quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MODELANDO IMAGEM



Vou aos poucos modelando a vida da minha vida
na terracota que acaricio
em minhas mãos.
Sinto a tua solidez
sem forma,
pulsando no meu pulsar,
causando-me inexplicável prazer.
Pouco a pouco vou esculpindo
a tua imagem.
Transfiro para os meus dedos
as minhas mais recônditas emoções e os meus sentimentos mais puros.
Ergo-te!
Capricho em teus olhos,
tua face, teus lábios, teus ombros musculosos,
teus braços.
Coloco o teu rosto em minhas mãos
e o redireciono para o alto,
como que buscando a força vital que em ti não se manifesta.
Nem mesmo a teoria da geração
espontânea nos auxilia
depois da comprovação científica
do Dr. Littlefield .
No entanto, sinto
desejos de que um milagre aconteça
em nome da força do amor
que te dedico.
(Alice Capel)

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