terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vamos encarar a realidade? Vamos colocar os pingos nos is?



Vamos encarar a realidade? Vamos colocar os pingos nos is? Se você não está feliz, o problema é seu. Sim, meu amigo, sinto dizer. O problema é seu. (ÚNica-e-exclusivamente seu). O problema não é meu. O problema não é dele. O problema não é do destino. Nem da novela-das-oito. A pior coisa no mundo (e mais covarde também) é distribuir culpas e se tornar vítima de seu próprio sofrimento. Mas não te culpo. Nós crescemos assim. JOgamos a responsabilidade de ser feliz nas mãos dos outros. Vai dizer que não? Vai dizer que nunca disse a eterna frase dos acorrentados: a culpa não é minha!!! Ah, sei... se a vida é sua, a culpa de você estar aí, decepcionado, inquieto, cheio de raiva no coração é das pessoas que inexplicavelmente se voltaram contra você? Sinto dizer que não. A culpa é sua, sim. Aceite. Aceite sua culpa como sua máxima verdade. Tome-a nos braços. Você é culpado pela sua infelicidade. Pela sua felicidade. Pelo que você faz e recebe da vida. Decorou? Então tome nota. O que você plantou, estará na sua mesa. Não é fácil, eu sei. E eu digo isso porque preciso acordar. Eu não posso dizer que ele me decepcionou. Eu não tenho o direito de achar que o meu coração tem duzentos e cinquenta e cinco cicatrizes porque o amor é uma faca afiada que corta. Vamos jogar aberto. A culpa é minha. Eu dei meu coração. Eu criei expectativas. Então, com sua licença, a culpa é minha. MInha culpa. MInha feia culpa que é minha e de mais ninguém. MInha culpa de sete pontas. Minha culpa que me faz olhar a vida e me sentir personagem principal de uma página triste. E não é só triste É uma culpa boa. Porque também me faz exercitar um sentimento maior (e mais brilhante que o mundo): o perdão. Se eu pudesse escolher um verbo hoje, eu escolheria perdoar. Assim, conjugado na primeira pessoa, com objeto direto e ponto final: eu me perdôo. Não, eu não te perdôo porque não tenho porque te perdoar. Tenho que perdoar a mim. A mim, que me ferrei. Me iludi. Me refiz. Me encantei. A culpa é minha. Minha e das minhas expectativas. Minha e das minhas lamentáveis escolhas. MInha e do meu coração lerdo. MInha e da minha imaginação pra lá de maluca. Então, com licença, deixe eu e minha culpa em paz. Eu e meu delicioso perdão por mim mesma. Eu só te peço uma coisa. Para de culpar a vida. Pare de ter pena de você. Se assuma. Se aceite. Se culpe. Se estrepe. Se mate. Mas se perdoe. Pelo amor de Deus, se perdoe.


Texto de Fernanda Melo

3 comentários:

  1. Não sei se já disse isso, mas quando venho aqui me dá vontade de 'repostar' tudo no meu blog. rs.
    Só que se fizesse isso, ele deixaria de ser sentimentos vividos e passaria a ser Pé no chão, cabeça feita [2]!

    Tu postas textos simplesmente MARAVILHOSOS.

    Feliz 2011, moça!

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  2. Preciso concordar....Desde que eu descobri seu blog,tenho coisas muitos mais interessantes a descobrir....é fantástico.....Parabéns

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  3. Concerteza é um texto mais lindo que o outro! é o melhor blog que ja encontrei

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