólume. Ela busca refúgio onde possa ser escutada e assimilada, sai derrubando idéias, conceitos, preconceitos, pensamentos e até verdades tidas como absolutas.
Sai batendo e ricocheteando em muros, derrubando alguns, desestabilizando outros, mas nunca passa despercebida, mesmo quando aparentemente ignorada, quando assim se sente, se esconde em porões escuros e armários, aguardando o momento certo de se fazer lembrada, de trazer a tona os fantasmas e cadáveres ocultos.
Ela pode ferir mais que qualquer arma pois atinge o intangível e deixa cicatrizes que não podem ser reparadas ou sequer esquecidas nas noites de lua nova e solidão.
Uma palavra derruba reinos, depõe dinastias, ergue pontes e reescreve a história.
Uma palavra pode nunca mais sair da memória.
Uma palavra muda destinos, altera mapas e pode controlar o sutil fio da vida manipulado pelas moiras, andando na corda bamba do talvez enquanto escolhe pular para o lado do sim ou do não.
Tão perigosa quanto a palavra proferida é a não dita, a que se alimenta de mágoas e dor, cresce como um tumor agressivo e incontrolável até nos sugar por completo, a inimiga silenciosa do amor.
Amor, espero que grave com tinta irremovível e com brilho em neon o que grito para você todas as noites com a ajuda da lua e coro de estrelas, que gentilmente descem do seu pedestal celeste para endossar a minha única verdade, eu amo você e nunca nada pode mudar isso.

**Leonardo Andrade

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