quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Toma. Pode levar - Já faz tempo que é seu mesmo.



- Toma. Pode levar.
- Mas, não sei o que fazer com ele.
- Leve. Já faz tempo que é seu mesmo. Não aguento mais ele aqui.
- Onde ponho? De que se alimenta?
- Ponha na sua estante, enfeitando como um de seus troféus, que luta tanto pra conseguir e quando, finalmente, consegue não sabe o que fazer com eles.
E quanto ao que ele come, como não sabe, oras! Você o alimentou, durante muito tempo: amor, promessas, momentos... Sabes muito bem do que ele gosta, e do que precisa pra viver bem.
Ele só começou a ficar mal quando você mudou o cardápio e passou alimentá-lo com mentiras, desilusões, ausência...
- Mas...Mas... Pensei que...
- Não, ele não enjoou das coisas doces que você dava a ele. Só se adaptou com o sabor mais azedo.
- E se eu voltar a alimentá-lo como antes, você vai querer ele de volta?
- Não. Mesmo com o doce e o amargo, na sua estante ou na minha gaveta, ele será para sempre seu.
Desconheço autor

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